As remodelações na Rios'Company tinham começado.
Ivone finalmente ia para casa descansar. Na cafetaria tinha sido preparado um lanche para a sua despedida.
Um a um, os colegas foram-se despedindo dela e entregando algumas lembranças.
Rodolffo ofereceu-lhe uma linda pulseira e Juliette um voucher para um SPA e salão de beleza.
- Com isto queres dizer que estou feia?
- Longe de mim. Ainda rompes meias solas. Kkkkk
Ada resolveu aparecer junto com Júlio.
- Quis vir agradecer-te pessoalmente por todos os anos que dedicaste à empresa e ao meu marido. Sei que ele nem sempre é fácil. Obrigada por tudo. - ofereceu-lhe juntamente com Júlio um cruzeiro às ilhas gregas.
- Não marques o cruzeiro na altura do meu casamento - disse Juliette.
- Que é quando?
- Pois. Não sei.
- Felizmente tenho uma margem de dois anos por isso devo poder conciliar os dois.
- Podes ir fazer o cruzeiro que com a lerdice do meu filho sou capaz de dar a volta ao mundo primeiro, disse Júlio.
- Sabes qual é o problema desta juventude?
- Diga, Júlio. Qual é?
- Não precisam de casar para provar a fruta como no meu tempo. Verdade, Ada?
- Não me faças falar, Júlio. Não é o local nem hora.
- Mãe, pai! Que conversa é essa, agora?
A risota foi geral. Apesar da idade, os pais do Rodolffo tinham uma mente e espírito abertos e podiam abordar qualquer assunto.
Elisa que nesta hora tinha que trabalhar em vez de estar na despedida olhava o grupo com raiva, ainda mais porque descobriu que nem os tios foram viajar nem houve nenhuma desinfestação. Simplesmente queriam descartar-se dela.
Hoje também seria o último dia dela e não teve festa. Também ela não disse a ninguém que ia embora.
Numa das últimas visitas de Artur a casa dos tios ela e ele conversaram.
Estavam a tramar algo contra Rodolffo e Juliette, mas Júlio foi mais ligeiro e não tiveram tempo de executar o plano.Depois dele ser desmascarado ela não teve como agir sózinha pois teve medo.
No último fim de semana, numa visita à tia, ela pediu dinheiro pois queria tirar a habilitação de condução para comprar um carro usado.
A tia deu sem exitar e ela comprou uma passagem de regresso à Argentina. Ia procurar Artur visto ele ter partido com bastante dinheiro.
Amanhã de manhã sairia no primeiro voo.Já madrugada foi para o aeroporto e antes de entrar no avião enviou uma mensagem a Rodolffo onde dizia o quanto odiava a família por não se ter sentido acolhida. A princípio a tua mãe era querida mas no fim era igual a todos.
Esperava nunca mais os ver. Ia encontrar-se com Artur, dizia.Rodolffo no escritório mostrou a mensagem ao pai.
- Aquela ingrata. Não sei o que mais poderia fazer.
- Pai. Se ela vai ter com Artur? Será que ela não ajudou ele aqui?
- Quase de certeza. Vou ver se é possível ela ser impedida de voltar. Artur pode aproveitar para a usar contra nós.
- Pai, para a semana ficam prontos o anel e as alianças que mandei fazer.
- Óptimo. Como o teu aniversário está próximo vamos juntar alguns amigos e família lá em casa.
- Mas eu tinha planejado viajar com a Ju no meu aniversário.
- Viajas a seguir. O teu aniversário é Domingo e fazemos a reunião no sábado, pode ser?
- Pode. Mas não convides muita gente. Queremos uma coisa simples, aliás, eu quero porque para a Ju vai ser surpresa.
- Compra um terno elegante que eu quero um pedido feito com capricho.
- Terno, pai? Não pode ser mais simples?
- Não. Por favor faz-me a vontade.
- Está bem. Se queres assim!
Em casa de Ada, esta recebia a chamada do marido.
- Vai ser na véspera do aniversário dele. Faz o que já conversámos antes.
- Sim, vou já começar a tratar.
14 horas. A pedido de Júlio, Juliette foi encontrar-se com Ada.
- Ju, obrigada por teres vindo.
Eu e Júlio vamos renovar os nossos votos na véspera do aniversário do Rodolffo.
Vamos comprar roupa.As duas saíram em direcção à boutique especializada em vestidos de cerimónia.
- Aqui só tem vestidos de noiva!
- Não, tem outros também. Vamos escolher uma para cada.
- Ju, imagina um casamento civil. Que tipo de vestido escolhias?
- Uhmm, deixa ver. Tem que ser branco pérola. E o modelo... ah, o modelo depende da noiva.
- Se fosse para ti. É que eu vou ser madrinha de uma noiva dentro de 4 meses e como vou oferecer os vestidos queria uma ideia.
- Para mim... este, não, essssste, também não. Este. Decididamente entre todos seria este. Simples, nem curto nem cumprido, o decote é lindo, o tecido e acabamentos também.
- Também gostei desse.
Vamos escolher um para nós. Para a nossa festa.Eu escolhi primeiro. Depois da prova estava decidido.
Juliette escolheu um vestido longo com drapeado na cintura, na cor verde àgua.
- Vai lá vestir.
Enquanto ela foi eu disse à empregada.
- Eu quero aquele vestido no tamanho igual ao que ela experimentar agora. Sem ela perceber.
Depois embrulha os três e manda entregar.- Mando sim. Tudo certo.
- Tia. Ficou perfeito. O tamanho e tudo.
- Ficou lindo. No teu corpo tudo cai bem. E sapatos?
- Eu vi ali umas sandálias lindíssimas. Dão com vários modelos de vestido.
- Então leva. Eu já escolhi as minhas.
Mandei embrulhar e paguei a conta.
Escrevi a morada para entrega e ao entregar o papel pisquei o olho à empregada.- Esteja descansada. Amanhã de manhã estará tudo entregue. Qualquer coisa disponha.
Saímos dali e fomos comprar o presente para o aniversário de Rodolffo.
- Tia, não tenho jeito para presentes de homem. Nunca tive ninguém que fosse assim tão importante.
- Vem. Eu tenho uma ideia.
Entraram numa ourivesaria e compraram um alfinete de gravata em ouro com um detalhe interessante. Um diamante lapidado em forma de sol, encaixava numa meia lua em relevo. Uma pequenina corrente presa ligava os dois.
- Tão lindo. Jamais me passaria pela cabeça. Adorei e sei que ele também vai gostar.
- Pronto. Acabaram as compras. Vamos entrar numa cafetaria e tomar um chá.
Adoro programa de compras disse Ada. Pode ser coisas simples mas gosto de entrar e comprar. Se tiver companhia melhor.
- Também gostei desta tarde. Havemos de fazer outras vezes.
- Imagina quando viermos fazer compras para os meus netinhos.
Juliette deu um tapinha no braço de Ada e sorriu.
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Soltem os fogos
FanfictionAs responsabilidades e compromissos para nós destinados levam-nos por vezes a atitudes das quais acabamos por não nos orgulhar. A história de um filhinho de papai milionário que precisou levar algumas lambadas para aprender o sentido da vida.