Paz vs Guerra

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Caria, Grécia
54 a.C.

Em um campo florido, um pouco longe da cidade, garotos se juntavam em uma roda, enquanto dois meninos lutavam no meio da roda. Em seus punhos usavam panos como luvas, sonhavam em serem pugilistas. As crianças da roda torciam, e no meio lutavam um garoto baixo, de cabelos enrolados, morenos, e um garoto mais alto e parrudo que o pequeno, mas mesmo assim, o garoto maior estava perdendo.

- Tome! - O garoto baixinho dava um golpe final, um gancho de esquerda no rosto, o garoto maior cai no chão. Os meninos da roda torcem, mas em meio dos garotos, o baixinho avista uma garota. Ele decide ignorar, logo seus amigos vinham o abraçar e comemorar sua vitória.

No dia seguinte, o mesmo garoto ia para o campo, mas apenas a garota de ontem estava lá. Ele andava até ela, com passos leves. A garota estava sentada, observando as flores, o garoto de mansinho chega e senta ao seu lado.

- Por que luta? Qual o sentido de causar dor? - Antes mesmo que o garoto pudesse falar algo, a garota lhe perguntava.

- Não é óbvio? Não luto pela luta, eu luto pelo prêmio.

- Então... - A garota vira o rosto, olhando o garoto olho nos olhos. - Por que causar dor? Não precisa de violência para se vencer uma luta.

O garoto vira o olhar e pensa por alguns minutos, com a mão no queixo. Ele logo se vira para garota e retruca.

- Cê é retardada? Não tem como vencer uma luta sem dar um soco.

- Você ja tentou? - Ela respondia rapidamente.

- . . . - O garoto pensa denovo. - Qual seu nome?

- Galatea. E você?

*

Coliseu do Armageddon.
2000

- Melankomas! - Gritava Prometeu pela varanda. - Não desista!

Prometeu ja havia perdido toda a vergonha por causa da emoção da luta. Melankomas se virou para a plateia dos humanos e fez um joinha, sorrindo, confiante. Ele se virou para Kū, que entrou em sua segunda fase. De repente, Kū joga a lança pro alto, e quando a lança volta, virou uma clava flamejante.

"Pōhaku o Kaua'i!" Exclamou a torcida dos deuses.

- Começou a putaria... - Melankomas ficava em sua pose de boxe.

Kū partia pra cima de Melankomas, sua velocidade era incrível, ele usava sua clava e seu braço esquerdo para golpear Melankomas sem parar. A velocidade aumentava cada vez mais, mas Melankomas continuava desviando, sempre andando pra trás. Melankomas acabou chegando na parede denovo, encurralado, sem ter como ir ora trás. Kū segurou sua clava com as duas mãos e golpeou Melankomas com um golpe por cima. Uma nuvem de destroços engoliu o local onde os dois estavam, parecia que Melankomas havia morrido ali. Logo, a nuvem se dissipou...

- Você fez eu sujar minhas luvas... - Melankomas estava extremamente furioso, o seu rosto mostrava a mais pura raiva. Ele tinha defendido o golpe usando as duas mãos, mas acabou estragando um pouco as luvas.

- Ariel! - Exclamou Prometeu, assistindo a luta. Jesus continuava tomando seu café, completamente calmo. A plateia ia a loucura, exceto por uma mulher... A mesma de cabelo preto e enrolado, seu nome era Galatea.

- Por favor, Melankomas... - Galatea falava baixo.

*

Athenas, Grécia
49 a.C.

O mesmo garoto agora tinha 18 anos, seu nome era Melankomas, e ele estava participando das olimpíadas como boxeador. Ele ficava em sua casa temporária, na vila olímpica, onde ficavam os participantes do torneio. O pugilista estava sentado em sua mesa na sala, tomando seu café, sua esposa, Galatea o surpreendia, o abraçando por trás, envolvendo ele em seus braços.

Armaggedon - Ragnarok AlternativoOnde histórias criam vida. Descubra agora