juntos.

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Eu tinha sensação de que minha cabeça iria explodir. Abri os olhos lentamente e instantaneamente a dor piorou. Pelos deuses, quanto eu havia bebido ontem?

Ainda vestida com as roupas da balada, arrastei para fora da cama e me obriguei a ir para o banheiro. Abri o armário debaixo da pia e joguei todas as toalhas que estavam lá no chão. Depois eu arrumo isso, pensei. Peguei a caixa de remédios e abri derrubando tudo no chão. Logo achei o que queria e tomei rapidamente mesmo sem água.

Flashes da noite anterior tomavam minha mente. Eu, Carlisle, dança, bebida. Ele havia me trazido até em casa e dito que estava apaixonado por mim. Eu o beijei e ele me trouxe para dentro. Outro beijo e então, ele havia ido. Estávamos oficialmente juntos? Eu não tinha certeza. Não havia confessado meus sentimentos por ele, mas acho que minha reação a suas palavras havia sido o suficiente, certo? Esperava que sim.

Passei as mãos em meus cabelos, tentando desatar alguns dos nós que estavam ali e me levantei, rumando para o chuveiro.

As horas seguintes daquele sábado passaram arrastadas e eu decidi aproveitar o dia para pôr a casa em ordem. Felizmente, eu só treinaria com a matilha segunda-feira, não estava em condições de ficar correndo com os lobos na floresta. No meio da tarde, meu celular apitou.

Carlisle: Boa tarde! Como você está? Espero que tenha dormido bem.

Um sorriso tomou conta do meu rosto enquanto eu olhava para a tela do celular.

Catarina: Sim. Acordei já tem um tempo, na verdade. Estou dando um jeito na casa.

Carlisle: Fico feliz que esteja bem.

Segundos depois, ele enviou:

Carlisle: É muito cedo para eu querer te ver novamente?

Mordi meu lábio inferior com força contendo outro sorriso. Será que seria sempre assim? O menor sinal dele e eu agiria como uma boba apaixonada.

Catarina: Acho que não... Também gostaria de te ver.

Dessa vez, ele demorou a responder e eu aproveitei para varrer a casa. Quando terminei, já havia uma nova mensagem na minha caixa de entrada.

Carlisle: E seu eu fizesse um jantar para você
hoje?

Catarina: Eu adoraria. Na minha casa?

Guardei os materiais de limpeza antes de conferir o celular novamente.

Carlisle: Se você quiser, pode ser na minha casa. O que você achar melhor.

Eu adoraria conhecer melhor onde Carlisle
morava. Mas a ideia de encontrar com os filhos dele me deixava receosa. Como eles lidariam comigo? A namorada do pai, décadas mais jovem que eles, e totalmente diferente de tudo que eles haviam conhecido? Eu já havia decorado seus nomes e personalidades das minhas conversas com Carlisle, mas encontra-los pessoalmente.. Talvez parte da minha insegurança viesse da vontade de que meu relacionamento desse certo. Se eles não me aprovassem, será que Carlisle continuaria comigo?

Balancei a cabeça afastando aqueles pensamentos.

Catarina: Gostaria que fosse aqui, tudo bem?

Carlisle: Claro. Até mais tarde.

***

- Então, um pouco mais de pimenta.

Carlisle mexia a panela com maestria, como se cozinhar fosse algo que fizesse recorrentemente. Eu estava sentada na bancada, do lado do fogão, tomando uma taça de vinho e apreciando aquela vista.

- Desde quando você sabe fazer penne all'arrabbiata? - Perguntei e ele riu.

- Desde hoje, na verdade. Eu vi em um programa na televisão essa semana... - Deu um sorriso tímido - É o primeiro prato que eu faço em mais de trezentos e cinquenta anos.

eternity - carlise Cullen Onde histórias criam vida. Descubra agora