Capítulo 09

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NÚBIA DANDARA

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NÚBIA DANDARA


Era um milagre. Vê-la alegremente enfiando palitos de cenoura em sua boca sugando uma caixa de suco. Era um milagre, depois da semana que tínhamos acabado de ter. Se a lembrança dela tão pálida e doente não estivesse gravada em minha memória, eu esqueceria que estávamos em um hospital.

- Um para você. - Ela estendeu a mão para colocar uma cenoura na boca de Marcel. Ele mordeu entusiasmado, antes de tentar roer suas mãos. Gaguejando e rindo, ela puxou sua mão para trás, acenando a outra mão para ele. - Não, papai, espere. 

Ele riu enquanto mastigava e sacudia a cabeça para ela. Não só ele já a amava, mas era um natural completo. Quando terminou o dela, ela estendeu a mão para alimentá-lo novamente. Ele pegou e colocou as mãos sobre ela.

- Papai está cheio, pequenina. Você termina.

- Ok - ela respondeu tomando sua caixa de suco. Ela chupou e sugou até que estivesse vazia, antes de começar a sacudi-la. - Mamãe, acabou.

- Você bebeu tudo - lembrei e ela fez beicinho.

- Posso ter mais, por favor? - Ela segurou o suco para mim. Ela já tinha tomado leite também.

- Tudo bem, só mais um. Então água...

- Eu entendi - Marcel disse quando me movi para levantar. 

- Você quer alguma coisa?

- Não, eu estou bem - Assentindo com a cabeça, ele saiu e eu relaxei um pouco estendendo a mão para pegar uma das uvas de Amina.

- Mamãe?

- Sim, omodebirin arewa?

- Papai vai ficar com a gente? - Ela perguntou causalmente enquanto dava outra mordida.

- Você quer que ele fique? - Eu já sabia a resposta para isso.

- Para sempre e sempre! - Ela abriu os braços o máximo possível.

- Isso significa que você e a mamãe não vai mais voltar para a nossa antiga casa - Embora eu não tivesse mais emprego na clinica, eu espero encontrar logo outro emprego na minha área em especial aqui na capital. 

- Papai pode com a gente?

- O Papai tem seu próprio trabalho e sua própria casa - Ela franziu o cenho e começou a olhar em volta e lamentei por fazer a pergunta a ela. Chegando mais perto, coloquei minha mão em sua bochecha. - Não se preocupe. Papai sempre estará por perto. Veja, lá está ele agora. - Apontei para o Marcel quando ele se aproximou, e eu notei como várias pessoas lhe deram uma boa olhada. Tentei não pensar nisso, mas não pude evitar. Ele parecia lindo sem esforço, o cabelo estava bagunçado, as mangas enroladas nos cotovelos, e a sombra de barba que agora estava em seu queixo só o tornavam ainda mais gostoso.

Sua Rainha - Duologia Nós - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora