Ayanna Schmidt
Estávamos em uma loja de grife comprando minhas roupas, Eros estava andando pela loja bebendo, eu estava no trocador acompanhada de Silvana.
Já era a quinta loja que estávamos comprando roupas, era basicamente eu me trocar e pedir a opinião da Silvana, já que o Eros não fazia questão de opinar sobre as roupas, não que eu me importasse, ele podia fazer o que quisesse.
Já tínhamos comprado todas as roupas que eu usaria no dia a dia, em festas de gala, lingeries, saltos e sapatos, agora estávamos procurando o vestido que eu usaria essa noite. Essa tarefa não era tão fácil quanto eu gostaria, nada estava me agradando, ou as cores não me destacavam minha pele, até agora, o vestido perfeito, destacavam todas minhas curvas, cor dos meu olhos e minha pele.
Ele era verde royal, tinha um corcet transparente com alguns detalhes verdes na costura, ele deixava meu colo todo exposto, tinha uma alça, o tecido começava da cintura, peito até o ombro, tinha uma fenda enorme, expondo toda minha perna.
Abro a cortina do trocador olhando para Silvana que mexia em seu laptop.
– E então?
Ela tira seus olhos da tela me olhando com um sorriso malicioso.
– Ouso dizer que alguém irá ter um ataque cardíaco, e esse alguém está a alguns metros.
– Eu espero que morra, assim estarei livre do embuste.- falei voltando a examinar meu corpo no espelho.
– Isso tem cheiro de tensão sexual.- a olhei de rabo de olho com olhar de reprovação.
Depois da breve “conversa” que tivemos hoje de manhã, Silvana esteve por perto então acabamos conversando e simpatizando uma com a outra, descobrimos que temos algumas coisas em comum, como o fanatismo em ser extremamente festeiras, ela também sabia do casamento e dos acordos por ser a secretária e amiga do Caccini, o que lhe deu direito de ouvir todas as minhas críticas e ela concordou em me levar escondido em algumas boates para curtir já que ela afirmou que Eros faz muitas viagens a trabalho.
– Você vai levar esse, e não foi uma pergunta.- afirmou me olhando pelo reflexo do espelho.
– Nem precisa falar duas vezes.
– Se troca e vamos, ainda temos 3 horas para você se arrumar.
Estávamos saindo da loja sendo acompanhados por cinco seguranças, dois deles carregavam minhas coisas, indo em direção a limusine, o que me fazia questionar sobre qual tipo de pessoa eu seria daqui pra frente, eu teria que ser uma pessoa que eu não sou? Usar uma máscara? Fingir ser uma namorada perfeita ou esposa?
Definitivamente isso seria exaustivo.
– No que você está pensando?- a voz de Eros me tirou da minha neblina de pensamentos.
– Nada que seja do seu interesse, senhor Caccini.- me inclinei, apoiando meus cotovelos sobre meus joelhos, consegui ver uma chama se acender dentro de suas íris.
– Se não fosse da minha conta não perguntaria, futura senhora Caccini.- escuta-lo me chamar desse jeito me causou um arrepio.
– Estava pensando sobre a entrevista.- voltei a me encostar no banco sem quebrar nosso contato visual, não era totalmente mentira.
– Nervosa, querida?- disse com sarcasmo.
– Não tenho do que ter medo, apenas curiosidade, Eros.
– Eles vão perguntar como vocês se conheceram, terão que inventar algo. Também vai ter que se passarem por casal, andar de mãos dadas, beijos, abraços, não sei, mas vocês tem que provar que são um casal de verdade, todos estaram na cola de vocês atrás de alguma fofoca.- A mulher do meu lado respondeu.

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The Perfect Confusion
Roman d'amourEla nasceu em uma cidade pequena, enfrentando a dolorosa rejeição de sua mãe. Determinada a encontrar seu próprio caminho, Ayanna Schmidt decidiu deixar o lugar que deveria ser seu lar e buscar um novo começo. Buscou ajuda de sua tia paterna para in...