Chapter One

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Notas da autora
Olá, meus amores.
Bom, essa é a minha primeira fanfic que eu tive coragem de postar. Não é de longe a melhor, aliás, na minha sincera opinião, é péssima. Mas recebi muitos comentários motivadores e tenho a Mari ao meu lado, que me ajuda a ter ótimas ideias e me motiva quando eu quero desistir. A ideia até que é boa, mas muitas vezes tenho bloqueios e não consigo passar para o "papel" do jeitinho que eu queria.
Ainda sobre a ideia, ela é minha, mas isso não quer dizer que tenha alguma outra fanfic parecida. Então não me julguem.
Ah, e eu sou motivada por comentários e votos, então já sabem o que fazer. Pretendo postar um capítulo semanalmente.
Acho que é isso. Boa leitura pra vocês e eu realmente espero que gosto. Aceito todo tipo de crítica, construtiva ou não.
OBS: A história só fica boa a partir do capítulo seis.
OBS 2: Vou fazer algumas PEQUENAS modificações perante à original, mas tudo continua a mesma coisa!
Muito obrigada!
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Feriado prolongado. Irlanda. Dança alegre com a minha família. Luau todas as noites. Uma pequena, mas possível chance de reencontrar ele. Nem pensei duas vezes e recusei o convite da Lucy sobre ir passar as férias no Caribe com a sua família. Vocês podem me achar louca ou com algum tipo de retardo mental por recusar um convite pro Caribe com tudo pago. Mas a vida é minha e, até agora, soube muito bem fazer minhas escolhas. Pode ser dessa vez que finalmente vou o reencontrar. Afasto todos os pensamentos do tipo "ele é famoso, porque estaria na Irlanda?" "já se passaram dez anos, porque ele nunca tentou contato com você?" "a casa dele pegou fogo, ele provavelmente deve ter morrido." Esse último pensamento, o pior, foi a razão de várias notas baixas na escola, a razão de várias noites em claro na frente do computador, a razão de bebidas e automutilação. Até eu perceber que ele estava vivo e agora era nada mais nada menos que Niall Horan, um dos membros da boyband mais famosa do mundo, One Direction. Só de pensar nisso me dá calafrios, porque aí sim ele me esqueceu. Com todos os compromissos de uma banda, dez anos após o acidente, quem garante que ele se lembre do nome Alice Hastings?

Cheguei na minha terra natal e peguei um táxi para casa. Era de se esperar que a casa estivesse cheia de gente, mas não tinha uma alma-viva. Subi na árvore na frente para tentar sinal no celular e tive uma visão clara das coisas. Um terreno não muito grande, com um jardim magnífico e dois chafarizes. Pelo menos isso foi preservado. A casa não estava mais lá, assim como tia Maura e tio Bobby. Uma lágrima escorreu e eu permiti que outras escorressem. Foi um dia muito triste para Niall e para mim. Desci da árvore, colhi umas rosas no fundo da minha casa e as depositei no chão da calçada. Dediquei um minuto à orações e fiz um pedido para que Niall voltasse. Deixei a casa à passos lentos e fui visitar dona Joanna. Ela era uma senhorinha que sempre me dava caixas de bombom e dinheiro no aniversário. Fazia bolos e tortas para mim e para Niall. Nos tratava como uma avó trata seus netos. Bati palmas e ela apareceu na frente da casa.

- Dona Joanna? Oi, aqui é a Alice. Ainda se lembra de mim?

- Oh, minha nossa Alice, como você cresceu! Você está muito bonita, sabia? Não quer entrar?

- Muito obrigada, dona Joanna, mas na verdade vim perguntar se você sabe onde meus pais estão, porque a casa está vazia.

- Ah querida, eles estão no hospital - entrei em pânico - Alison está tendo os bebês. - suspirei e saí correndo.

- Muito obrigada dona Joanna! - disse enquanto corria toda afobada.

Corri muito. O pessoal que passava só tinha olhos para mim. Tentei lembrar o caminho pro hospital. "Três quadras, vire à esquerda e ande mais duas quadras." Meu abdome estava queimando mas era uma boa sensação. Meus sobrinhos estavam chegando! Virei a esquina mas esqueci de olhar a placa. Em um ano, aquela rua havia deixado de ser uma mão. Eram duas mãos. Lembro de ver um carro preto e em menos de um milésimo de segundo, ser arremessada para longe. Senti sangue escorrer do meu corpo. E vi um par de olhos azuis que nunca poderia me esquecer. Niall.

Niall's POV

Viemos passar o feriado prolongado com Greg porque Denise ia ter Theo. Logo que chegamos em Mullingar, Greg me mandou uma mensagem avisando que Theo está a caminho. Passei na casa dele, deixamos nossas coisas e fomos para o hospital. No caminho passei pela minha antiga casa que nem estava mais lá, assim como o sorriso dos meus pais. Os jardins ainda continuavam perfeitos. Olhei para a esquerda e vi a casa da Alice. Nunca mais a vi depois do acidente, mas todos os dias eu penso naqueles cabelos negros e nos olhos escuros que sempre marcarão minha vida. Penso em nós correndo pelos jardins da minha casa, brincando de pega-pega e esconde-esconde. Ela é uma bênção para mim, uma das pessoas que mais me fizeram feliz no mundo. Corri para a sala de espera do hospital e eu encontrei Greg andando de um lado para o outro roendo as unhas.

- Que bom que você chegou, Niall. Oi meninos.

- Há quanto tempo Denise está em trabalho de parto?

- Acho que ela vai entrar agora no centro cirúrgico. Hoje tem duas gestantes e todos os médicos foram viajar, só sobrou o Dr.Reynolds. Mas acho que a Denise vai ter o bebê primeiro.

Enquanto esperávamos notícias, ficamos xeretando nas revistas que tinham algo relacionado à One Direction. Uma enfermeira chegou e começou a falar com Greg.

- Niall, preciso que você vá pra casa e busque a bolsa de maternidade do Theo. Vou entrar no centro cirúrgico e acompanhar Denise.

- Ok Greg, boa sorte. - ele estava risonho e muito ansioso - Rapazes, fiquem aqui caso acontecer alguma coisa. Harry vem comigo.

Saí do hospital e resolvi passar pelo mesmo caminho que eu vim. É realmente triste passar pela casa onde eu perdi os meus pais e minha melhor amiga, mas gostaria de ver o último lugar que nos vimos. Só queria que ela soubesse o quanto eu pensei nela durante esses dez anos e o tanto que ela me fazia feliz. Eu sinto falta dela todos os dias.

Harry gritou. Voltei à realidade e percebi que eu tinha atropelado alguém há três quadras da minha antiga casa. Saímos do carro correndo e percebi que a menina possuía cabelos negros e olhos escuros. Alice Hastings.

Heaven [N.H]Onde histórias criam vida. Descubra agora