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- Psiu... Abi... - alguém a chamou em meio ao laboratório de biologia amontoado de pessoas, mas ela não via quem a tinha chamado

Ela volta a olhar para o microscópio e a anotar suas observações

- Psiu, ei, Abi! - diz a voz parecendo estar mais perto de si

Quando ela levanta a cabeça, ela se encontra com o seu colega de laboratório Miguel, ajoelhado diante da bancada em que ela estava usando, como se ele se escondesse de algo ou alguém

- O quê está fazendo? - ela questiona de testa franzida, fechando seu caderno de anotações

- Tenho fofoca

Ela suspira, massageando a testa. A dor de cabeça estava vindo

- Por favor, fofoca só dá dor de cabeça...

- Juro que essa é boa - ele sussurra

- Por quê tá sussurrando? - ela questiona ele novamente

- Pra ninguém ouvir, ué

- Você sabe que quando alguém sussurra, é quando os curiosos mais vão prestar atenção né?

Ele reflete e se levanta em seguida, se sentando no banquinho ao lado da ruiva

- Então vamos fingir discutir algumas anotações, o quê acha? - ele aproxima seu rosto de Abi, entrando no jogo, só deixando-a nervosa pela aproximação. Ela se afasta uns 10 centímetros do rosto dele

- Tá bom. Agora fala

- Sabe o idiota do qual não mencionamos o nome?

- Sei, o quê tem ele? - ela não queria ouvir nada sobre ele, mas Miguel não pararia até contar

- Parece que a Clover levou chifre dele

Abi levou um tempo para racionar, ela piscou os olhos várias vezes

- Tá falando sério?

Ele assente

- E parece que foi com a chefe do setor de física

O queixo de Abi cai e ela começa a rir baixinho, escondendo o rosto no ombro dele

- É como a avó de uma velha amiga dizia: "quem traí uma vez, nunca deixará de trair"

Miguel concorda com a fala dela

- De fato. Não desejo isso a ninguém, mas o jeito que ela ficava se exibindo toda só porque ele "preferiu" ela, era ridículo - Abi concorda com ele

- Era, ela ficava parecendo um pavão se exibindo toda pelo prédio - Miguel sorri de lado, dando risada

- Pior que era assim mesmo. E ele lá, com aquela cara de idiota dele com ela pendurada no cangote dele pra cima e pra baixo. Ele nem dava bola pra ela, acho que ele nunca gostou de ninguém

- Não duvido - ela diz deixando a cabeça no ombro dele, meio abraçada ao braço esquerdo dele, estava tão confortável ali...

Miguel não se mexeu muito, mas puxou o microscópio para perto de si para poder se distrair com seja lá o quê ela estava estudando

- O quê é isso? - questionou ele apontando para o aparelho

Ela encara o microscópio com um olhar distante. Miguel não sabia sobre sua história com o Tulkun, então preferiu simplificar

- Um pedaço de pele de... - ela engoliu em seco - de Tulkun...

- Não vejo tanta diferença para a pele de baleia

- E não tem mesmo, são criaturas extremamente semelhantes em todos os sentidos

- É... - ele a encara apoiada em seu ombro, fixamente

- O quê foi? - ela questiona de testa franzida, ainda o encarando

- Você ouviu a história que anda circulando?

- Que história?

- Não sei se é verdade, mas pelo o quê andam dizendo, alguém visitava o Tulkun com frequência lá no tanque

Abigail se afasta um pouco de Miguel, apertando as mãos por baixo das mangas longas do jaleco. Estava tão tranquila, e esse filho da mãe teve que tirar sua paz

- Nossa... essa pessoa não deve bater bem da cabeça - ela brincou tentando disfarçar a tensão que dominou seu corpo

- Então né - ele ri, mal sabendo que estava do lado dessa pessoa

Abi tenta sorrir, mas as lembranças daquelas doces noites invadem sua cabeça, apertando seu coração agora solitário

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