06. Gatinho Insistente

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Narração





Louis acordou extremamente irritado com o toque do despertador. Estava frio e o céu estava escuro e cinzento.


Não era um bom dia para estudar ou realizar tarefas que incluíssem sair do conforto das cobertas e de...


Harry.


Louis, por um momento, considerou que tudo tivesse sido um sonho e que Harry fosse um gatinho como outro qualquer.


Até escutar o gato resmungando.


O garoto tentou de todas as formas desgrudar Harry de seu peitoral mas parecia que seu pequeno gatinho tinha um sono pesado e era realmente insistente até dormindo.


Harry esfregava as orelhas em seu queixo e resmungava a cada movimento mais brusco.


O garoto não podia se atrasar de novo, já era a quarta vez apenas naquela semana que ele chegava atrasado.


Assim que conseguiu colocar Harry em cima da cama com o máximo de cuidado, pulou para fora tremendo de frio.


Caminhou até o banheiro tendo certeza que seu híbrido estava dormindo e que não faria nada para atrapalhar o sono do mesmo. Tirou as roupas e entrou rapidamente na água morna que caía do chuveiro.


Reconsiderou a idéia de apenas se secar, se vestir, voltar para cama e depois dizer a sua mãe que não estava se sentindo bem.


Mas é claro que Anne nunca acreditaria. Ela sabia quando seu filho fingia estar doente apenas para não ir para o colégio, então seria inútil tentar. Estava em seu último ano, também não poderia correr o risco de reprovar.


Assim que terminou o banho, se vestiu e retornou ao quarto.


Observou por alguns instantes o híbrido dormindo tranquilamente, por algumas vezes, resmungando e esticando uma pata.


Para Louis não existia cena mais adorável. Ele sempre quis um gato para mimar, e ao invés disso ganhou um híbrido manhoso e atrevido.


Ele realmente não estava reclamando e sim contando vantagem.


Era algo incomum e extremamente fascinante, todos ficariam boquiabertos com a história.


Claro que ele queria contar para todos o quão sortudo foi, mas ele sabia que não podia. Faria Harry correr perigo, perderia seu amigo.


E não era o que desejava.


...



Harry acordou em sobressalto quando não sentiu o corpo do dono a baixo de si. Mordeu o travesseiro e o arrastou olhando se Louis estava ali.


Entrou de baixo das cobertas a procura do maior e chiou em desespero quando não conseguiu sair.


— Louis? — Choramingou.


Quando conseguiu sair de baixo do amontoado de cobertas, olhou ao redor do quarto e se encolheu.


— Azul? — Sussurrou. — Non tem graça! — Gritou de forma estridente. — Non assusta o Harry! — Arregalou os olhos.


— Que estranho... — A mãe de Louis entrou no quarto e olhou ao redor. — Oh! Você está aí, gatinho? — Sorriu e pegou o felino no colo. — Como você está? Hum? — Acariciou as orelhas do mesmo.


Harry bateu a pata no ombro da mulher e olhou ao redor.


— Deve estar com fome. Venha, te darei leite e um pouco de ração. — Saiu do quarto e desceu até a cozinha ainda com o gato no colo.



Louis Tomlinson



— Eu estou falando sério! — Cruzei os braços.


— Não... — Niall respirou fundo. — Está me dizendo que seu gato é metade gato e metade humano? — Assenti devagar ao ponderar o quão louco isso soava. — Ele fala, anda, se transforma quando quer e fala como uma criança? — Assenti mais uma vez. — Você está bem? — Voltou a gargalhar alto. — Que história louca, Louis!


— Estou falando a verdade! — Ralhei e mordi um pedaço do meu sanduíche.


— Claro que você está. — Niall desdenhou e revirou os olhos. — Vamos falar de coisas que realmente interessam, já cansei de rir dessa história maluca. — Tentou manter a expressão neutra mas logo voltou a rir. — Desculpa, agora sim. — Pigarreou. — Você vai comer esse seu pudim? — Apontou para a minha bandeja.


— Não, Niall. Pode pegar. — Revirei os olhos e dei uma olhada ao redor do refeitório.


— Já que realmente insiste... — Deu de ombros e estendeu a mão para pegar o prato com o pudim. — Obrigado.


— Fique a vontade. — Suspirei.


— O que houve, Aloísio?


— Sabe que eu odeio quando me chama assim e ainda insiste em chamar?


— Tá! Relaxa aí, Louis! — Bateu na minha testa. — Agora me diga o que realmente está acontecendo.


— Eu sou dono de um híbrido. — Repeti com uma expressão entediada no rosto, já sabendo a reação que arrancaria dele.


— Louis, essa história está perdendo a graça. — Disse mas começou a rir segundos depois. — Não estou rindo porque é engraçado, estou rindo de nervoso. — Tentou justificar.


— Estou tentando contar algo incrível para o meu único e melhor amigo e ele não quer acreditar em mim. — Bufei audível. — E ainda pega meu pudim. — Fiz bico.


— Você disse que não tinha problema. — Disse com a boca cheia.


— Eca! Seja mais educado, Niall!


— Me obrigue! — Empinou o nariz.


— Desisto! — Abaixei a cabeça e apoiei em meus braços.


— Vai comer o resto do sanduíche...? — Me cutucou.


— Vou! — Chiou quando eu bati em sua mão.


— Tudo bem, não precisa disso.



...

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