The Selection - Enola Holmes

capítulo décimo segundo

OBS: Alguns capítulos estão em 1° e outros em 3° pessoa, desde já peço desculpas por isso. Mais pra frente, quando eu terminar a fanfic, eu irei corrigir esse erro e sanar qualquer furo na história.  No mais, é isso. Boa leitura e não se esqueçam de votar! Obrigada pelos 16k de visualizações <3

###

Em uma linda manhã de domingo, Enola e sua dama de companhia, Sarah, estavam aproveitando o fato de ser primavera para observarem as flores que compunham a paisagem do Palácio. Os convidados da Corte também perambulavam por aí, enquanto se deleitavam em um banho de sol após assistirem a missa dominical. Nossa detetive corria os olhos pelas pessoas, tentando convencer a si mesma de que isso fazia parte da investigação, e não que ela estava à procura de um certo príncipe. Para espairecer um pouco seus pensamentos, decidiu que leria a nova edição da Gazeta Pall Mall, o mais famoso jornal inglês, pois ficou sabendo que havia uma coluna inteirinha destinada às selecionadas.

Sentou-se com Sarah debaixo de uma tenda branca, e começou a dizer-lhe o que estava escrito no papel. Não demorou muito tempo e Maya juntou-se as duas, trajada de um lindo vestido rosa bebê e um sorriso iluminado. Ela estava curiosa a respeito das opiniões e suposições do público, e Enola não podia negar que também se sentia assim, pois era importante saber se seu nome falso passou despercebido pela alta sociedade inglesa.

-Aqui não diz muito sobre cada uma de nós, é como se tivessem feito um apanhado geral sobre a nossa aparência e linhagem... -Enola folheava o jornal, a procura da sessão de palavras cruzadas. Estava aliviada por ter sido associada aos seus "parentes" de Sussex, como ela já imaginava quando escolheu seu novo sobrenome.

-Ainda não as conhecem bem, mas pelo que pude notar, Maya é, sem dúvidas, a preferida da alta sociedade.

-Por que diz isso, Sarah? -O comentário chamou a atenção da menina Lewis.

-Bem, antes de trabalhar aqui no castelo, eu aprendi que eles se importam muito com a origem da sua família e o quão poderosa ela é. Se você não tem um tostão no bolso e trabalha para eles, é tratado como se fosse o mais desprezível dos vermes... infelizmente, quem mora no subúrbio londrino e consegue emprego em Mayfair* precisa aprender a lidar com esse tratamento horrível.

-Sinto muito por você ter passado por isso, Sarah. -A loira lamentou. -Eu imaginava que algumas famílias reduzissem os empregados a nada, mas meus pais sempre ensinaram a mim e aos meus irmãos que não somos melhores que eles por causa do nosso título. -O olhar dela era carregado de uma verdadeira comiseração, e Enola notou que talvez tivesse a julgado mal antes de conhecê-la melhor.

-Tudo bem. -Sorriu em compreensão. -Não é sua culpa que existam pessoas ruins. Mas enfim, mudando de assunto... aí! O que foi isso?!

Sarah exclamou ao ver que uma bola de brinquedo havia a acertado. Não teve muito tempo para processar essa informação, quando um cachorrinho de pelos brancos misturados com marrom pulou em seu colo, ofegante e com a língua para fora. O animal a encarava com os enormes olhos pretos brilhantes, como se estivesse em súplica para que ela brincasse um pouco com ele.

-Dash! -gritou uma voz ao longe, e então, Enola viu Tewksburry e um outro rapaz que ela não conhecia andando em direção a elas. O cachorro pegou a bola e saiu correndo, parando aos pés do príncipe, que jogou o brinquedo para longe. As meninas se levantaram em um supetão, e Enola as acompanhou enquanto faziam uma breve vênia a Tewksbury.

-Mil perdões pelo transtorno, senhorita. Você está bem? -O rapaz se dirigiu à Sarah, mas sua expressão não era a de alguém que se arrependia.

-Estou sim, não se preocupe. -Ela sorriu de maneira afável, tentando fingir que não havia o achado bonito.