O Nascimento de Vênus - parte um

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SKY

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SKY

Três dias se passaram desde o passeio no jardim, no qual Sky prometeu "substituir" Gabriel Beaumont numa avaliação artística sobre as obras de Prapai. Não sabe exatamente o que o levou a fazer isso e, muito menos, está muito afim de continuar com a grande mentira que inventou, porém as chances dessa história acabar após uma crítica positiva são altas.

Sky nunca planejou isso. De verdade! Era muito mais fácil criticar todos sem sequer conhecer seus rostos, pensamentos, personalidade e paixões. Mas, não adianta chorar pelo leite derramado, precisa lidar com o prejuízo que causou.

Pelo menos, tem alguém se saindo bem nessa história. Graças ao seu famoso tio, Payu marcou uma sessão de fotos com Rain Sintclair para hoje. Foi o máximo que o modele conseguiu encaixar em sua agenda super apertada, sendo o suficiente para acalmar os nervos de Payu e ajudá-lo a manter uma boa credibilidade com sua chefe, porém a entrevista de fato ficará para outra semana.

Sky estava sentado sobre a mesa tomando seu café, olhando para o amigo a sua frente.

— Tá preparado?

— Você sabe que não.

— Eu sei. Só queria ser educado.

— Ha Ha — riu com sarcasmo. Pegou um pedaço da torrada ao seu lado e colocou um pouco de manteiga, olhando para Sky com uma cara de um cachorrinho abandonado.

Sky demorou um pouco para notar a feição de Payu.

— O que foi?

— Tem certeza que não quer vir comigo?

— Já disse que não dá.

— Mas por que? — perguntou com manha, fazendo um biquinho de bebê chorão em seguida.

— Você sabe o porquê — respondeu. — Eu preciso cuidar da loja hoje; como sempre faço e...

— Mas é terça. — interrompeu Payu, encarando-o com uma mistura de tristeza e desespero. — Não vai ter ninguém.

— E só por isso eu tenho que não abrir a lojinha hoje só para dar mais motivos para fecharem pra sempre? — Ao ver o amigo cabisbaixo, Sky colocou a xícara de café na mesa e respirou fundo e amenizou a voz — Sei que está com medo estragar tudo e acabar criando mais alguma confusão, então, ouça o que eu vou te dizer: — aproximou-se de Payu, olhando profundamente em seus olhos, enquanto ele fazia o mesmo — Você vai ficar longe de Rain.

— Só isso? — perguntou desapontado por se tratar de algo simples.

— Sim! — pegou o pão de queijo e presunto que havia feito e mordeu um pedaço; mastigou um pouco e tirou os farelos da boca. — Quer que eu diga mais o quê?

— Não sei. — Encostou-se novamente na cadeira. — Dá umas instruções.

— Não tem o que dizer. — Deu de ombros, mostrando sua incapacidade de dar um conselho melhor do que aquele. — Apenas tente evitá-lo o máximo possível.

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