Cap - 29 . Querido Chefe

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Dimitri Romanoff

Assim que o carro para na garagem da minha casa, a porra da mulher que não sai dos meus pensamentos ultimamente abre a porta e sai rapidamente, sua determinação é visível enquanto se afasta do carro. Mal sabendo que eu não tenho a menor intenção de deixar que ela escape tão facilmente.

- Espera! - grito, saindo do carro e indo até ela.

Ela não responde, mas eu posso ver seu corpo tenso enquanto caminha em direção ao portão.

- Onde você pensa que vai? - pergunto, a frustração queimando em minha garganta.

- Não venha atrás de mim, Dimitri! - ela fala, olhando para trás com raiva nos olhos.

- Você está se afastando por causa da porra de uma reunião! - minha voz ecoou pelo gramado, a necessidade de convencê-la se intensificando. Ela se vira, o desafio evidente em seu olhar.

- Você me envergonhou na frente de todos! Eu sou mais do que sua secretária! Eu sou sua namorada, mesmo que seja de mentira.

- Eu sei! - eu retorqui, mas o que realmente importava era que ela não se afastasse.

Ela começou a se afastar novamente, e uma onda de possessividade tomou conta de mim. Corri para alcançá-la, segurando seu braço antes que pudesse chegar no portão.

- Para onde você pensa que vai? - eu perguntei, meu olhar fixo no dela.

- Para longe de você! - Ela responde, tentando se soltar. Mas eu não deixo.

- Você não pode simplesmente me ignorar! - minha voz saiu mais alta, mas a raiva não era direcionada a ela, era a frustração por não conseguir fazer ela entender.

- O que você vai fazer, me prender aqui? - seu olhar desafiador me irritava e me atraía ao mesmo tempo.

- Eu só quero que você me escute - falo, me aproximando. - Não posso deixar você ir.

- Eu não significo nada para você, além de ser sua secretária! - ela grita, a dor evidente na sua voz.

- Eu não sou um idiota! - eu disse, quase rosnando. - Eu só não quero ter que misturar a empresa e nós dois.

- Você é insuportável! Isso é além de idiota. - ela se afasta, mas eu não a deixo.

- E você quer correr de mim? - pergunto, mantendo um tom frio. - Eu não vou deixar você sair assim.

Ela hesita, a fúria e a dor em seus olhos criando uma tempestade. Mas então, sem avisar, ela virou-se e tentou correr na direção oposta, no caso para a direção da minha casa.

- Ísis! - gritei, a necessidade de a ter por perto tornando-se urgente.

Ela chegou à porta da casa, mas antes que pudesse entrar, eu a alcancei e a puxei de volta. Nossos corpos se chocaram, e a intensidade da situação fez meu coração acelerar.

- Você não pode fugir de mim! - falo, mantendo uma firmeza no tom. - Eu não posso deixar você ir.

- E se eu não quiser ficar? - ela pergunta, a voz desafiadora.

- Então me faça entender - pedi, mas a frustração estava crescente. - O que você quer de mim?

- Quero que você me respeite! - ela fala, claramente ferida, mas eu estou focado demais em controlar a situação para me importar com o que está transparecendo.

- Então você vai correr? - desafiei, sentindo a tensão no ar entre nós. - Eu não vou deixar.

Ela se afasta mais uma vez entrando na minha casa, e um impulso de raiva tomou conta de mim. Corri atrás dela, e quando alcancei, a puxei para mais perto, prendendo-a contra a parede da sala de estar.

𝐷𝑖𝑚𝑖𝑡𝑟𝑖 𝑅𝑜𝑚𝑎𝑛𝑜𝑓𝑓 Onde histórias criam vida. Descubra agora