Dias neutros p. 1 (Jisung's pov)

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Tentar caminhar pela cidade cinzenta e não se chatear era uma tarefa árdua. Eu verdadeiramente insistia no otimismo, não desistindo de tentar ser feliz, como a omma me ensinou. Corro meus olhos pelo dia ameno, suspirando.

Logo pela manhã já é possível ver pessoas discutindo por coisas tão triviais quanto se você vai beber suco de abacaxi ou de morango no almoço, coisas não importantes ou que não deveriam ganhar tanto tempo e atenção. Desvio de dois homens corpulentos brigando ao ponto de quase saírem no tapa. O motivo? Um deles comeu o sanduíche do outro. Tudo bem, esse é um bom motivo.

Continuei caminhando pela calçada, esperei na faixa de pedestre e uma bicicleta quase me atropelou, saindo em disparada. Esse dia me lembrava a primeira vez que vi Minho, foi um dia tão desastroso quanto, lembro rindo.

[...]

Atrasado. Percebi meio minuto depois que saí de casa, apressando o passo pela cidade cinza. Corro em direção a faculdade, ansioso por ter um novo tutor para me ensinar artes. Era um projeto da faculdade com benefícios mútuos, um veterano se dispõe a ensinar a um calouro sobre seu curso, sendo uma das notas principais para se formar.

Subo correndo para minha nova sala pelos próximos meses. Antes que eu entre nela, ouço duas pessoas discutindo e me afasto um pouco, esperando do lado de fora. Um tempo depois, um moreno alto e forte ‐ que reconheço ser da ala de música ‐ sai um pouco cabisbaixo. Eu respiro fundo antes de entrar, parando do lado de dentro e começando a me apresentar, até que levo uma rajada de tinta em todo o meu rosto e corpo.

Mais tarde, minha mãe me contou que era a cor cinza chumbo.


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Colors in you - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora