Alma Quente E Pele Fria - Rosalie Hale

Capítulo Quarenta

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° Capítulo 40 °

Lyan
Eu preciso de ajuda
Ficar longe dela?

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Foi uma serie de uivos altos, depois um cheiro incomum e familiar, um cheiro que eu já havia sentido durante anos, o cheiro de um amigo, de um companheiro e professor.

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Fazia uma semana que Liliane Black chegou em Beaux-Arts em Paris e desde então sua vida passou a ser um inferno não tão quente. Seus professores a admiravam e até a respeitavam, já os alunos a abominavam ou, no pior dos casos, a sexualizavam. Em Beaux-Arts os dormitórios eram em duplas, como outras escolas comuns, mas já que no primeiro dia Lilian conseguiu convencer tão facilmente seu colega de quarto a voltar para sua casa na Bélgica ela não tinha muito contato com os outros alunos. Estava aprendendo a se controlar a base de calmantes, às vezes estava até dopada demais para assistir as aulas.

Hoje era domingo, um dia onde ela normalmente passava inteiro dentro de seu quarto pintando repetidas vezes seu irmão ou cenas do seu trágico aniversário. Só que dessa vez não, dessa vez ela saiu.

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Il est temps de se lever et de construire un avenir, pas de se plaindre du passé. "É hora de levantar e construir um futuro, não de se queixar do passado" Foi o que Anabel, minha diretora, me disse para me convencer a sair nesse domingo, mal esperava ela que eu estaria em uma estrada no meio do nada com diversos adolescentes franceses rebeldes ao meu redor com motos enormes e diversas ao redor de uma montanha aparentemente bem instável.

— Resguarde ça, Louis ! Regardez qui a décidé de se montrer. Es-tu venue rivaliser avec ta vieille canette, Nativa?   "Olha só, Luís! Olha quem decidiu aparecer. Você veio competir com sua lata velha, Nativa? - Vejo Lohan em minha frente enquanto passo pelo meio da rua banhada em motocicletas.

Lohan é um garoto loiro de 1,75. Ele é um típico francês machista e racista que vive em uma caixa cheia de luxo e ri em meio a desigualdade. O menininho era o causador do meu inferno diário durantes todas as aulas de pintura e perspectiva, ele e o seu grupinho.

— Como vai, cabelo de diarréia? Vai competir com a sua moto de tia rica? Quanta humilhação... - Respondo arrastando meu inglês de forma rápida sabendo que eles não entenderiam quase nada.

— Primeiramente não sei se você sabe, mas estamos em Paris, vadiazinha! Aqui se fala francês e por fim, mulheres não participam de racha aqui. - Dessas vez é Louis que estava deitado fazendo o que aparenta ser ajustes em sua moto que me responde enquanto se levanta. Ele é um pouco mais alto que Lohan, beirando a minha altura de 1,85 e seus cabelos são castanhos claros. Ele normalmente apenas ria das frases preconceituosas de Lohan e Raul, mas é perceptível que hoje não seria assim.

Quando soltei o quindão da minha moto pronta para me aproximar um braço apareceu entre mim e o francês arrogante me afastando dele. Subo meu olhar e encontro um rapaz loiro, extremamente branco só que farto de diversas tatuagens, ele era centímetros maior que eu, o que era no mínimo incomum.

— Deveria continuar com o inglês, Louis. Você fala francês como uma criança de dois anos, até mesmo a estrangeira consegue tem uma dicção melhor que a sua. E por fim, quem decide quem corre ou não sou eu, não você pirralho de merda, então cala a boca e continua tentando consertar seu lixo de moto. Bom dia, muito obrigada pela preferência, logo iremos começar. - O francês, apesar de tudo, fala de maneira educada e elegante, com um inglês impecável e invejável até mesmo para mim.