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— Não lembro se contei para a senhora, mas fiz... — Abi respira profundamente — Bom, fiz uma tatuagem — ela faz mãos de jazz no ar aos lados de sua cabeça — Em homenagem ao Ka'li






























Papai e eu fomos convidados (bom, o papai que foi convidado na verdade...) para ir a um casamento de um amigo de infância dele

Não nego que foi divertido participar de um, papai foi o padrinho e como a senhora não estava, o amigo do papai, o Nicholas, deixou que eu fosse a madrinha junto com ele

Primeiro casamento que vou e ainda por cima sou a madrinha, legal não é?

Bom, conversa vem e conversa vai com o casal, Nicholas me deu de presente uma tatuagem quando mostrei um vídeo que tinha feito do Ka'li. Ele ficou doido para fazer um desenho dele

Tânia, agora esposa dele, achou Ka'li lindo demais. Ela viu muita beleza nele. Eu tive que me segurar muito para não chorar na frente dela

Tânia teria amado conhecer ele, provavelmente teriam se tornado bons amigos

Papai não ligou que eu faria uma tatuagem, primeiro porque... Bom, já sou adulta. Segundo porque ele sabia que eu não me arrependeria de ter uma lembrança de um amigo tão querido em minha pele. Terceiro, porque se eu me arrependesse, disse ele que ele mesmo arrancaria a tatuagem no dente

Espero nunca chegar nesse ponto, porque sei que ele é bem capaz mesmo de fazer isso
































Devo dizer que doeu fazer, era uma tatuagem de certa forma mediana ao meu ver, em um estilo parecido com o tribal. Fiz ele na coxa direita, um lugar que raramente deixo exposto e quando fica, passava uma base para esconde-lo contra a minha vontade

Na sociedade não se tinha conhecimentos sobre o Tulkun que tinha no laboratório. Se fosse exposto, provavelmente provocaria uma revolta

E eu estava sozinha, seria facilmente aniquilada para não expor mais nada

Após a tatuagem feita, me senti acompanhada pelo meu amigo a cada passo dos meus dias

Não me sentia mais sozinha, aquele vazio no peito foi preenchido com a falsa presença dele ao meu lado...

Minha terapeuta não sabia dizer se foi uma forma inteligente ou triste (de certa forma), mas sorriu ao me ver um pouco mais animada

Eu me sentia animada, tinha agora um pedacinho dele comigo

Ele fazia parte da minha pele agora... Éramos um só agora, de certa forma

Mas a saudade de poder abraça-lo ainda continuaria em mim até o fim dos meus dias...

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