quando eu poderia pensar que tudo podia ficar ainda mais fodido, eu não estava errada. eu realmente fiquei aliviada quando tiraram aquela venda do meu olho, mas eu não sabia que depois disso, iam me jogar direito para o covil dos mortos.
pelo menos a essa altura, eu sabia que michael estava bem, e isso me deixava mais aliviada para não surtar ou algo assim, já que nós dois havíamos sido acertados com os mesmos sedativos.
os olhares me encarando lá encima era no mínimo desconfortável, parecia um monte de urubus esperando atacar para comer, e claro, o urubu era eu.
— boa sorte. — uma mulher, marta, que havia me acompanhado até aqui sussurrou. olhei para ela, dando um pequeno sorriso.
ela tinha me entregado uma arma nova, a minha foi fiscalizada junto com minha mochila, e agora, eu também tinha um machado em mãos.
a mulher logo saiu da minha vista, indo para o portão atrás da gente e o tracando, enquanto eu estava ali, nada pronta.
qualquer bobo saberia que seria alvo de zumbis se estivessem aqui, mas eles não avisaram, não disseram para onde eu iria, só me colocaram aqui e me deram essas coisas. eu fico pensando, michael também vai passar por isso?
engoli seco com essa ideia, mas logo me concentrei no gramado na minha frente, me aproximando um pouco mais para ver se eu podia ver algo pelo portão principal, mas não.
só quando as barras de ferros se moveram que eu me afastei, e os ruídos aumentaram.
— droga... — resmunguei, apertando a arma com força entre os dedos antes das barras se afastarem completamente.
e eu estava lá, esperando.
mas não houve nada.
só quando, uma gritaria corroeu a arena e um saiu do gramado e correu para meu lado, que eu congelei. corredores, porra! eles me botaram para malditos corredores!
meu coração pareceu uma bomba relógio enquanto eu dava passos nervosos para trás antes de erguer a arma rapidamente, dando um tiro errado na perna do que estava quase na minha frente, mas isso o fez ainda correr loucamente para mim.
levei só um segundo para raciocinar antes de levantar o machado com a outra mão e arremessar de forma certeira na cabeça dele enquanto ele avançava em mim, me jogando para o lado enquanto ele caia no chão, e logo após isso, mais três, não, oito....
dezessete... eu acho? saíram para minha direção também.
só podia ser brincadeira.
girei o revólver nas mãos, correndo para o outro lado e mirando na ordem dos três seguintes que vieram alinhados igual uma fileira e apertando o gatilho três vezes, a bala perfurando a cabeça em sequência enquanto eles caiam para trás, mas ao me virar, dois pularam encima de mim.
gritei em espanto, erguendo o pé para bloquear a boca de um com minha bota de couro, e com o braço no outro para ele não me morder, mas tentando afastar as garras dele de mim, enquanto eu tentava segurar o revólver que havia caído do meu lado.
os outros também estavam correndo para meu corpo caído e por um momento, eu consegui agir rápido, pegando o revólver e rapidamente mirando no crânio do que eu estava bloqueando, antes de atirar de forma ágil no estava tentando comer minha perna.
me levantei às pressas, inclinando a cabeça para frente ao ver mais três vindo até mim. tive tempo apenas de levantar o corpo em decomposição de um dos zumbis que matei para bloquear o alvo antes de virar a cabeça para o lado e acertar o tiro na cabeça dos outros dois, me fazendo cambalear para trás ao ver o zumbi tentar me empurrar junto com o corpo morto bloqueando nós dois.
mirei na cabeça do zumbi morto, dando mais dois tiros e perfurando a cabeça do zumbi atrás, os dois indo para cima de mim antes de eu os afastar novamente, o corpo do já morto e do atual caídos ao meu lado.
me machado estava fora do alcance agora, porque mal tive tempo para reagir quando corri para o outro lado, nove corredores parecendo maníacos atrás de mim, me virei para frente, correndo de forma contrária ao mirar e acertar no peito de um, fazendo ele cair para trás, mas não morrer.
tive que dar a volta o mais rápido possível pois meu fôlego já estava escasso, pulando ao passar pelo zumbi baleado e atirar na cabeça dos dois que quase me pegaram na frente, pulando mais dois corpos até chegar no zumbi que matei com o machado, pegando rapidamente e me virando ao sentir a presença de mais um, mirando certeiro na cabeça dele.
só com uma mão, toma essa, pedaço de queijo podre.
tirei rapidamente o machado da cabeça dele e o empurrei, e ao cair, mais três viam na direção com rapidez, atirei três balas nos três, fazendo eles caírem em sequência.
só quando me virei, que mais um pulou para cima de mim e acabei caindo junto com ele, caindo desprevenida, minha arma voou longe, ainda a uma distância precária para minha situação, e ao ver o desgraçado conseguir arranjar minha mão, eu estremeci de dor, mas logo consegui pegar o machado não tão distante com o outro braço e arremessar na cabeça dele.
ele caiu para o lado, e seu fiquei paralisada como uma pessoa em coma até ouvir mais barulhos, erguendo a cabeça para o lado e vendo o zumbi que foi baleado mas não morto rastejando de forma birraza para minha direção.
arregalei os olhos momentaneamente, me rastejando para trás enquanto a coisa parecia vir mais rápido, tive que juntar meus esforços para levantar novamente, eu estava dolorida, capenga, manca, mas consegui pegar o machado perto de mim e correr até ele, acertando eu mesma o crânio cinzento do zumbi, o sangue jorrando no meus rosto enquanto ele caia novamente.
dessa vez, morto.
correndo novamente da forma mais rápida que eu conseguia, passei por cima de um corpo morto sem querer e consegui pegar meu revólver que tinha ido para longe, me virando na mesma hora que mais três estavam vindo para mim, atirando as três balas no crânio novamente e os dois caindo em uma nova sequência.
eu olhei para os lados, o silêncio ficando intercalado por alguns segundos, e segundos.... parecia que não havia nenhum.
acabou.
me sentei no chão como uma merecedora, desabando igual um coelho assustado. que porra, que porra. Quase quis chorar, mas não, isso não estava nos planos.
a única coisa que eu fiz foi tirar as últimas munições restantes da arma, vendo que restavam duas balas ainda. as joguei no chão, assim como a arma, só erguendo a cabeça quando o burburinho ali daquelas pessoas começou.
quase esqueci que estavam assistindo.
— vocês aí! — eu gritei, vendo eles pararem de falar e me encarem como se eu fosse um animal de circo, e mesmo nervosa, eu continuei intacta.
— o tiro na cabeça resolve muita coisa.
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Blood Bridge
Любовные романыPONTE DE SANGUE | A terra a muitos anos não foi mais a mesma, não depois do vírus que arruinou a humanidade. Elizabeth teve a sua vida girada com apenas 16 anos, quando um vírus se inundou na terra, transformando pessoas em seres terríveis e caniba...