Rapto

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- TEMOS A RAINHA - O grito da voz horrenda do ministro ecoava em seus ouvidos, a mulher caída ao chão, atordoada, ainda em seu biquíni fora derrubada e chutada sem qualquer chance de lutar pelo direito de sua liberdade - TEMOS A LADY DAS TREVAS - ele comemorava junto dos seus fiéis seguidores, os aurores que o apoiavam a observavam enojados, como se S/n fosse um bicho, uma praga, quando na verdade, seu único pecado era, ama-lo, ama-lo como uma adoradora, ama-lo, era tudo o que ela sabia.

S/n era a esposa de Lorde Voldemort, ou como ela sempre o chamava em seu secreto romance obscuro, Tom, amor, ele era muitas coisas para S/n, seu amor, seu companheiro, seu amante, seu homem, seu professor e seu melhor amigo, mas, nunca sentira tão firmemente o peso do mesmo ser o Lorde das Trevas, aquele em que despertava o medo, o que ambicionava, o que lutava pelo que acreditava e aquele em que atacava todos que o tentavam parar em sua busca pelo poder. 

- Diga alguma coisa, minha jovem - o velho a intimida enquanto seu sapato apertava o rosto de S/n contra o chão, ela que sentia todos os seus ossos doerem, chorava silenciosamente enquanto clamava a Mãe Terra que cuidasse daquele em que agora a habitava - costuma ser tão sorridente e bela ao lado do monstro que nos ameaça, que agora vejo de que não é nada mais do que uma menininha que se agarra a qualquer homem de poder - o riso dos outros a incomodavam, todos sabiam de sua diferença de idade para com o seu marido, ele que tinha 40 e S/n com recém completos 25 anos de idade, casara por amor a Tom, casara pois sua alma reconhecera a alma amante do lorde, eles se uniram na primeira troca de olhares, apaixonados. 

- Ele guardará aqueles em que juraram estar ao seu lado pela eternidade - fora tudo o que dissera com seu olhar destemido, o homem se irrita pisando novamente em sua cabeça, desacordada, a mulher permite que uma única lágrima escorra de seus olhos. 

No entanto, ela não pudera ver a figura animal que os observava ao sobrevoar o bosque, este que de imediato fora visto pelos olhos cruéis do ministro, tinha um sorriso em sua face, sabia de que ele estava o observando, mesmo de que no fundo um arrepio subira em sua espinha do qual o homem do bem desviara ao observar em desgosto o rosto da jovem em sua posse, tão bela e desperdiçada. 

Sabia quem era S/n, todos sabiam quem era a hipnotizante bailarina que encantara o aterrorizante Lorde Voldemort, ninguém entendia a junção, mas, sabiam do peso da luta em que compraram, iriam até o final. 

O grandioso corvo sobrevoava a grandiosa Mansão do Lorde, recém reformada pela sua amável esposa, a janela já conhecida, o mesmo estava assentado em sua confortável cadeira de couro atrás de sua mesa do escritório enquanto fumava seu típico charuto, suas vestes sociais enquanto comparava dois documentos em atenção. 

A ave prontamente fora notada pelo homem, ele que a chamara junto de um petisco em mãos, ele que observara atentamente a ave após deixar sobre sua mesa uma mecha (cor), seus olhos vermelhos se voltando para o corvo em plena atenção, a ave em si emanava desespero. 

- Deixe-me ver, Dora - seus olhos se conectam e então o lorde contemplara, ela que corria pelo bosque de sua casa com sua cadela após sua visita ao lago da propriedade, escondera a mesma ao escutar passos, muitos passos e seus olhos chorosos ao notar de que a mesma não estava com sua varinha em mãos, em sua primeira reação, abraçara a si mesma, mas, ele sabia de que em verdade, a lady abraçava o herdeiro em que portava em seu ser, o filho tão almejado por ambos, e então, ela fora rendida, pelos malditos homens do ministério, a jogaram no chão e a chutaram, suas mãos fortes seguravam a própria barriga, forte, serena e confiante, suas palavras antes de ser levada verdadeiramente fazem o homem borbulhar.

Se afastando da ave, ele deixara seu charuto a mesa, se virando para a parede atrás de si, onde um enorme quadro da família constituía grande parte do espaço, seus olhos se apertam, a mulher sorridente e adorável que se encontrava sentada em sua coxa, sua esposa. 

- Porra - sentira sua magia o trair quando tudo em sua volta na sala virara pó, simplesmente explodindo ao seu redor, uma lágrima solitária em seu rosto - COVARDES -  seu grito suas mãos socaram a parede - esposa minha - a marca de sua união em seu pulso pela eternidade, o voto do "Amor Eterno", a rosa negra constituída - eu estou indo, eu vou busca-la, minha rainha, é uma promessa - sussurrara na esperança de que sua mensagem chegasse até a mulher em que seu corpo e alma pertenciam. 

S/n aos poucos recobrava sua consciência, abrindo seus olhos ela notava, era tudo muito branco e algo se movia em seu corpo, em instinto abraçando a própria ela buscava por qualquer sinal de que a indicassem de que estava vivo, ele prontamente atende seu chamado, um leve chute, um sorriso da mulher, forte como o papai, respirando aliviada só então notara de que estava em meio a uma sala imensa e cheia de cobras, cobras imensas. 

Engolindo em seco, a mulher tentava conter o medo que se alastrara em seu ser, ela tinha que manter a calma, ela tinha que lutar por aqueles em que amava. 

Não nos abandone, Tom, nós contamos com você, sua mente o suplicava, no mesmo momento em que ela pudera notar um buraco na sala ser aberto e então ratos corriam pelo local, S/n engolira em seco, sabia a reação destas já que convivia com a nobre Naguini, fechara seus olhos, era tudo o que poderia fazer por si mesma.

Imagines - TOM RIDDLEOnde histórias criam vida. Descubra agora