Luke não sabia como havia conseguido ter a sorte de escapar de mais uma noite com o príncipe. Ele agradeceu mentalmente à sua sogra que encheu o coitado de trabalho mesmo após ele ser atacado. O ex conde admitia que ficou com pena da vida atarefada de seu marido.
O jovem se preparou mentalmente para entrar no quarto. Ao abrir a porta, ele viu algo que não esperava. Um terno preto com uma gravata vermelha estava colocado sobre a cama. Além disso, nenhum sinal do seu marido.
Mas claro que não demoraria muito para ele aparecer. Luke pôde sentir suas mãos esguias em seus ombros e sua respiração em seu ouvido. Artanis o abraçou e disse em seu ouvido:
— Tenho certeza que vai ficar lindo em você.
Luke não pode evitar corar. Ele deveria já ter se acostumado com os olhos azuis de Artanis o encarando de tão perto.
— E qual terno você vai usar? — perguntou tentando disfarçar o clima.
— Um vermelho é claro.
— Vai ficar perfeito. — Luke pensou, mas acabou falando em voz alta.
Artanis riu do constrangimento dele e lhe roubou um beijo. Porém, internamente ele estava preocupado ao sentir os ossos saltando dos ombros do outro.
— Ei... seu... — mas ele sabia que não podia falar nada e acabou retribuindo, sentindo a magia de Artanis internamente.
Artanis só riu ao ver o rosto fofo do outro corado e disse:
— Hoje o baile será muito importante. Muitas pessoas importantes vão aparecer. E claro, eu espero que muitos espiões da Vivian também. Tenho certeza que muitos dos seus corvos, não eram apenas corvos.
Nesse momento, Luke se preocupou. Seria outro evento catastrófico como o casamento? Ele teria que ficar atento para ninguém pegá-lo desprevenido de novo. Ele mordeu o lábio de preocupação.
Isso fez com que Artanis bagunçasse seus cabelos e com um sorriso exclama-se:
— Você é fofo pensativo assim.
— Ei! Eu não sou fofo. — Luke se emburrou.
Nesse momento alguém bateu na porta e o loiro pediu que entrasse.
Era Lily com uma bandeja de comida farta, o que fez o estômago de Luke revirar.
— Bom dia, altezas. Aqui está o café da manhã que pediu.
— Venha, Luke. Pedi que Lily trouxesse para nós o café da manhã. Os funcionários disseram que você não comeu hoje.
Luke olhou com um pedido de socorro por seus olhos para a empregada. Mas ela não podia fazer nada.
A jovem fez uma reverência e deixando a comida na mesa do quarto, olhou para Luke com um olhar de "Sinto Muito" — e se despedindo, saiu.
Agora eles estavam a sós. Artanis sorrindo e com um olhar travesso, se sentou e perguntou:
— Me diga qual você prefere. Pão, leite, suco.
— Suco. — Luke respondeu rapidamente. Se tivesse que comer, teria que ser o que engordasse o menos possível.
Ele se sentou e pegou o copo que Artanis havia servido. Engoliu tudo de uma vez. Mas havia uma fatia fina de pão com geleia de framboesa a sua frente.
Luke olhou para o alimento já sentindo o enjoo vir. Porém, se esforçou para comer. Artanis não poderia desconfiar.
O pão passou como um bolo pela garganta. Mas o gosto era muito bom. Porém, esse sentimento passou quando pensou como engordaria se mantivesse aquilo em seu corpo. O que Artanis pensaria ao ver seu corpo? Será que ele seria expulso e ele caçaria Aretha para ser sua noiva novamente? Seus pais disseram que o príncipe o odiaria quando notasse o quanto ele é inútil. Ele não queria perder as pessoas boas que havia conhecido no palácio.
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O principe que eu deveria odiar
FantasyLuke é só o filho vagabundo do conde de Athea, que quer impedir o casamento de sua irmã mais velha com o príncipe Artanis. Porém, algo inesperado acontece. Ele toma o lugar dela, como noivo do príncipe, fazendo um contrato de sangue. Mesmo que haja...