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Abigail estava cansada, virou pelo menos duas noites em seus estudos sobre a pele dos Tulkuns, e entre outros estudos que ficaram em suas mãos, sem contar o TCC que estava planejando para poder enfim encerrar a faculdade

A dias não colocava os pés em sua casa, seu pai já estava preocupado pela sanidade de sua filha, mas não poderia fazer muito enquanto ela não colocasse os pés para fora dos laboratórios. Já que, bom, ele não possuía permissão alguma para poder entrar no lugar

Estava sozinha no laboratório que dividia com outros cientistas mais velhos. Retirou os óculos, esfregou o rosto enquanto bocejava e sentia seu corpo pesar de exaustão. Trabalhar era a única coisa que estava ajudando ela não afundar

Mas trabalho em excesso também é uma forma de afundar

Ela respirou fundo, tentando juntar energias, quando uma caneca de repente apareceu ao seu lado, a pegando de surpresa apesar da falta de reação. Quando olhou para cima, se encontrou com um cientista que trabalhava no setor de física

Pele branca, cabelo castanho ondulado penteado para trás, armações pretas de óculos em seu rosto e um sorriso nervoso

— Oi — ele disse, em uma das mãos tinha outra caneca

— Oi... — ela respondeu

Ele notou a expressão vazia e cansada dela na mesma hora

— É-é café... Pode tomar, não está envenenado ou coisa do tipo — ele ri um pouco enquanto Abi o encara cansada, mas agradecida pelo gesto atencioso

Ela sorri apesar de muito cansada, aceitando o café

— Obrigada

— De nada — ele responde um pouco mais feliz — Eu queria...

— Abi! — a voz de Miguel ecoa no corredor, a chamando

Ela encara o rapaz com um olhar pedindo desculpas, dando um gole generoso no café, fazendo careta antes de se levantar

Ela odiava café, apesar de tomar a quase todo instante para ficar acordada

— Eu preciso ir... Desculpa — ela sussurra coçando o olho esquerdo

— Tudo bem — ele ri — não é como se eu fosse dizer algo de importante ou coisa do tipo...

Abigail não o ouviu, só seguiu o seu caminho para fora do laboratório

— Droga, Leonard. Porque você é assim? — se questionou, batendo na própria testa



























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— Miguel? — Abi o chamou ao ver o corredor vazio — Miguel, isso não tem graça!

Miguel apareceu na curva do corredor com um pequeno sorriso no rosto. Quando chegou perto de Abigail, ela negou com a cabeça e deu um leve soco em seu ombro

— Idiota — ela resmungou

Ele esfregou o ombro - fingindo ter sentido dor, coisa que ele nem chegou a sentir - enquanto sorria para ela de forma doce

— Desculpa — riu de leve antes de ficar sério — Vem, você tem que ver

Ela não se moveu quando ele começou a andar para o final do corredor

— Não

Ele se virou confuso

— Ué, não para o quê? Eu nem disse para onde vamos

Ela suspirou, coçando a cabeça

— Você está indo para onde aqueles camburões foram levar sabe-se lá o quê, não é?

Ele coçou a cabeça, parecia nervoso

— É. Como você sabia?

— Porque você está com cara de quem vai aprontar, igual criança

Ele suspirou, voltando para perto dela

— Você não acha que deveríamos fazer algo para parar eles? Você sabe que é absurdo trazerem criaturas de outros planetas que mesmo sabendo bastante, não sabemos como irão reagir com a Terra

— Eu sei, mas não podemos sair por aí com uma síndrome de super herói. Você acha mesmo que só eu e você iríamos conseguir algum progresso? Estamos falando de um projeto que provavelmente salvaria a vida humana e todas as milhares de espécies que ainda vivem aqui na Terra! Pra isso que serve o projeto Avatar!

Ele negou com a cabeça, apesar de entender o lado dela

— Abi... você acha mesmo que o projeto Avatar é para salvar a Terra? 

— Sim ué, se não fosse para isso, para o quê mais seria?

Miguel levou a mão esquerda para o rosto dela, deslizando o polegar com delicadeza pelo rosto dela

— O quê o humano é, Abi?

— Ganancioso? — ele concordou com a cabeça

— Você acha mesmo que eles, os do governo, iriam ficar satisfeitos somente por salva a Terra com os conhecimentos que outro planeta pode proporcionar? — ela ficou em silêncio, com o olhar baixo — Nós precisamos fazer algo para aquele planeta não sofrer o mesmo destino que o nosso

Ela olhou para ele novamente, mas dessa vez como se visse a alma dele

— Como pensa em fazer isso, Miguel? Só nós dois, seremos descobertos rápido demais antes que possamos fazer alguma diferença realmente grande

— Eu sei, mas tenho um plano — ele sorri, coisa que chamou a atenção de Abi. Ela nunca tinha reparado muito em Miguel, mas não podia negar que ele era realmente muito bonito — Confia em mim?

Ela sorriu de leve, colocando sua mão em cima da que ele tinha colocado em seu rosto

— Confio, você é a única pessoa que continua aqui comigo apesar de tudo

— Não vou sair do seu pé, ruiva

— Fico feliz em ouvir isso — ela responde, apoiando a testa no ombro dele, enquanto ele aninhava ela em seus braços com um abraço caloroso naquele corredor branco e frio

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