Capítulo Treze

3.3K 425 31
                                    





-

° Capítulo 13 °

Praia
O Sol
O que sinto por você

-










Reescrito











O corpo humano sente assim que conhece alguém se aquela pessoa é boa ou não, é um instinto primitivo. Mas para nós, lobos, sempre foi diferente, mais intenso, mais importante. No momento em que eu pus meus olhos em Rosalie Hale eu soube mesmo inconscientemente que ela seria alguém importante na minha vida, eu soube que ela era alguém espetacular antes mesmo de vê-la sorrir pela primeira vez, de tocar o rosto dela pela primeira vez, de escutar sua risada pela primeira vez. Me pergunto se ela também sentiu o mesmo ao me ver.













Eu senti seu corpo se chocar com o meu e sua mão segurar a minha com firmeza. Ela iria comigo. Sua jaqueta estava pendurada em uma árvore do outro lado e agora ela vestia a minha, que por sinal, ficou perfeita em seu corpo. Meu sorriso preenchia todo o meu rosto, o mesmo sorriso que ela logo retribuiu após revirar os olhos soletrar a palavra "estúpida" com os lábios.

Precisamos correr, espero que consiga me acompanhar, Hale! - Não espero sua resposta, começo a correr em direção ao meu lugar favorito com Rosalie ao meu lado que passou a rir timidamente de mim.

Só não te ultrapasso pois não sei o lugar misterioso que está me levando! - Ela diz e solto uma leve risada ainda em choque em vê-la assim, tão leve.

Ela estava confortável, sem a enorme barreira que normalmente colocava entre nós, sem sua imensa repulsão a nossa ligação, e tudo isso... Perceber isso me sentir livre para arriscar tudo. Não demora tanto para chegarmos na minúscula praia escondida entre as rochas. O sol nascente pinta o céu com tons de rosa e laranja, a brisa salgada acaricia nossos rostos, e o som das ondas é uma melodia suave.

Bem na hora certa! - Exclamei, parando e virando para ela. Seus olhos, grandes e surpresos, refletiam os tons quentes do nascer do sol, como se guardassem dentro de si toda a beleza daquela manhã.

Com cuidado, segurei sua cintura, os dedos tocando-a com leveza, deixando claro que ela poderia se afastar se quisesse. Mas ela permaneceu ali, imóvel, como se aquele momento também fosse importante para ela. Certo, respira, Lilian! Pulo do rochedo com ela firmemente segura em meus braços. Com o impacto suave da areia fofa sob meus pés eu a coloco no chão delicadamente, tentando disfarçar a súbita timidez que surgia em mim.

Ainda com meu sorriso amarelado de receio, seguro sua mão, conduzindo-a até um pequeno balanço de duas pessoas que balançava levemente com a brisa. Sentamos lado a lado, o espaço entre nós sendo preenchido por uma silêncio reconfortante. Não havia necessidade de palavras, o espetáculo da natureza falava por si. O som das ondas quebrando ao longe e o ritmo de nossas respirações, quase em sincronia, tornavam aquele silêncio ainda mais especial e confortável.

Não importa o quão nublado esteja o dia... - Digo, minha voz baixa, carregada de incerteza, não queria estragar o momento com minhas palavras estúpidas — O nascer do sol sempre aparece aqui. E sempre será assim, maravilhoso.

Não tive muitos anos com a minha mãe -  Comecei com a voz já tingida por uma melancolia reprimida. ― Mas, nos poucos anos que tivemos juntas, esse era o nosso lugar. Sempre que eu estava triste ou me sentia perdida, no dia seguinte ela me trazia aqui. Sentávamos juntas e assistíamos ao nascer do sol. Ela costumava dizer que, mesmo nos dias mais nublados, o sol nascia em Forks. Talvez não o víssemos pelo resto do dia, mas ele estava lá, trazendo luz para nós. - Sinto o choro subindo pela minha garganta, então respiro fundo tentando diminuir o peso das palavras e a saudade embutida nelas.

Alma Quente E Pele Fria - Rosalie Hale Onde histórias criam vida. Descubra agora