Tempestade de Café

Capítulo 4

Era para sair ontem mas deu uma atrasada, se vocês quiserem me seguir no twitter para saber sobre o atraso dos capítulo sintam-se à vontade. Eu provavelmente vou mudar a postagem dos capítulos intercalando os domingos, então semana que vem é possível que não tenha nada novo.

Boa leitura!

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Acordou cedo demais até para ele mesmo que era uma pessoa matutina. Suas mãos trêmulas faziam o pequeno buquê de flores e o guarda-chuva balançarem rapidamente com a ansiedade que afetou seu sono na noite anterior. Apesar do nervosismo, a adrenalina era mascarada pelo desejo decisivo de acabar com a dança ridícula que estava fazendo. A exaustão fazia seus olhos sentirem grãos de areia a cada vez que piscava, poderia dormir em pé.

— Bom dia, senhor Bagageiro! — As vozes altas ecoaram pela loja segundos depois do sino da porta soar, Fili e Kili entram em fila com o tio por último, que caminha pedindo para os dois falarem mais baixo.

— Eu quero me desculpar. — Bilbo fala bruscamente, estendendo as flores na direção de Thorin, que ainda estava um passo à frente da porta de entrada.

Fili e Kili olharam para o alvo das desculpas, confusos. Percebendo que o próprio tio não parecia saber exatamente o que estava acontecendo, olhando de volta para Bilbo em um pedido silencioso por uma explicação, que parecia respirar fundo antes de continuar.

— Alguns dias atrás você me emprestou seu guarda-chuva e eu, que te achei grosseiro, não tive coragem de devolver e o mantive comigo, mesmo te encontrando depois eu não perguntei seu nome, devolvendo a grosseria, claramente. E os dias foram passando, eu continuei sem pedir desculpas e sem devolver o guarda-chuva, eu sempre fui criado para ser muito bem educado e não seria muito Bolseiro da minha parte deixar toda essa situação passar, então eu pedi o conselho do meu sobrinho e ele disse que seria uma boa ideia te comprar flores, o que olhando agora parece bem estranho. De qualquer forma, eu peço perdão pelo meu comportamento e por qualquer incômodo que eu possa ter causado.

O silêncio permaneceu alto depois do monólogo feito às pressas por Bilbo, e só foi quebrado com as risadas dos meninos que acompanharam as bochechas cada vez mais rosadas dele. Thorin observava tudo ainda em silêncio, a diferença agora era que a situação fazia sentido na sua cabeça, o que não deixava de ser um absurdo.

— Thorin! Não escutei você chegar — a figura alta de Gandalf saiu da porta dos fundos do balcão, sorrindo ao caminhar na direção da confusão, observando Fili e Kili secarem as lágrimas de felicidade e as duas figuras nervosas de Thorin e Bilbo.

— Sr. Gandalf, você não faz ideia do que acabou de acontecer! — Fili segurava a barriga ainda sem ar das risadas, seu irmão na mesma situação, ambos não percebendo que o dono da loja os guiava pelos ombros.

— Oh, eu mal posso imaginar! Adoraria que vocês me contassem no depósito enquanto eu mostro algumas coisas secretas que eu venho preparando. — Gandalf sorriu enquanto sumia pelas portas dos fundos novamente, acompanhado pelos dois pares de olhos curiosos dos jovens.

Ao mesmo tempo, Bilbo não desgrudou os olhos do tio dos meninos, que ao contrário dele, fazia de tudo para não manter contato visual, parecendo distraído demais. Quando as vozes estavam o mais distantes possível, o olhar azulado foi finalmente direcionado à ele em sincronia com a voz profunda que parecia reverberar pela loja.

— Thorin, meu nome é Thorin.

A resposta que recebeu foi apenas um murmúrio de que a informação tinha sido recebida por Bilbo, a feição de expectativa de uma resposta para o pedido de desculpas ainda pesava o ambiente e a conversa mal formada.