16.

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AGNES

ACHEI QUE TRANSPORTAR UMA PESSOA BEBADA fosse a última coisa que eu faria esta noite, mas eu estava enganada. Sunoo chegou aqui aos prantos pedindo ajuda e eu não pude fazer nada se não o que havia sido pedido. E o grande culpado dessa situação, estava deitado no sofá dando algumas risadas avulsas e dizendo o tempo todo que a culpa não era dele. Agora ele estava com o cabelo molhado (eu o obriguei a tomar banho e fiquei do outro lado da porta esperando para que ele não escorregasse e batesse de cabeça na minha pia.) de samba canção e usando uma das minhas camisetas largas que emprestei. Hyungseo segurava um saco de ervilhas em seu rosto enquanto ele segurava outro em seu ombro, e quando ele estava de volta o suficiente para fazer piadinhas, Sunoo virou às costas e antes de ir embora ele me disse:

— Fique com ele só por hoje, ok? Jay não me respondeu e mando uma mensagem para ele avisando o seu paradeiro.

— Tudo bem, mas você vai ficar legal? — não pude deixar de perguntar.

Ele deu um sorriso que mal chegou ao seus olhos e disse:

— Eu vou tentar.

Depois disso foi embora, me agradeceu mais uma vez e eu apenas disse que era o mínimo que podia fazer por um amigo.

Hyungseo retrucava Heeseung como se fosse uma irmã mais velha mesmo que eles tivessem se visto apenas uma vez, dizendo que ele deveria ter mais cuidado e perguntava como ele havia se metido nessa confusão, uma questão que eu realmente tinha interesse em saber a resposta, mas ele não parecia sóbrio o suficiente para falar qualquer coisa coerente, não demorou muito para que pegasse no sono em meu sofá, enquanto eu e Bibi adormecíamos em minha cama.

Logo pela manhã fui até a farmácia e preparei algo que pudesse ajudá-lo com a ressaca, eu não iria para a aula hoje porque passariam matérias praticamente repetidas para mim que sempre me mantive adiantada.
Heeseung acordou e arrastou os pés até a mesa e se sentou dando bom dia, Hyungseo apareceu logo depois e se sentou ao seu lado. Servi a comida para ambos e me sentei de frente, esperando que saboreassem. Estiquei o braço até o outro lado a mesa e joguei a sacola da farmácia de frente para Heeseung.

— O que foi que aconteceu ontem? — Hyungseo perguntou antes que eu pudesse me manifestar.

Heeseung bufou em cansaço e abriu a sacola tomando o remédio que eu havia trazido.

— Acho que fiz merda. — foi tudo o que ele disse.

— Ah, você acha? — questionei. — Pela cara do Sunoo ontem eu não tive dúvidas disso.

Ele abriu mais os olhos quando o nome do Kim foi mencionado, mas logo encolheu seus ombros.

— Ele está bem? — perguntou receoso.

— Não parecia estar muito ontem à noite. — Hyungseo comentou. — Ele quem te trouxe para cá e a cara dele não era muito boa, parecia ter chorado.

Heeseung encarou a mesa como se recordasse.

— É, eu sei. Eu quem fiz isso.

— Vocês brigaram outra vez? — eu perguntei.

— Eu estava com raiva... E descontei nele.

— Mas o que aconteceu para chegar à isso? — eu mal tinha tocado em meu café da manhã, estava no modo preocupada agora. Era o que eu fazia de melhor para os meus amigos.

Ele piscou os olhos pra mim e abriu a boca, mas antes que qualquer som pudesse sair dela ele a fechava. Parecia perdido, não sabia muito o que dizer, mas eu enxergava o arrependimento em seus olhos e como a sua postura estava tensa, pelo machucado e também pelo desconforto.

moth to a flame - dpr ianOnde histórias criam vida. Descubra agora