capítulo 3.

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Algumas horas atrás.

Sinto mãos geladas na pele das minhas costas, mas tento deixar a sensação ruim de lado. era sempre assim, toda vez, parecia um pesadelo constante e me deixava enojado.

toda vez.

começou as leves risadinhas, e o toque mais gelado, e ao abrir os olhos, logo tudo fica em silêncio. estava escuro por conta da luz apagada, apenas o abajur dando uma pequena iluminação, estava tão bom até começar esse pesadelo novamente.

eu só queria dormir, tenho péssimos dias de sono a semanas e eu não sei se vou conseguir ficar sóbrio por muito tempo se isso continuar novamente.

— maldição... — resmunguei baixinho, me remexendo um pouco na cama.

a minha mão vai até a mesa de cabeceira do lado, apertando um botão para o abajur desligar e logo em seguida, a luz principal de acende, deixando tudo iluminando novamente. pelo menos , dawton me agraciou com essa função automática ligada ao meu abajur.

Faz três anos que venho sentindo, imaginando e vendo coisas além do que eu era capaz, depois da morte da minha mãe tudo se expandiu. não consigo aguentar mais, é um inferno.

talvez eu tenha que dormir com marienne hoje, ela consegue me acalmar, mesmo que seja apenas na intenção de transar comigo.

Ouço batidas na porta e dou um suspiro curto, me levantando em seguida e pegando minha camisa que estava jogada na poltrona ao lado, vestindo ela e logo se aproximando da porta, abrindo-a e dando de cara com manson.

— ei, cara. —digo, estranhando o rosto dele  que estava om um olhar cabisbaixo. — Aconteceu alguma coisa?

— tem duas pessoas fora da base, de primeira era um homem e depois uma mulher apareceu, eles parecem estar discutindo algo. —ele enrugou o nariz. — não são dos nossos, mano.

o silêncio consome nós dois por um momento curto, enquanto eu apenas processava as palavras dele. ah, não poderia ser... poderia?

infectados? outras pessoas não apareceram na nossa base faz oito meses, nossa vigilância sempre foi alta e a área era restrita demais para qualquer pessoa entrar, então tudo isso que manson falou parecia uma novidade.

— Certo, vá para o centro de observação e me espere lá. — eumando, e ele acena rapidamente antes de se virar e ir.

fecho a porta e abro o guarda-roupa, pegando só um casaco por conta da temperatura. não posso me dar o luxo de aproveitar tanto o frio, já que fico doente rápido demais comparado a qualquer outra pessoa.

visto a peça, e logo em seguida, calço rapidamente os meus sapatos que eu havia deixado no lado da cama, me virando para dar uma olhadinha no reflexo do espelho ao meu lado antes de sair do meu quarto.

corredores vazios, os dormitórios devem ter sido esvaziados, todo mundo aqui é curioso quando se trata de novos humanos, ou, infectados.

não vi eles ainda para ver, mas é  complicado sobreviver dos novos corredores, então no mínimo tiveram muita sorte para escapar ou foram mordidos de forma despercebida.

o avanço dos zumbis foi um choque para nós no começo, principalmente para meu pai, o primeiro corredor que conseguiu ultrapassar a barreira foi morto de repente, mas o choque foi o motivo de ele ter conseguido ultrapassar.

pareciam mais inteligentes, mesmo ainda havendo muitos zumbis normais por aí, ainda tínhamos cuidado quando se tratava dos outros.

Matar zumbis é meu passatempo favorito, meu pai me treinou desde que o surto começou, e eu tinha apenas treze anos.

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