53 | Desmoronar

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O automóvel anda em alta velocidade pelas ruas como se não houvesse sinalizações ou leis

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O automóvel anda em alta velocidade pelas ruas como se não houvesse sinalizações ou leis. Enquanto isso, só consigo pensar no resultado final dessa corrida. Sei que Tom é o melhor no que faz, sempre, tenho que admitir. Mas e os "e se?" não saem da minha mente.

Estou aqui já imaginando formas de fugir ou cortar o pau de Bieber fora se ele tentar fazer algo indesejável comigo. Admiro o meu dom de transformar objetos não cortantes em facas afiadas.

Gritos histéricos seguidos de assobios me acordam de meu transe me dando a visão do local repleto de pessoas comemorando a chegada de Kaulitz. Todos esperando para saber com quem ficará a minha posse, isso é tão doentio.

Tom parou o carro no meio da multidão e trouxe sua atenção até mim, erguendo seu olhar tenso em minha direção.

— Pronta? — Perguntou descendo seu olhar pelo meu corpo coberto pelo tecido branco de sua camisa.

— Você está? — Retruco. É ele que vai correr.

— Vou acabar com a raça desse filho da puta! — Rosnou saindo do carro batendo a porta. Sai logo em seguida.

— Olha quem chegou! Atrasado, Kaulitz. — Bieber está sentado no capô de seu carro fumando um baseado.

— Vamos acabar com isso. — Kaulitz cuspiu as palavras sem um pingo de paciência para trocas de farpas. — Quais são as regras?.

Tom da um passo a frente ficando distante de mim, me encontro ainda próxima ao carro aonde minha vontade é entrar nele e fugir. Eu poderia puxar uma arma e matar todos ao meu redor, porém preciso manter a pose de cadela de Kaulitz.

— Uma volta. — Bieber joga o que sobrou do seu baseado no chão  — Sem enrolações.

— Fechado. — Kaulitz concorda e um coro de gritos preenche o local.

— Ei, gracinha! — Agora Bieber se dirige a mim — Saudade de você.— Piscou para mim enquanto um sorriso sedutor surgiu em sua boca rosada.

O ignorei levando meu olhar até o chão. Babaca.

Kaulitz encara Bieber com um olhar mortal, com uma intensidade perturbadora. Sobrancelhas franzidas e pupilas dilatadas como duas bolas de bilhar pretas. A áurea ao seu redor está carregada de ameaça latente transmitindo um sinal quase paupável de violência, aonde Tom parece estar segurando para não explodir.

— Tom... — chamo sua atenção antes do mesmo entrar no automóvel. Seu olhar frio vem de encontro a mim me fazendo sentir um arrepio na minha espinha. — Se você perder, precisa arrumar uma forma de me trazer de volta.

— Eu não vou perder. — Diz firme vindo em minha direção.

— Estou nervosa. — Admito, mesmo que me doa demonstrar fraqueza — Nós deveríamos ter bolado um plano de fuga, caso o pior aconteça.

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