A Meia-Noite

Nosso Brinquedo

A minha situação não podia ser pior, estava agora dentro do banheiro da escola encurralado por aqueles três garotos, eles olhavam para mim como se estivessem me analisando ou algo do tipo o que não era uma sensação muito boa e um deles diz:

- Bom, o problema é o seguinte, dias atrás você pegou o nosso amigo aqui batendo uma aqui dentro., se lembra disso?.

Olho para o garoto que parecia estar pronto para me bater a qualquer momento e balanço a cabeça em confirmação, o goroto concorda com a cabeça e diz:

- Estamos aqui para garantir que você não vai abrir essa sua boca e ferar com a gente., nós sabemos das regras desse lugar e não queremos voltar para aquela prisão novamente.

Eles eram mais altos que eu e tinham um corpo forte sem falar na tatuagem do que falava comigo que parecia ser uma caveira o que não parecia ser um bom sinal, me volto para ele e pergunto um tanto receioso:

- E o que eu iria ganhar falando isso?.

Ele fica surpreso e eu continuo:

- Pelo que me contaram, vocês estão aqui por causa das coisas erradas que vocês fizeram e estão cumprindo uma pena a qual por serem menores infratores é a de serviços comunitarios e a vinda a escola garante um possível retorno a sociedade., por isso vocês vieram pra cá não é nesmo?.

Ele acente e o tal Abel diz cruzamento seus braços e evidenciado seus músculos:

- Ele até que é bem espertinho, pensei que era só um filhinho de papai como todos os outros.

O que estava à minha frente lança um olhar sobre ele que se cala e diz se voltando para mim:

- A ideia era te fazer ficar de bico calado caso contrário iriamos dar um jeito em você, mais parece que estamos lidando com alguem muito iinteligente aqui., nesse caso vamos fazer um acordo.

Nego com a cabeca e digo:

- Não contar nada do que eu vi, não significa que vamos ficar amigos ou algo do tipo., so quero que as coisas continuem como estavam e que eu fique em paz.

Ele nega com a cabeca é diz passando a mão em um dos meus fios de cabelo:

- E você acha mesmo que eu quero que isso aconteça?., eu estou de olho em você desde o dia em que você pissou nessa escola e nem eu, nem os meus amigos estamos afim de deixar você ir agora.

Ele segura o meu rosto e diz:

- A partir de hoje você pertence a nós e acho melhor que para o seu bem e dos seus amiginhos você colabore com a gente., não estamos a fim de machucar você, já os seus amigos... .

Seu olhar era frio e um tanto assutador, ele leva seu polegar até proximo da minha boca e diz:

- O que acha de um acordo?.

Fico em silêncio e o outro garoto diz:

- Deixa de ficar enrolando cara, so fala que se ele falar para alguém a gente acaba com ele e com os amigos dele.

Seu olhar era frio e seu tom afirmava que ele realmente cumpriria com as suas palavras, deixo que as lágrimas tomem o meu rosto e digo fechando os mesmos:

- Eu não quero ter o mesmo fim que ele., não quero.

Coloco as minhas mãos no rosto já que não queria que eles me vissem chorar mais o garoto a minha frente retira as mesmas de forma calma mais com um pouco de força e diz:

- Então se não quer é melhor colaborar fom a gente.

Me volto para ele e o outro garoto diz:

- Sim, sem falar que não temos medo de machucar ninguém seja garoto ou garota.

Sabia que ele estava falando do Sam e da Ellie, não podia colocar os meus amigos em perigo por minha causa., me volto para eles e pergunto:

- O que vocês querem?., dinheiro, drogas., o quê?.

O garoto nega com a cabeça e diz:

- Nós queremos você, vamos ficar de olho em você e acho melhor não desobedecer a gente., podemos não ser tão legais como estamos sendo e isso fica so entre a gente, pense nos seus amigos, não temos interesse em machucar o nosso brinquedo mais os outros já não temos a mesma consideração.

Concordo e ele diz retirando uma lágrima que descia sobre o meu rosto:

- Muito bem, agora, limpe essas lágrimas, o recreio já vai acabar e temos que voltar para a nossa sala e queremos você sorrindo e sendo o mais normal possível.

Limpo o meu rosto e pergunto:

- Posso mesmo confiar na palavra de vocês?.

Ele se volta para mim e diz:

- Será mesmo que pode?.

Depois disso eles seguem para o lado de fora do banheiro e eu sigo até a pia para me olhar no espelho, precisava fingir estar bem parra não chamar a atenção dos meus amigos.

Por Henrie...

Saimos de dentro do banheiro e deixamos o nosso garoto respirar um pouco, o Josh que estava perto de mim diz:

- Isso foi bem mais fácil do que eu esperava, achei que ele iria resistir.

Nego com a cabeça e digo:

- Coloque em jogo a segurança de algo importante para a pessoa e ela fará tudo o que você quiser., isso é o básico.

Ele fica surpreso e diz ao meu lado:

- Cara você é demais, isso me leva a pergunta, porque você acabou no reformatório?.

Nem eles sabiam ao certo o motivo que me fez acabar naquele lugar e não iria falar para eles, estamos juntos mais nesse mundo não podemos confiar em ninguém., me volto para frente onde todos que passavam por nós no corredor se afastavam ou nos encaravam com um olhar de medo ou repulsa e digo:

- Algo que todas as noites eu peço aos céus para que eu possa esquecer de uma vez.

Depois disso ele não fala mais nada e continuamos o nosso caminho, meu plano estava indo muito bem e logo as coisas iram ficar bem mais interesantes.

Fim de por Henrie... .

Saiu do banheiro e sigo para a minha sala onde os meus amigos já estavam e asism que me aproximo delas a Ellie diz:

- Você demorou tanto que viemos para a sala, onde você estava?.

Me volto rapidamente para o grupo que me olhava sério e digo:

- Estava na blibioteca e não ouvi o sinal, aqui tem bastante livros., acabei me perdendo no tempo.

Ela acente e o professor entra na nossa sala, não havia visto ele ainda e o mesmo se apresenta como professor de artes, precisava manter a calma e pensar em algo para sair dessa situação.