Quando seus pais a confunde com um homem

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      O clima frio de Paris fez Elisa grudar em você na noite passada.

    Pela manhã, preferiu deixa-la dormir.

     A mulher descansava do amistoso do dia anterior. Dormia profundamente, relaxada em sua cama.

     O barulho da campainha a fez ficar curiosa,  ainda era cedo e já havia alguém na sua porta.

     Muito cedo para visitas.

     Seu rosto ganhou outra cor, quando reconheceu rapidamente seus pais carregados de malas.

     Não sabia se ficava surpresa, ou preocupada.

     Seus pais não sabiam sobre Elisa, apesar de revelar gostar dos dois gêneros romanticamente, nunca havia apresentado uma namorada, afinal, nunca chegou a namorar uma garota.

    Sua família estava longe, você deixava esse "detalhe" passar, deixando seu namoro de alguns meses velado para seus familiares.

      — Estou surpresa... Por que não me avisaram? Eu buscaria vocês

      Ajudou com as malas, as deixando na sala.

    Estava feliz, com resquícios de nervosismo.

     — Preferimos fazer uma surpresa, mas você não parece estar feliz...

     Sua mãe comentou, você gesticulou com as mãos, negando.

    — Não, eu estou muito feliz! Eu só estou surpresa

     Sorriu, se confortando nos abraços calorosos.

    Não soube o que fazer e acabou se distraindo com seus pais, quando aproveitavam para comer a primeira refeição do dia.

    As presenças fez você esquecer completamente da sua namorada que dormia até pouco tempo.

    Elisa ainda estava sonolenta quando se levantou, não queria sair da cama, mas sua barriga não parava de roncar.

    Uma  Elisa apareceu descabelada na porta da cozinha, atraindo a atenção de todos.

     O rosto de Elisa ficou rubro, arregalando os olhos. Era perceptível a vergonha da mulher, quando sorriu timidamente, sussurrando um "bom dia". Antes de se afastar para o quarto novamente.

        Seu sorriso murchou, abaixou a cabeça, sem graça assim que seus pais a encararam confusos.

    — Quem é esse homem?

      Seu pai perguntou, aparentemente curioso, assim como sua mãe.

    — Seu namorado? Oh, você está namorando!

     A última frase da mais velha foi uma constatação, abrindo a boca surpresa.  Como eles não perceberam o rosto de traços femininos, não era óbvio?

    Antes que pudesse responder, Elisa aparecia novamente, com uma roupa normal e os cabelos arrumados, os olhos ainda miúdos do recém sono.

     Ainda com um sorriso pequeno. Você respirou fundo, se levantando e trazendo Elisa para perto de você pelo braço, entrelaçando sua mão na dela.

     — Mãe, pai... Essa é a minha namorada, Elisa

     Disse em português, deixando uma Elisa bagunçada, sem entender nada.

    Seus pais estavam surpresos, mas eles reagiram melhor do que imaginava. Sorridentes e prontos para cumprimentar a jogadora.

      — Meus pais, Elisa

     A avisou, fazendo a francesa se desesperar. De repente, estava na companhia dos sogros e não sabia falar a língua deles.

     Não estava fácil, mas você servia de tradutora na conversa animada que tinham.

     Sua família se adaptou rápido a ideia, Elisa os agradou rapidamente, apesar que seus pais ainda achavam estranho o jeito dela, nada feminino.

    Agradecia tanto que não havia nenhum clima ruim, nenhuma briga, apenas um ambiente harmonioso, com pessoas felizes e sons de risadas sinceras.

     Entretanto, pela tarde, quando seus pais descansavam no quarto de hóspedes, Elisa estava brava com você.

   — Por que não falou sobre mim, aliás, sobre o nosso namoro?

    — Eu fiquei receosa... Eu nunca apresentei uma namorada para meus pais

     A viu respirar fundo, antes de puxa-la para um abraço. Se sentou nas coxas da mulher, sentindo a chateação.

     — Tudo bem, Tudo bem. Me senti rejeitada, como se eu fosse uma vergonha para você, mas sei que não foi sua intenção

     — Não, Lisa. Você não me envergonha! só fiquei com medo que meus pais não aprovassem

     Uma coisa era dizer gostar de mulher, outra coisa era aparecer namorando uma.

     Se sentia tola, porque foi tão fácil e talvez o momento embaraçoso pudesse ser evitado.

     — Podemos levar seus pais para conhecerem algum ponto turístico, o que acha?

     — Acho uma ótima ideia. Eles gostaram de você

     Acariciou o rosto delicado, analisando o sorriso se formar nos lábios bonitos.

     — Não sabe o quanto estou feliz com isso, preciso agradar meus sogros

     Deixou um beijo na francesa, sentindo o conforto em seu peito.

    — Acredita que meus pais acharam que voce era um homem?!

     Sua fala fez Elisa gargalhar, achando graça no que tinha ouvido. Gargalhou tanto que sentiu a barriga doer, você a acompanhou nas risadas.

    No dia seguinte, Elisa ainda ria quando se lembrava do engano de seus pais.

  

    













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CENÁRIOS: "Only a girl"Onde histórias criam vida. Descubra agora