Capítulo 06

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VINCENZO GRECO

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VINCENZO GRECO

- Tenho uma filha -  ele repetiu pela terceira vez. Sua cabeça descansava sobre as palmas das mãos. - Uma criança, Vince. O que eu vou fazer com uma criança?

- Pelo que me foi dito, normalmente você oferece apoio físico e financeiro, uma casa, alimentos até que eles tenham dezoito anos. Em seguida, você arruma um carro e os envia para a faculdade, e espero que você não os danifique muito. - Ele olha pra cima olhando para mim.

- Não estou brincando, Vince - O sorriso no meu rosto caiu enquanto eu suspirava.

- Eu sei. Mas isso não pode ser sobre você agora. Sua filha precisa de algum apoio físico nesse momento. - Entrego a ele a prancheta. 

- Eu preenchi o máximo que pude. Mas é você ainda quem precisa doar o sangue.

- Sim. - Ele balançou a cabeça como se apenas agora percebesse isso. Ele olhou sobre a papelada, preenchendo tudo o que eu tinha deixado em branco, antes de levantar e se dirigir ao posto da enfermagem. Eles falaram por alguns segundos, então assim enquanto caminharam para o que eu poderia presumir ser a sala para doar sangue, ele não olhou para trás uma vez.

Foi só então que eu tive força suficiente para me levantar da cadeira. Eu não tinha certeza para onde ir, mas caminhei e andei até me encontrar lá fora, bem debaixo do arco do hospital. O ar frio enviou arrepios na minha coluna enquanto a chuva caía tão alta que soava como pequenas pedras caindo do céu e não água. Pegando meu telefone, disquei, e no primeiro toque, ela atendeu.

- O que está errado?

- Por que essa é a primeira pergunta que você faz quando eu te chamo, mãe? - Eu me irritei.

- Porque eu ainda não estou acostumada com isso. Por trinta e um anos, você só me visitou no Natal, no meu aniversário e no Dia das Mães. Não, esqueci isso, você enviava cartões e não ligava. Então vivemos juntos por três anos. E retornamos no relacionamento mão e filho....

-  Eu entendo, mãe, eu sou um filho mau...

- Nunca diga isso - ela disse seriamente, o humor em sua voz se foi. - Não importa o quê, você nunca foi qualquer coisa desse  tipo, mas sim um milagre para mim.

- Mãe... - Mordi meu lábio e baixei a cabeça

- Vincezo? O que é?

- É possível ter tudo o que queremos?

- Não, não é, meu filho.

- Mas ainda devemos tentar.

- Até nosso último suspiro.

Inspirei e acenei com a cabeça mesmo sabendo que ela não podia me ver.

- Vince... querido, o que é?

Sua Rainha - Duologia Nós - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora