Ao chegar na casa de Michael, o encontram saindo com sua mãe o cobrindo de beijos e cuidados. Sua expressão no momento parecia ser de vergonha. Sua mãe, a senhora Christine, cuidava muito de Michael, por ele ser filho único e também a única companhia para ela, já que o senhor Roy acabou falecendo. O garoto abraça a mãe e a empurra um pouco para respirar.
- Já tá bom, mãe. Eu tenho que ir se não me atraso. – retrucou Michael tentando se libertar das mãos da mãe.
- Mas meu filho eu não quero que você me deixe sozinha. Por favor fique com a sua pobre mãe. Eu te ensino o que sei, como eu fiz quando você era pequenino. – diz a mãe, segurando o garoto como se fosse um prêmio em dinheiro no qual poderia se perder facilmente.
- Toda vez é assim. Mãe, você poderia sair mais de casa, conhecer mais gente, arranjar um homem, sei lá. Ficar em casa revirando as fotos do papai e ouvindo a mesma música de casamento um milhão de vezes não irá ajudar a superar isso. Sei que você amava o papai, mas ele já se foi. Foi triste sim, mas temos que superar isso. Agora deixa eu ir que as meninas estão me esperando ali. -diz Michael que se desprende dos braços da mãe e acena para Jenny e Mariah.
- Tudo bem meu filho, a mamãe fará isso. Já está na hora de sua mãe sair do passado e começar a viver o futuro. Fico feliz por você ter amadurecido tanto nesses últimos anos. E a cada dia você fica mais parecido com o seu pai, que Deus o tenha. – diz a mãe que sorri e passa a mão no rosto do garoto.
- Bom mãe, eu tenho que ir. As meninas estão a um tempão me esperando. Volto logo tá? Procure sair hoje para fazer algo diferente, tipo ir ao parque ou visitar suas amigas. Você vai se divertir. Tchau mãe, eu te amo muito. - diz Michael que beija o rosto da mãe e sai acenando para a mãe.
- Tchau meu filhote, mamãe te ama muito também. Não se esqueça do que eu te ensinei sobre a rua. E boa aula, estude bastante meu bebê.
- Tá mãe, não precisa me chamar de bebê na frente das Jenny e da Mariah, e vergonhoso. – diz Michael que ao olhar para as meninas, ficam rindo e as olha com um olhar bravo.
- Tchau meu filho. Boa aula para você e para suas amigas. – diz a senhora que entra em casa após verem os três desaparecendo ao virarem a rua.
A escola de Fatesburg não era muito diferente das outras que existiam, mas seu destaque era o fato de os alunos mais destacados participarem de competições interestaduais. E nesse ano era o concurso de redação que aconteceria na escola. Muitos alunos estavam ansiosos, inclusive Michael e Mariah, pois eram os melhores escritores do colégio. No refeitório do colégio os três se sentaram juntos e assim pensaram no que iam fazer.
- Esse ano vai ser difícil, afinal o concurso só admitirá uma pessoa ao invés de duas, como sempre acontecia nos outros anos. Não sei o motivo de mudarem isso de uma hora para outra...- diz Michael, revirando a bandeja com hambúrguer e batatas.
- Nem me fale, Mike. Terei que me esforçar bastante para chegar a final. Soube que o colégio Blackheart, se prepara desde da última derrota contra a gente na última competição.- responde Mariah, pensativa enquanto observava a maçã vermelha que havia pegado.
- Não deviam se preocupar tanto. Tudo vai dar certo, vocês vão ver. Agora vamos mudar o assunto, por que aflição demais estraga meu apetite. – diz Jenny que abocanha o sanduíche.
De repente, três garotas entram no refeitório. Suas roupas pareciam caras e bastante chamativas. Elas desfilavam poderosas no refeitório, causando falatórios e olhares de rapazes em todo o refeitório. Elas andaram em direção aos três garotos e tiraram de seus rostos os óculos caros e importados.
- Ora se não são os esquisitos da Fatesburg. Incrível como vocês não mudaram em todo esse tempo em que passei fora desse lugar decadente. Ainda fazendo seus poeminhas meia boca, Mariah ? – diz a garota loira com um corpo belo e rosto cheio de maquiagem.
- Sim, Jéssica mas acho que isso não é da sua conta não é? Mas a pergunta que não quer calar é, por que você voltou pra cá, você mesmo disse que nunca mais voltaria para cá quando foi para Inglaterra. O que te fez voltar, por acaso os ingleses não te suportaram por lá? – dizia Mariah, que olhava com desprezo e raiva para a garota a sua frente.
- Meus pais acharam que seria melhor voltar para esse buraco que vocês chamam de cidade. Eles querem montar mais uma rede de hotéis por aqui já que está cidadezinha mequetrefe está recebendo visitantes ultimamente. Mas não tenho tempo para você e sua turminha de fracassados, passar bem Mariah. – e saiu rindo junto com as outras duas até o corredor de onde saíram.
- Como eu tenho ódio dessa biscate, só por que ela tem mais dinheiro e a popular da escola, não quer dizer que ela pode vir pisar nos outros como se fossem baratas.- dizia Mariah que emburrada comia a maçã com uma raiva voraz.
- Se acalma amiga, não ligue para que ela fala e foque no que realmente importa que a competição de redação. Se quiser depois te ajudo com umas ideias o que você acha, podemos até chamar o Mike para juntos fazermos as redações e assim escolher as melhores hein?
- É uma boa Jenny, afinal qualquer ajuda é bem vinda. Só não pode ser na minha casa, minha mãe hoje tem reunião das confeiteiras em casa e ela não quer que ninguém a atrapalhe.- disse Michael que mordia o hambúrguer.
- Pode ser na minha casa mesmo Mike, lá não vai ter problemas em relação as pessoas. E aproveitamos que hoje é dia de espaguete com almôndegas e vocês jantam por lá. – dizia Mariah com um sorriso.
- Ok então amiga. As 7hrs nos encontramos na sua casa, sem falta e você aproveita e me empresta aquele seu livro que você me recomendou no início do verão.- dizia Jenny que se levantava da mesa.
- Tudo bem Jenny agora vamos que se não perderemos a aula do professor Cramson e você sabe como ele é em relação aos atrasados na aula dele né...- dizia Mariah que ia andando para a porta do refeitório em direção aos corredores.
E quando eles atravessam, a garota acidentalmente esbarra num garoto de capuz que derruba suas coisas no chão.
- Oh me desculpa eu não te vi. Deixa eu te ajudar a pegar suas coisas.- dizia Mariah sem jeito.
- Não precisa, deixa que eu me viro sozinho- dizia o garoto com uma voz meio rouca é sombria.
- Tudo bem então, você é novo aqui não é? Qual o seu nome? – disse Mariah parecendo curiosa e interessada.
- Não é da sua conta. – ele olha para ela e revela um pouco sua aparência pálida e esbranquiçada.
- Tudo bem então. Tchau para você.- dizia Mariah que continuava indo para a sala e quando virou para ver o garoto, ele tinha desaparecido.
- Hmm grosso – e entrou na sala.
Mais tarde a noite na antiga casa, o jovem homem observava o por do sol sentando numa poltrona velha e então chamou o seu mordomo que apareceu rapidamente com uma taça de vinho e uma garrafa na bandeja.
- Me chamou, milorde.- respondia o mordomo com um olhar sério sobre o homem.
- Pegue minha capa, hoje vou sair. Sinto cheiro de sangue no ar, e parece fresco. – dizia o homem que se levantou da poltrona depois de admirar o espetáculo.
- Aqui está milorde, sua capa como pediu. Mas o senhor não caça a dias, por que logo hoje ?- disse o mordomo entregando a capa ao homem.
- Sinto a escuridão hoje nessa cidade. Algo está aqui hoje e eu pretendo investigar e se possível eliminar esse mal.- dizia o homem.
- Então tome cuidado, milorde Alucard. – dizia o mordomo.
- Pode deixar servo, eu terei. – dizia o homem que rapidamente saiu sumindo na escuridão da noite.
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A Maldição do Vampiro
CasualeNa cidade de Fatesburg, estranhas mortes e desaparecimentos ocorrem. E é nessa cidade em que Mariah Fancer, após um ataque, conhece um homem que salva sua vida. Seu passado é obscuro assim como sua personalidade. Misterioso, belo, cruel e esperto, m...