"Normal"

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Virgulino estava trancado dentro da própria cabeça. Estava numa sala escuta, algemado a algo que não conseguia ver e em sua frente estavam duas gigantescas telas, uma mostrava oque estava vendo e a outra mostrava oque estava pensando. Seus pensamentos se resumiam a uma coisa: matar, mas não era ele quem pensava isso, e sim quem o controlava. Aparece em sua frente um homem de terno preto e cabelos morenos, seus olhos tinham a cor de sangue e em suas costas se encontrava duas asas pretas e pequenas, como se não tivesse usado elas faz muito tempo. Ele encara Lampião com um leve sorriso e a mão nos bolsos, Virgulino o encara de volta com raiva.

 Ele encara Lampião com um leve sorriso e a mão nos bolsos, Virgulino o encara de volta com raiva

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- Quem é tu! - Virgulino se debate, tentando tirar a algema de suas mãos ou quebra-las.

- Virgulino, certo? - Ele andava em volta de Virgulino, dando voltas nele. Olhava para cima com um ar de superioridade, nem olhava para sua cara. - Apesar doque parece, eu e você não temos nada em comum.

- Me solte! - Ele se debatia ainda mais, tentando se soltar.

- Você sempre ligou apenas para si mesmo. - O homem andava até a tela das memórias e dava dois toques nela. Na tela dos olhos apenas aparecia areia, como se estivesse caído. Ele logo depois foi até a outra tela dando um toque oque a pausava. - Que tal vermos suas memorias?

- Não vire as costas, cabra! - Virgulino berrava. - Você é satanás?! O diabo?! Mochila de criança?!

- Lucifer. Um dos 7 principes do inferno. - Ele anda até Virgulino, ficando perto dele mas longe o bastante para que não fosse possível chuta-lo. - E você é Lampião, o anti-cristo, minha arma.

A tela das memorias piscava branco e começava a funcionar, ali aparecia todos os momentos importantes da vida de Virgulino pelo seus olhos. Desde seu nascimento, sua vida como artesão, a morte de seu pai e o começo da sua vida no cangaço. Desde o início da sua vida até o fim apenas pensou em si mesmo e naqueles que amava, foda-se o resto das outras pessoas, para ele os outros eram como insetos, só estavam ali para ele os saquear. Oque ele fazia pelas pessoas não era pelo bem delas e sim pelo seu entretenimento. A tela mostra todos os momentos importantes de sua vida até seu fim, foi morto e sua cabeça foi exibida em praça pública.

- Lhe traz memorias, Virgulino? - Perguntou Lúcifer, esperando poder saborear o desespero, medo ou raiva dele.

- Cê ja acabou? - Perguntou entediado, estava olhando em volta do local. - Sei o que aprontei e sei o que sou, não me arrependo de nada.

- Não tem jeito. - Lucifer suspirou. - Você é mesmo minha arma.

*

- Você não é humano. - Afirmou Dagda, incrédulo que seu oponente tinha sobrevivido ao seu ataque. Ele segurava firmemente seu porrete.

- Não, não sou. - A plateia ia a loucura, antes estavam decepcionados por acharem que seria uma luta rápida, mas se impressionavam com a resistência do "humano".

Armaggedon - Ragnarok AlternativoOnde histórias criam vida. Descubra agora