𝐷𝐴𝑌 𝑂𝐹 𝐻𝑂𝑃𝐸

𝗩𝗜𝗜𝗜

APÓS ouvir a voz embargada do garoto, Rick olha para ele com espanto e logo me olha sem saber oque fazer, aquilo realmente me assustou, eu não conheço Rick a muito tempo mas pelo pouco tempo que o conheço sei que ele sempre sabe oque fazer.

-Vai falar com seu filho!- digo o encarando e o empurrando levemente em direção a Carl.
Quando Rick vai até o filho me deixando sozinha, me sento no chão pensando no ocorrido e PUTA MERDA eu acabei de beijar o Rick!
Eu não sei se fico feliz ou decepcionada comigo mesma, afinal, eu sou tipo a amante na história e isso não è nenhum pouco bom...e coitado do pequeno Carl, ver o pai dele com outra mulher sem ser a mãe dele...eu o entendo para ser sincera, já vi minha mãe na cama com outro homem e foi horrível, minha mãe era uma puta que só pensava no que tinha no meio das pernas.

Bom, quando eu era pequena, eu não tive aquele negócio de "família que se ama e se apoia", tipo, eu nunca me dei bem com o meu pai, ele desde sempre foi um zé ninguém que provavelmente será enterrado como indigente, ele è apenas mais um cara que para descontar a raiva bebe de forma compulsiva e depois desmaia no sofá,mas ele pelo menos nunca me deixou.
Com a minha mãe foi diferente, ela sempre foi muito religiosa e me obrigava a ir na igreja com ela todos os domingos mesmo comigo odiando ir para a igreja,eu ia mesmo assim, só para poder ficar mais tempo com ela, nosso relacionamento sempre foi incrível, claro, tínhamos aquelas brigas bobas mas nada demais, afinal, eu ou ela sempre voltávamos atrás, mas tudo mudou quando eu vi minha mãe traindo meu pai, mesmo eu não me dando bem com meu pai eu não poderia manter esse tipo de segredo, afinal, eu tinha apenas 6 anos, mas me arrependo de ter contado, porque depois disso, eu não perdi só minha mãe, eu também perdi minha melhor amiga... e quando eu contei para meu pai sobre o ocorrido a minha mãe foi para cima de mim me chamando de de diversas coisas que uma criança não deveria saber o significado e muito menos ser chamada por essas tais palavras e pela primeira vez na minha vida o meu pai me defendeu e mandou ela embora, desde então eu não sei aonde ela está e agora que estou presa nesse novo mundo nunca vou "desvendar" seu paradeiro.
Eu realmente queria continuar com meus pensamentos enquanto o mundo acaba ao meu lado, mas se eu continuasse iria acabar morta, então decido ignorar tudo oque acabou de acontecer.

Decido voltar para dentro do casebre com o intuito de dormir e com sorte não acordar na manhã seguinte, mas antes de conseguir cumprir o planejado sou parada pelo mais velho, Hershel.

-Está tudo bem querida? - ele pergunta com uma doçura de outro mundo - parece assustada.

—Hm? Claro que está, porque não estaria?- digo tentando voltar ao meu normal - Eu que deveria te fazer essa pergunta, afinal, depois de tudo que aconteceu com você hoje... - eu sabia que oque eu estava fazendo poderia ser considerado maldade, mas oque eu poderia fazer? desabafar com ele? não faço isso nem com meu pai imagina com um estranho.

—Bom...eu perdi minha casa, minha esposa e me perdi de minhas filhas, não sei se estão vivas ou mortas, então eu não estou bem - o velho diz se sentando no colchão com certa dificuldade - por favor, podemos não falar sobre isso?

—Prometo não tocar mais nesse assunto se você não tocar em nenhum assunto que me envolva.—o velho me olha com um olhar de julgamento mas apenas concorda.

—Você è complicada em garota - ele diz forçando um sorriso.

—è o meu jeitinho - sorrio tentando brincar com toda aquela situação, mas logo isso se torna impossível quando Carl aparece chorando e parando na minha frente.

—minha mãe estava certa! sobre tudo, sobre você e sobre seus amigos! você hipnotizou meu pai e provavelmente deve estar planejando matar todos nós! - o garoto praticamente grita e após descarregar toda sua raiva em mim, ele foge para outro cômodo da casa.

Eu queria não me importar com oque aquele garoto me falou, mas aquilo se tornou impossível, afinal, eu havia criado um certo carinho por aquela criança, e ver que eu o causei tanta dor me deixou extremamente mal comigo mesma...e como se tudo aquilo não pudesse piorar Rick aparece e fazendo os mesmos movimentos que seu filho havia acabado de fazer, ele parou em minha frente e eu já sabia oque estava por vir, tudo oque ele tinha me dito ele irá jogar fora.

— Como você consegue destruir tudo?! eu realmente deveria estar fora de mim para ter te dito aquelas coisas tão estupidas! você quer destruir minha família ou oque?! - antes que eu pudesse responder ele sai à procura de seu filho.

— eu sabia - digo escondendo meu rosto entre minhas mãos.

—posso entender oque acabou de acontecer? — Hershel me olha totalmente assustado e confuso.

— nada demais, só mais uma prova de que eu quero sair daqui o mais rápido possível - passo a mão pelos meus cabelos mantendo um falso sorriso — pedi para que não perguntasse nada sobre minha vida e eu ainda não mudei de ideia - digo em um tom tão frio que até me assustei, mas deixo isso passar e ignorando o olhar do velho grisalho vou em direção ao colchão em que me foi escolhido e eu me deito, cansada de fazer tudo por todos e sempre ser a inimiga.

Se eles querem um monstro é isso que vão ter.

✔︎

•Socorro eu odiei esse capítulo.
•está tudo muito confuso ainda na história, mas prometo que com o tempo tudo vai se esclarecer
•O Carl é uma criança e obviamente vai ter esses surtos, já o Rick está tendo por pura confusão mental.
•Não desistam de mim, prometo que a história vai melhorar e eu irei me  aprofundar mais nos personagens de TVDU!