Capítulo 6 - Tempestade de Tristeza

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Capítulo 6 - Tempestade de Tristeza

 ''É claro que existem tristezas que não conseguimos evitar, mas viver esse mal todos os dias é castigo!''

O chão se aproximava cada vez mais, os olhos abertos não ajudavam muito mas era tudo tão rápido que não pensei em fechar o olhos e muito menos colocar as mãos na frente para aparar a queda, o tempo durou o mesmo que contar até 5 de um forma bem rápida...1..2..3..4...5... Lá estava eu no chão toda dolorida, alguém deveria ter inventado um chão mais fofinho ou até menos duro, o barulho de meus ossos se chocando foi alto e horrível - principalmente para mim - a altura não era tanta por isso eu não quebrei nada apesar de cada parte do meu corpo doía, eu realmente preciso parar de cair de cara no chão por ai...Quantas vezes já foram? Já perdi as contas.

Coloco as mão no piso e faço força para me levantar, em seguida as perna se erguem acompanhando suas amigas (mãos), ergo a cabeça e me deparo com a fada assassina.

- Por que fez isso? - Pergunto com a mão no nariz.

- Não deveria dormir de tarde se não vai ficar a noite toda acordada.

Trinco os dentes. Pelo menos ela não percebeu que sair.

- Saia daqui! Não quero ver você até amanhã. - Declara com uma faca apontada em minha direção.

- Mas...

- Nada de  mas agora vá logo!

Sai dali as pressas, morar com ela não parece uma coisa agradável. Do lado de fora uma enorme tempestade se formava nas nuvens, trovões e relâmpagos acompanhavam como uma dança mágica, para começar realmente a apresentação as gosta tinham que cair e foi isso que aconteceu, inúmeras gotinhas de água dançavam no céu e faziam um grande show ao chegar na terra se dissipando em várias partes. Encarei tudo aquilo enquanto caminhava lentamente sem um destino certo, meu cabelos soltos pregavam nas minhas costas e meu cílios estavam com gotinhas de água, o vestido pesava cada vez mais, resumindo eu estava totalmente encharcada.

Achar a casa da Aira no meio de tantas era difícil, ainda bem que a dela se destaca por ter uma cor mais viva que essas. Ainda de cabeça erguida encaro além das nuvens, o Sol estaria ali se pondo ou nascendo? Ou a Lua estaria em seu resplendor? Sai tão apresada que nem vi as horas, as pessoas corriam pelas ruas em busca de abrigo, isso significa que não e tão tarde. Eu deveria fazer o mesmo que elas, posso ficar doente por causa do frio que a chuva causava em meu corpo ou por causa do enorme vento e até por causa do cheiro de fungos... Muito dizem ''Cheiro de chuva'' mas isso não passa de uma expressão já que na verdade esse  cheiro é causado pelos fungos.

Deixo minha mente vagar para uma memória antiga.

'' O dia estava claro e acolhedor, pessoas riam e se divertiam no parque, fazendo piqueniques, jogando disco, fazendo coisas de doidos. Eu os observava com certa invejas, queria esta ali me divertindo também.

- Mamãe vamos ao parque depois? - Pergunto erguendo a cabeça.

- Desculpa amor não vai dar mais que sabe outra vez? - Vejo uma expressão triste em seu rosto e a forma que ela disse ''outra vez'' me pareceu mais que nunca aconteceria.

Ninguém olhava em nossa direção, não chamávamos atenção eramos apenas uma mãe e uma filha andando em direção a um enorme edifício no meio de Nova York, fiquei deslumbrada com a estrutura do lugar, apesar de ter só 6 anos eu amava monumentos mas aquele naquele momento era especial sua altura parecia que tocava os céus. Nó duas subimos até o último andar, ninguém tentou nos parar e o elevador subiu mais rápido que o normal. Parecia que tudo colaborava para que aquilo acontece-se. Ao sair do elevador virei meu rosto para o da minha mãe e dei um enorme sorriso e sair correndo pelo terraço parando na grade de segurança.

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