Família SasoTsu

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Escutar meus pais ao telefone trancados dentro do escritório deles só estava me deixando cada vez mais ansioso, tentei me acalmar e ficar no meu quarto, mas quando notei eu já estava inventando coisas para fazer fora do quarto para tentar ouvir a conversa, fiquei envergonhado quando percebi, então eu apenas aceitei que não conseguiria e fiquei andando para lá e para cá perto da porta do escritório, esperando, já se passaram uns 20 minutos e nada, nadinha mesmo.

Dentro do escritório, o casal tentava entender melhor como seriam as consultas e tudo que eles tinham dúvida sobre.

Zetsu: Tudo bem. Mais uma vez muito obrigado por nos dar todas as informações, iremos nos ver em breve. Até, doutora! – Ele finalmente desligou a chamada telefônica, suspirou um pouco aliviado e olhou para seu marido.

Sasori: Viu? Vai ser uma consulta como qualquer outra, ele vai passar por um neurologista para termos absoluta certeza de que ele possa ter algum transtorno e depois vamos procurar por psicólogos.

Zetsu balançou a cabeça em afirmação, mas ainda em silêncio, sem dizer absolutamente, desviou seu olhar pensativo, Sasori ao notar que seu marido ainda estava preocupado, se aproximou devagar e envolveu seus braços em Zetsu e tocou seus lábios na testa de Zetsu em um beijo delicado.

Zetsu: Eu ainda estou preocupado, não sei como ele vai lidar com tudo isso... Não sei se ele se sente pronto, e se ele estiver se sentindo obrigado a tudo isso? E se estiver se sentindo um peso? E se—

Sasori: Baby. – A voz de Sasori foi quase como um calmante para Zetsu, ele parou no mesmo instante e seus olhos encontraram os do ruivo, que se mantinha calmo e firme — Sempre fomos muito abertos um com o outro, se Mitsuo estiver sentindo que não está pronto ele irá nos dizer, nós vamos sentar e conversar tranquilamente com ele, vamos esclarecer tudo, se ele não se sentir bem com essa situação ele dirá, e vamos respeitar isso, mas não vamos deixar de cuidar dele e lembrá-lo de como é importante que ele faça isso.

O corpo de Zetsu que tremia um pouco, foi parando, se acalmando com o toque de Sasori, ele fechou seus olhos por alguns segundos para conter as possíveis lágrimas que iriam cair, logo ele abre novamente e abaixa sua cabeça.

Zetsu: Eu só não quero que ele sinta as mesmas coisas que eu senti quando descobri que tinha borderline... – Sua voz quase não saia, um nó estava se formando em sua garganta.

Sasori: Eu sei que faremos o possível para que isso não aconteça – Sua mão segura com cuidado o queixo de Zetsu, levantando seu rosto devagar, encara os olhos com um brilho triste por poucos segundos antes de se aproximar devagar para beijar os lábios de Zetsu — Eu te amo, baby. Você não tem noção do quanto você é forte.

Finalmente, Zetsu sorri. Eles seguram a mão um do outro para que possam sair do escritório.

Meus pensamentos estavam sendo facilmente manipulados pela minha ansiedade, me deixando uma sensação horrível e de extremo desconforto, mas finalmente eu ouço o som da porta de abrindo, me viro com pressa e vejo meus pais saindo de mãos dadas do escritório, suas expressões não estavam tão ruins quanto eu imaginei que estariam, finalmente meu corpo permanece parado enquanto meus olhos se fixam neles dois.

Sasori: Você já está aqui? – Meu pai perguntou me olhando um pouco sério.

Mitsuo: Na verdade... Eu fiquei bastante ansioso e não pude evitar de ficar por perto. Me desculpe...

Zetsu: Não não, está tudo bem, não precisa pedir desculpas.

E ficamos em silêncio, encarando uns aos outros, era um silêncio tão desconfortável, tentava pensar em algo para dizer para quebrar esse clima, mas meu pai foi mais rápido.

Sasori: Mitsuo, eu e seu pai precisamos conversar com você.

Mitsuo: Tudo bem por mim.

Nós caminhamos juntos para a sala de estar em silêncio, meus pais se sentaram no sofá um ao lado do outro, eu me sentei um pouco tenso na poltrona ao lado, olhei para eles e eles se entre olharam antes de suspirar.

Zetsu: Filho, a gente já tinha conversado antes sobre a sua saúde mental e em como você pode ter algum tipo de transtorno, mas não temos certeza, então a gente contatou um neurologista agora a pouco, tiramos todas as nossas dúvidas sobre e eu consegui me aliviar um pouco sobre isso. – Ele disse tudo com muita calma, mas era nítido o seu nervosismo. — Mas como isso é sobre você e para você, nós queríamos saber se você se sente confortável sobre essa situação.

Sasori: Queremos saber como se sente, não queremos impor a você algo que você não se sinta bem.

Os olhares acolhedores deles me ajudavam com que eu me sentisse menos ansioso com essa conversa, um sorriso discreto se formou em meus lábios, meus pais são tão incríveis, estão sente pensando em mim, eu pensei um pouco antes de dar uma resposta.

Mitsuo: Obrigado por pensarem em mim. Sobre isso, eu me sinto confortável e pronto, nervoso, mas pronto, isso vai ajudar bastante para que eu me entenda melhor.

Zetsu: E vamos lidar com isso juntos. – Ele sorriu.

Sasori: Com certeza. – Ele afirmou segurando a mão do meu pai.

Mitsuo: Eu acho que também vou precisar de terapia. – Argumentei.

Sasori: Sem problemas, vamos passar por um psicólogo e um terapeuta.

Zetsu: Para você se adaptar bem, vai ser ótimo.

Mitsuo: Obrigado... – Senti meus olhos se encherem de lágrimas, abaixei minha cabeça para que eles não vissem. Mas senti braços em volta do meu corpo me apertando.

Zetsu: Nós te amamos muito, meu filho... – Disse em meio de um abraço caloroso enquanto Sasori sorria os assistindo.

Duas semanas já tinham se passado, eu estava na sala esperando meus pais terminarem de pegar o que precisavam para que fossemos para minha consulta no neurologista, meu pai passou por mim procurando algo na mesa de centro enquanto meu pai estava abotoando sua camisa social.

Sasori: Achou as chaves?

Zetsu: Sim, acabei de pega-las. – Ele balançou as chaves no ar.

Sasori: Ótimo. – Se aproximou pegando as chaves e ajeitando a boina que meu pai usava.

Zetsu: Tudo certo, meu docinho? – Ele perguntou se referindo a mim e se virando em minha direção.

Balancei minha cabeça em afirmação, seguimos para a garagem e entramos no carro, eu coloquei meu cinto e meus pais fizeram o mesmo nos bancos da frente, e assim seguimos para a clínica.


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