o jantar com os cullen

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A mansão Cullen erguia-se imponente no meio da floresta. Fitei meu reflexo no espelho do carro mais uma vez antes de respirar fundo e descer do carro. Eu sabia que os moradores já tinham ciência da minha chegada e que só estavam me dando espaço para fazer as coisas no meu tempo. Agradeci mentalmente por isso.
Nem o barulho dos meus saltos contra o piso da escada fez com que eles abrissem a porta.
Você vai ter que tocar a campainha, isso é fofo.
Engoli em seco e passei a mão nos cabelos, cuidadosamente escovados para a ocasião, e apertei o botão. Cinco segundos depois, Carlisle abriu a porta. Relaxei no instante que botei meus olhos nele, sorrindo involuntariamente.

- Catarina. - Ele segurou minha mão, me puxando suavemente para perto, e colocou seus lábios nos meus em um beijo rápido - Fico contente que veio. - Sua felicidade era palpável. Por um momento, fiquei mal por ter adiado aquilo por tanto tempo.

- Achou que eu fugiria para as montanhas?
Perguntei travessa.

- Era uma possibilidade. - Ele arqueou as sobrancelhas, como se realmente tivesse levado aquilo em consideração.

- Mas é claro que não! - Bati em seu braço, fingindo estar ofendida.

- Ah, como são encantadores! - Ouvi uva voz suave dizer atrás de Carlisle.

Bem, acho que chegou a hora de te apresentar para minha família. - O Cullen mais velho disse antes de se afastar da porta, me levando para dentro.

Perto da escada, mais próxima de nós, estava uma linda mulher de cabelos curtos pretos, tão baixa como eu. Seus olhos dourados brilhavam de empolgação para mim e um enorme sorriso tomava conta de seu rosto. Logo atrás dela, com a mão em seus ombros, um homem loiro e incrivelmente bonito, só como os vampiros conseguem ser, esboçava um sorriso um pouco mais contido.

- Essa é minha filha Alice, - Carlisle disse

-Eu estava louca para te conhecer! - A vampira se aproximou rápida de mais para uma humana e me tomou em um abraço.

- É bom te conhecer também - Falei retribuindo o aperto da melhor forma que pude.

- Aquele é meu filho Jasper. - Carlisle continuou.

O homem acenou para mim, visivelmente mais relaxado depois da atitude de Alice:

- Eu deixo os abraços para ela.

A pequena vampira me soltou, permitindo que o seu companheiro, como Carlisle já havia me contado, apertasse minha mão.

- Carlisle me avisou sobre o entusiasmo de
Alice. - Ri.

- Pai! - A pequena vampira protestou.

- As pessoas não podem ser pegas com a guarda baixa, Alice. - Uma quarta voz disse, atraindo meu foco para o meio da enorme sala.

O menino, com os cabelos cor de bronze desalinhados, sorriu de lado quando sua irmã lhe dava a língua.

- Você deve ser Edward. - Falei estendendo a mão em sua direção.

- Parece que meu pai tem falado bastante sobre nós. - Ele respondeu, cobrindo minha mão com a sua fria.

- Não mais do que um pai orgulhoso faria.

Voltei meus olhos para Carlisle a tempo de vê-lo dar ombros:

-É verdade. E esses, - chamou minha atenção para as duas figuras mais distantes, perto de uma das paredes de vidro - são Emmett e
Rosalie.

O vampiro de cabelo curto e crespo era alto, bem mais forte que os demais e portava um sorriso brincalhão no rosto. E a vampira... bem, ela era maravilhosa. Definitivamente a mulher mais linda que eu já havia visto ao vivo. Seus cabelos dourados caiam em ondas até o meio das costas e eu esperava que meu rosto não denunciasse o quão impressionada eu fiquei.
Ótimo, fique admirando a filha do seu namorado. Dei graças aos deuses por Edward não poder ouvir meus pensamentos.

- Finalmente conhecemos nossa madrasta! -
Emmett pronunciou-se e meu rosto esquentou e imediatamente.

- Emmett! - A loira o repreendeu - O ignore, por favor. - Disse suavemente para mim antes de se aproximar e me cumprimentar com um beijo na bochecha.

- Eu vou. - Falei sem graça.

- Mas já, mãe?! - O vampiro continuou brincando e eu ri descrente, ficando ainda mais vermelha.

- Emmett! - Foi a vez de Carlisle censurá-lo, mas eu sabia que ele estava segurando o riso.

- Me desculpe. Eu não posso evitar. - O grandalhão pegou minha mão e a beijou, em uma tentativa de se redimir.

- Tudo bem, fui alertada sobre isso também.
Dei de ombros.

- Ok pai, acho que o senhor passa muito tempo falando sobre a gente. - Emmett reclamou, pondo as mãos na cintura.

- Não mais do que o necessário. - Carlisle garantiu.

- Bem, agora que todos já foram devidamente apresentados, eu acho que deveríamos por a mesa. Eu demorei tempo demais preparando aquela decoração para ficarmos aqui ouvindo as piadinhas do Emmett. - Alice disse, entrelaçando seu braço no meu e me puxando em direção ao que provavelmente era a cozinha.

- Espero não ter dado muito trabalho a vocês.

- Bobagem! Finalmente tive um motivo para comprar uma nova prataria!

- Você..? - Perguntei constrangida. Óbvio que eles tiveram que comprar, Catarina. E provavelmente todos os aparelhos da cozinha também. Deuses, como eu era idiota.

- Está tudo bem. Alice estava louca para fazer isso desde que soube que você comia.
Edward me reconfortou - É o terceiro conjunto na verdade.

- Terceiro?! - Não consegui disfarçar a minha surpresa.

- Não sabia se você ia gostar. É realmente chato não poder prever suas reações. - Ela franziu as sobrancelhas, desfocando os olhos por um segundo antes de balançar a cabeça e se virar para mim novamente - Mas eu adoro fazer compras, então... - Deu um daqueles seus sorrisos de fada para mim.

- Bem... Espero que a comida não tenha sido um problema então.

-Bobagem! Rosalie adorou finalmente por seus dotes culinários a prova.

-Rosalie? Achei que Carlisle que iria cozinhar.

- E eu cozinhei. - Ele passou por nós, entrando na cozinha - Mas Rosalie fez o peru.

- Um peru inteiro? - Olhei para trás tentando ver a loira.

- É uma receita de família. Da época que eu era humana. - Ela disse suavemente.

- Muito obrigada, Rosalie. Não precisava de tanto.

- Claro que precisava! Só o melhor para nossa madrasta! - Emmett brincou novamente.

- Ok, definitivamente estou ignorando você. -
Falei me sentando em um dos bancos da cozinha.

- Pai! Ela está sendo má comigo! - Ele reclamou, fazendo todos rirem.

- Você cavou sua própria cova, filho.

Emmett arregalou os olhos e colocou a mão no peito fingindo choque.

- Está fazendo piadas as minhas custas Dr.
Cullen? Ele não costumava ser tão saidinho assim antes de você. - Estreitou os olhos para mim.

- Culpada. - Coloquei minhas mãos em sinal de rendição.

O cheiro do peru invadiu minhas narinas quando Rosalie tirou a travessa do forno.

- Eu retiro o que disse, esse cheiro está divino.
- Falei para a loira.

Rosalie abriu um largo sorriso para mim, daqueles que mais tarde Carlisle confessaria que ela raramente dava. Foi então que eu percebi, sentada na cozinha e cercada de vampiros adolescentes, que possivelmente eu havia achado outro lugar para mim, além da matilha de La Push. E foi a primeira de muitas vezes em que eu agradeci por ter Carlisle em minha vida.

eternity - carlise Cullen Onde histórias criam vida. Descubra agora