Prólogo

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Ísis Daphne

Eu acho que as pessoas andam muito agitadas ultimamente. Ou será que sou eu que sou muito lenta? Ah, vai saber. Saio dos meus devaneios quando alguém esbarra em mim.

- Ai! - Falo e passo a mão pelo o meu braço. Olho para trás e vejo o homem que esbarrou em mim continuar andando apressadamente. Eu ein, que mal educado.

Olho para a time square bem na minha frente e solto um suspiro. Uma empresa automobilística acabou de lançar mais um modelo "incrível", essas coisas só servem para matar as pessoas e destruir suas famílias. Reviro os olhos com o meu pensamento. Hoje eu sou sozinha devido a uma maldita Ferrari que devido ao motorista bêbado, não viu o carro dos meus pais que vinha na outra via. Ocasionando um acidente horrível. Uma mão estrala os dedos na minha frente.

- Oii? Terra chamando Ísis! - Charlotte fala enquanto me olha com uma sobrancelha arquiada.

- Ah, oii Lole - Falo e ela parece me analisar.

- Você tá bem amiga?

- Claro que sim. Porque não estaria? - falo e sorrio.

- Sei lá, você estava encarando o telão tão concentrada que achei que você tinha sido abduzida - Ela fala e eu começo a rir.

- Abduzida sério? - falo rindo e nego com a cabeça.

- O que? Eu tenho certeza que os aliens existem, e que podem ser até iguais a nós. - Ela fala apontando para as pessoas que não paravam de caminhar para resolver suas coisas.

- Você é louquinha Lole. Agora vamos, preciso terminar de entregar esses currículos. - Falo e enfio a minha mão entre o braço dela. Ela sorrir e balança a cabeça em confirmação, abaixando seu óculos de sol.

Eu e a Charlotte nos conhecemos na faculdade. Ela fazia Engenharia automobilística enquanto eu fazia Designer. Mesmo a gente sendo extremamente diferentes a gente se encaixou. Nós sempre ficávamos juntas no intervalo, desde então não nos desgrudamos mais. Quando meus pais morreram, ela me apoiou muito e me ajudou em praticamente tudo. Se não fosse por ela hoje eu estaria completamente sozinha, porque eu não tenho irmãos, e meus avós já morreram também.

[...]

Suspiro derrotada de tanto entregar currículos quando chegamos em frente ao carro dela. Sinto meu coração acelerar.

- Ísis, eu já falei que não há perigo algum. Eu sempre dirijo com cuidado quando estou com você - Ela fala e eu a olho.

- Você sabe que eu tenho trauma com carros Charlotte. Então paciência. - Falo e ela revira os olhos.

- Você precisa chegar cedo em casa, já que você não quis ficar no meu apartamento. - Ela fala e eu solto um suspiro.

- Lá é onde eu posso pagar Charlotte, e você já fez coisas demais por mim. Vamos logo! - Falo e fecho os olhos entrando de uma vez no carro. Boto o cinto rápido e o seguro.

- Eu sei, eu sei, mas você devia pelo menos ter escolhido um bairro mais decente, mas não. Tinha que ser o subúrbio de New York. - Ela fala sem parar enquanto entra no carro.

Ela liga o carro e sinto o motor tremer. Como a Charlotte é engenheira de automóveis ela tem dinheiro suficiente para comprar uma Range Rover. Ela me olha e desliga o carro, ela deve ter percebido o meu nervosismo.

- Não precisa ter medo, eu sou sua piloto de fuga Ísisinha. Essa belezinha aqui foi a mamãe aqui que ajudou a construir. - Ela sorrir e bate no volante.

- Será que você poderia ir logo Lole? - Falo rápido.

- Seu pedido é uma ordem, minha querida. - Ela fala e logo liga o carro e o ponhe em movimento.

- Sabe Ísis, eu queria muito poder te ajudar com esses seu trauma com carros. Antes do acidente dos seus pais, você amava carros e até os desenhava - Ela fala enquanto olha para a frente, ela não me olha por que ela sabe que eu sentia medo quando ela desviava e me olhava.

- É complicado, amiga. Quem sabe algum dia. - falo e ela balança a cabeça confirmando.

Lembro vagamente do acidente, mas sei que foi Aterrorizante, eu sei porque eu estava lá. Do nada o carro começou a girar e eu só escutava os gritos dos meus pais. Do nada tudo ficou escuro, quando eu acordei eu estava em um hospital com uma cicatriz no quadril e dois atestados de óbitos para assinar. Saio dos meus pensamentos com a voz da Charlotte.

- Chegamos Ísisinha, se cuida tá?- Ela fala e eu sorrio tirando o cinto e a abraçando.

- Qualquer coisa me liga gata. - Ela fala e dar um tapinha na minha bunda. Pego minha bolsa e saio do carro.

- Tchauzinho, e me da esse negócio aqui. - Ela fala e puxa um dos meus currículos da minha mão. Arqueio a sobrancelha a olhando.

- O que? Vou entregar lá onde eu trabalho. Quem sabe você é contratada - Ela fala e pisca pra mim.

- Tchau Charlotte, Boa noite. - falo e fecho a porta virando as costas.

Eu trabalhar em uma empresa automobilística? Aham, até parece.

𝐷𝑖𝑚𝑖𝑡𝑟𝑖 𝑅𝑜𝑚𝑎𝑛𝑜𝑓𝑓 Onde histórias criam vida. Descubra agora