eternity - carlise Cullen

onde tudo começou

Já fazia mais de vinte minutos que eu encarava a estante com os mais variados tipos de barracas sem conseguir entender a diferença entre o tipo 3-A e 3-B. Eu não acreditava que realmente estava fazendo aquilo, jacob iria me pagar.

- Que merda. - Murmurei.

- Primeira vez acampando? - Uma voz aveludada disse ao meu lado e eu pulei de susto

- Desculpe. - ele disse em um sorriso sem graça

Olhei para a pessoa ao meu lado e tive que usar todo meu autocontrole para não encarar como uma doida. Era um dos homens mais bonitos que eu já havia visto na vida! sua era pele branca como mármore e os olhos dourados se destacavam e o denunciavam que ele definitivamente era um vampiro.

- Tudo bem. - Respondi o mais firme que consegui. Não vá gaguejar, Cat. - pensei

- Sim, é a primeira vez.

- Vai sozinha? - Perguntou.

Pelos deuses, eu apostava que mesmo antes de se transformar ele devia ser incrivelmente lindo.

- Ah, com um amigo. - Passei a mão nervosamente no cabelo, me sentindo como uma adolescente outra vez - Mas não vamos dividir a barraca.

- hum - Ele olhou para estante analisando as opções - Então indico essa aqui. - Apontou uma pequena em uma prateleira mais alta.

- Ah, muito obrigada. - Sorri e me adiantei para apanhá-la no alto.

- Pode deixar, eu pego para você.
Ele passou por mim, o que permitiu que eu sentisse seu cheiro convidativo e eu não consegui conter um suspiro. Controle-se, me repreendi. O vampiro pôs a caixa da barraca no meu carrinho e se virou para mim:

-Pronto, agora você está devidamente equipada.

- Acho que sim. - Franzi a testa para os itens no carrinho - Espero que sim.

- Você não tem a menor ideia do que está fazendo, tem? - Perguntou inclinando a cabeça.

- Não - Ri sem graça.

- Se você quiser, posso te ajudar. Disse ele dando um sorriso de canto.

Você pode fazer o que quiser comigo, era o que eu gostaria de responder. Mas ao invés disso apenas dei um sorriso e falei:

- Eu ficaria muito grata. Catarina Woodville, a propósito. - Estendi minha mão em cumprimento.

- Carlisle Cullen. - Ele a apertou e, apesar da sua pele fria, pude sentir um calor percorrer meu corpo.

Andamos pelos corredores da loja dos Newton com Carlisle pegando tudo aquilo que eu precisaria para acampar e me explicando como funcionava. De vez em quando eu ria da minha própria inabilidade e inexperiência e ele me acompanhava. Ele era extremamente educado e tão lindo sorrindo ou fazendo qualquer outra coisa que, mesmo sabendo que os vampiros eram naturalmente atraentes e de todo resto, eu me vi querendo ficar mais tempo com ele.

- Acho que isso é tudo - Carlisle disse colocando uma corda no carrinho.

- É bastante coisa. - Arregalei os olhos e pus a mão no peito fingindo choque.

- É sim. - Ele riu em concordância - Você deve estar bem animada para ir - diz ele num tom de dúvida

- Não realmente, é meio que uma obrigação.

Ele levantou uma sobrancelha em questionamento - Eu prometi que iria.
- Fiz uma careta - Mas acampar não é minha praia.
- Especialmente quando teria que ir parte do caminho a pé, sem poder usar nenhuma de minhas "vantagens extras" e sem poder pegar uma carona com meu amigo lobo, completei mentalmente. - Mas você parece entender bem do assunto.

- É, eu e meus filhos acampamos bastante. - Disse.

-Filhos? - Eu sabia que os outros não eram filhos dele, pelo menos não no significado humano da palavra, mas se ele tinha "filhos" será que tinha esposa também? Eu estava babando em cima de um homem casado?

- Sim. Não são meus filhos biológicos, mas...
São meus filhos. - Sorriu.

- Claro que são. O sangue não significa nada.

Carlisle me encarrou com aqueles olhos dorados e por um instante eu achei que ele poderia ver minha alma. Sustentei seu olhar por alguns segundos antes de desviar os olhos constrangida.

- Muito obrigada por me ajudar, Sr. Cullen. -
disse ainda um pouco abalada.

- Pode me chamar de Carlisle. - Seu sorriso me permitiu ver seus dentes brancos perfeitamente alinhados.

- Carlisle. - Saboreei seu nome em minha boca

- bom, espero te encontrar por aí - Falei.

- claro, nos vemos por aí. - A convicção em sua voz me deu a certeza de que nos encontraríamos novamente.