03

529 49 8
                                    

Não revisado

Acordo cedo para fazer o café, tinha uma entrevista de emprego como jovem aprendiz e a tarde faria minha matrícula escolar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Acordo cedo para fazer o café, tinha uma entrevista de emprego como jovem aprendiz e a tarde faria minha matrícula escolar. Estou no último ano do ensino médio.

Tomo meu banho gelado, fiz questão de passar meu protetor solar o Rio não é brincadeira.

Me olho no espelho e vejo se estou adequada, uma calça jeans azul escura com uma blusa de manga que vai até o ombro. Coloco meu perfume floratta Red, e pego minha bolsa de alça. Verifico pela última vez se todos os documentos estão ali para finalmente sair.

Abro a porta, o céu da manhã está uma delicia, os pássaros estavam cantando e as pessoas estavam saindo para seus trabalhos. Era uma realidade diferente da minha, só de pensar que antes eu tinha tudo que queria.

Carros, mansões, empresas...

Tudo , eu perdi tudo...

Ergo minha cabeça, vou reconquistar tudo aquilo que era meu um dia e vou triplicar. Aquele velho vai está atrás das grades e finalmente eu e minha mãe teremos paz.

Desço o morro, a vista era linda de se ver, dizem que é mais linda lá do topo. Ouso um burburinho atrás de mim, então olho para trás e me arrendamento no mesmo instante.

Cobra tava descendo o morro com seus homem fortemente armado. Ele me deu uma encarada de poucos amigos, imagino que seja dele mesmo.

Ele está apenas com uma bermuda, sua camisa do flamengo está no ombro, seu corpo era lindo e não tinha como negar. Na sua boca tem um pequeno cigarro de maconha, já estava chegando ao fim então ele joga fora.

Volto a olhar para frente e sigo meu caminho torcendo a Deus que ele não me siga. Não vou aturar suas atitudes, não o conheço quem ele pensa que é para falar comigo daquele jeito, ainda mais me encostar?

Ouso sua voz mais grossa que o normal me chamar, mas não atendo seu pedido e continuo andando.

Sou parada com um puxão de cabelo, paro bruscamente forçando minha cabeça a olhar para trás. Se eu achava que aquela era sua feição seria, é porque eu não vi a sua sombria.

- Tá surda, caralho?

- Cara, só me deixa em paz. - Toco sua mão e a puxo tentando amenizar a dor. - Porque tá fazendo isso comigo?

- Eu já te dei o papo, tu é minha! - Apesar de novo, ele tinha o olhar maldoso e perigoso. - onde tava indo?

- Vou fazer uma entrevista de emprego. - Um suspiro tremulo sai dos meus lábios.

- Pra que? - Ele solta meu cabelo e me olha. - Tá precisando de alguma coisa?

- Não, só quero ir. Posso?

- Vou te levar até lá em baixo. Me espera aí. - fala e sair.

- Não precisa!

Ele não me dá ouvidos e sai com seus homens. Me sento em uma calçada e fico esperando o mesmo, ainda vou ter uma conversa com esse maluco.

amor traiçoeiro - morro Onde histórias criam vida. Descubra agora