𝘾𝙖𝙥𝙞́𝙩𝙪𝙡𝙤 𝟭𝟮 - 𝙊 𝘽𝙖𝙞𝙡𝙚

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             Hellen fitava seu reflexo no espelho com adoração, ela estava perfeita. Usava um vestido preto brilhante de alça caída com uma fenda na perna esquerda, o colo do peito exposto por um decote triangular. O cabelo metodicamente ondulado, o chamativo batom vermelho em seus lábios. Brincos de obsidiana negra em forma de gota enfeitavam suas orelhas, a pedra do colar ilusório agora não era mais azul.

Ela estava fabulosa.

— Então? O que você acha? — Hellen girou em seus saltos. Ruth miou em resposta. — É eu sei. Preto definitivamente combina comigo! Eu estou maravilhosa!

— Você está linda, irmã. — Harry a elogiou.

— Obrigada. — Hellen olhou Harry de cima a baixo. — Você também não está nada mal.

— Obrigado. — Harry gargalhou. — Você amarra para mim? — pergunte ele, mostrando a gravata em suas mãos.

— É bom ver que desistiu de toda aquela ideia de gravata borboleta. Não combina nem um pouco com você. — Harry estava vestindo um terno italiano preto, o cabelo estava muito bem penteado, os sapatos muito bem engraxados. — Mais de trezentos anos nas costas e não sabe amarrar uma gravata. — murmurou Hellen, com divertimento.

— Eu sei amarrar a gravata, mas eu gosto quando você faz. — Hellen não escondeu o sorriso que brotou em seu rosto ao ouvir isso. Sempre foi assim, quando crianças sempre que Harry tinha alguma dificuldade em se arrumar, era sempre Hellen quem o salvava. — O nó que você faz é muito melhor que o meu, eu fico muito mais elegante.

— É claro que fica. — Hellen terminou de laçar a gravata. — Tudo o que eu faço é perfeito. Prontinho.

— Obrigada, irmã.

— Não seja por isso. — Hellen lançou-lhe um piscadela.

— Você vai ir ver a Jane?

— Sim. E você vai ir ver Alec.

— Eu vou. — confirmou. — Boa sorte com a princesinha sádica. Você vai precisa.

— Obrigada. Vou leva Ruth comigo, ele vai tomar conta de mim. — Hellen fez um sinal para que o gato a seguisse. — Até logo irmão.

— Ruth! Cuide bem dela. — disse Harry ao gato antes que eles saíssem. — Até logo, irmã.






Hellen caminhou alegremente até o quarto de Jane, sendo seguida de perto por Ruth. Geralmente ela o pegaria no colo, mas ela queria sua roupa cheia de pelos de gato. Ela deu algumas batidas ritmadas na porta de Jane escutando a permissão da vampira para entrar.

— Jane.

— Hellen.

— Oh meu Deus. — Hellen levou a mão a boca em admiração. Jane usava um vestido de tuli preto rodado muito bonito. — Você está linda!

— Obrigada. — agradeceu Jane, o rosto esculpido em mármore em uma expressão vazia.

— Mas esse cabelo... — Hellen analisou o coque diário de Jane, muito comum para a situação, muito simples. — Não pode ficar assim.

— O que há de errado com o meu cabelo?

— Noite diferente, cabelo diferente. Sente-se.

O quarto de Jane não era tão glamoroso como o de Hellen ou o de Heidi, era mais simples tendo apenas o necessário, o que significava não ter cama algo que a vampira julgava muito humano. A coisa mais chamativa em seu quarto era uma penteadeira branca a qual Hellen a presenteara em alguma momento da década de trinta. Um móvel antigo, porém muito bem conservado.

𝓞𝓼 𝓕𝓲𝓵𝓱𝓸𝓼 𝓭𝓮 𝓒𝓪𝓻𝓵𝓲𝓼𝓵𝓮 𝓒𝓾𝓵𝓵𝓮𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora