Capítulo 9

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O dia amanheceu, minha mãe chegou em casa me deu um beijo de bom dia foi para cama. As seis em ponto eu arrumo meu quarto, faço meu café da manhã e o da minha mãe me alimento, logo depois pego um táxi e vou para a rodoviária.

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O chegar na rodoviária procuro ônibus em que eu estou, pego bilhete:

ForaDoAr

Passageiro: Cord Farrud                                                                               Documento:12345678-9

Origem: Osesas

Embarque: Rodoviária Azul


Destino: Treka

Desembarque: Rodoviária Três Estrelas

Data: –/–/– Horário: 8:00 (manhã) Poltrona: 14 Menor: Com Permissão

*De acordo com a Lei 00867-8 art.3, menores de 19 anos precisam de autorização do responsável legal para viagens em qualquer meio de transporte*


Ainda faltam 40 minutos para o ônibus partir, então eu checo as minhas coisas que estão dentro da minha mochila: Livros, Roupas, Documentos, Celular, Carregadores e aquilo que não deve ser esquecido fone de ouvido carregado operante dos dois lados.

Enquanto o movimento na Rodovia Azul está baixo, vou para a máquina de lanches e pego alguns doces para comer, queria que o tempo passasse mais rápido, faz tempo que não vejo meu pai.

Depois que meu pai se divorciou de minha mãe, fiquei de ver ele todo o final de semana, mas houve uma mudança nos planos e minha mãe ganhou minha guarda completa. Continuei a ver meu pai nos feriados, mensagens e vídeo chamada, só que não era a mesma coisa. A única novidade que eu tenho é ele se casou a 5 anos atrás e vai ter um filho daqui a alguns meses.

Olho para meu telefone: 7:45. Entro dentro do ônibus me sento na minha poltrona, coloco meus fones de ouvido e observo a janela.

Mas infelizmente, minha tranquilidade foi violada por nada mais nada menos do que uma mulher e sua filha de mais ou menos 9 anos.

"Bom Dia, em que posso ajudar?"

Ela dá um bufo e balança a mão como se estivesse me chamando...eu não saio do lugar.

"Quer alguma coisa senhora?"

"Óbvio que sim"

Não era óbvio para mim...

"Do que precisa"

"Minha filha precisa sentar na janela"

Dou um suspiro, tentei ser o mais educado possível...

"Senhora eu paguei esse lugar, porque a senhora não procura o seu?"

Ela balança os braços novamente, como se estivesse esperando algo e não conseguindo imediatamente.

"Preciso que você saia dessa cadeira!"

"Não posso eu paguei por esse lugar"

"Minha filha precisa mais do que você"

Ela parecia muito brava, a menina estava começando a ficar cansada e eu sabia que isso não iria acabar bem.

"Saia imediatamente desta cadeira"

"Não! Por favor me deixe em paz"

Até esse ponto a mulher já estava para me puxar da cadeira, eu me protegi das garras da mulher, agora intitulada de Karen

"Saia já!"

"Alguém por favor"

Fecho meus olhos e me seguro firme na cadeira, mas é claro eu fui salvo

"Ei! tira as mãos do menino"

Eu olho por cima ainda com a guarda alta protegendo meu lugar

"O que como ousa! Você sabe quem eu sou?"

"Não me interessa, eu quero que você sai de perto desse garoto antes que eu te lance para fora desse ônibus voando"

Meus olhos arregalaram, eu não esperava que ninguém me ajudasse, só que essa mulher restaurou minha fé na humanidade. Agora veja, a mulher tinha literais 1,90 com roupa de combate e com uma cara furiosa, ela pega o bilhete na mão da Karen e dá um sorriso maligno

"Veja bem senhora, parece que você está na poltrona 30, bem "

"Como ousa! Me devolva"

A mulher grande olha para a cara dela tipo 'ouse' e a Karen recuou. Ela olha o outro bilhete

"Sua filha está na cadeira 15"

"Isso mesmo minha filha precisa ficar na janela e ficar comigo, ela é apenas um bebe"

"Ora cala a boca, se era tão importante assim para ficar ao lado de sua filha deveria ter comprado duas poltronas uma do lado da outra, seus problemas suas consequências, ele não vai te dar a poltrona que ele comprou então pode indo embora"

Karen enrubesceu e começou a mexer em sua bolsa, que eu nem sabia que ela tinha até aquele momento.

"Estou ligando para a polícia"

"Isso ligue, farei questão de humilhar você dessa vez na frente das autoridades"

"Eu tenho direitos sobre essa cadeira minha filha precisa dela mais"

"Sinceramente essa é a desculpa mais patética do mundo, mas vamos facilitar as coisas"

O homem igualmente grande parecia um nórdico tão ruivo quanto eu...

"Chamei o segurança..."

Um alguns minutos depois um segurança apareceu ele observou para a situação e suspirou, provavelmente era uma segunda feira para você

"Bom dia, o que houve"

Karen deu um passo à frente e começou a chorar copiosamente

"Essa brutamonte tentou me bater e esse menino tentou abusar da minha filha"

Oi? O que eu tenho haver com isso.

"Apesar de eu ter ameaçado ela, senhor tenho prova de que essa mulher acabou de mentir para o senhor"

Foi uma manhã muito longa. Agora um pequeno resumo, o ônibus saiu às uma hora depois do previsto, a Karen foi presa após agredir o segurança e difamação, não prestei queixa pois não quero atrapalhar minha mãe com assuntos frívolos, a mulher que me salvou descobri que seu nome era Evy Tula, veterana no exército. Ela voltou para o ônibus triunfante.

A filha coitada voltou para a casa do pai que era cozinheiro em um restaurante local, espero que ela esteja bem...eu coloquei um colar na mochila dela, esperando melhoras.

Um detalhe a ser mencionado é que comprei o pingente e montei o colar

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Um detalhe a ser mencionado é que comprei o pingente e montei o colar

Minha viagem foi tranquila.

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