Prólogo

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eu consigo, eu consigo, eu consigo.

repeti mentalmente essas palavras. não havia a menor ideia de como eu ainda estava consciente, mas talvez fosse por ela, minha irmã.

— Faça isso, por favor.— Em um sussurro,  ela pegou a arma que estava nas minhas mãos e apontou a mesma para sua cabeça, na intenção que eu segurasse ela.

— Dina, você vai sobreviver. — disse, eu estava em prantos, mas tentei não demonstrar, para meu bem e para o dela. — vamos fazer algo, certo? isso vai acabar, eles vão nos buscar e vamos ficar bem! a mamãe e o papai...

— Ninguém vai nos buscar, Beth. — respondeu, em um tom grogue. — Está tudo um caos, você ainda não percebeu que essas coisas não vão acabar? e nossos pais...— ela parou, tentando ter forças para prosseguir com as palavras. — mamãe e papai estão mortos, não se esqueça disso.

— Como pode dizer isso? eles estavam conosco, eles estavam com a gente até você jogar eles para o lado de fora!

— Eles estavam mortos! — gritou — não eram humanos, aquelas coisas não eram nossos pais. — Dina tossiu, saindo um líquido vermelho de sua boca. — por favor, acabe logo com isso, fique com Michael, ele te deixará segura.

— não consigo deixar você, irmã. — sinto as lágrimas descerem na direção da minha bochecha, e quando olho para trás, vejo Michael abrindo a porta.

Olho para ele, e seu olhar acaba me preocupando mais.

— não temos muito tempo, aquelas coisas estão quase quebrando o vidro. — Ele falou, com os olhos em alerta e intercalados em nós duas e no lado de fora.

— Faça logo, Elizabeth! — Exclamou Diana, sua pele já tão pálida quanto um floco de neve.

Um silêncio percorreu a sala, até que finalmente um sonho veio.

Diana havia apertado o gatilho por ela mesma.

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