Cap - 16 . Insuportável

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No outro dia...

Ísis D'Angelo

Abro meus olhos e vejo o mofo do teto do meu quarto. É impressão minha ou a cada dia está ficando maior? Pisco algumas vezes e me sento na cama. Hoje é sábado e o sol brilha lá fora, iluminando meu quarto por completo.

- Bom dia, Princesinha. - falo quando vejo minha gata deitada no meu tapete.

Ontem depois que saí da empresa vim direto para casa, a presença de Dimitri está cada vez mais me afetando, algo que definitivamente não devia estar acontecendo, já que somos chefe e funcionária. Se as coisas continuarem indo por esse caminho, vou acabar criando algum tipo de sentimento por ele, o que seria o meu fim, já que para ele estamos apenas fingindo e logo tudo acabaria e nós seguiriamos caminhos diferentes. Ele e seu maldito contrato!

- Onde eu fui me meter...- penso alto enquanto esfrego meu rosto, solto um suspiro me levantando e indo em direção ao banheiro para fazer minhas necessidades e tomar um banho.

[...]

Coloco meu café da manhã na mesinha de centro perto do sofá, mas quando vou me sentar ouço alguém batendo na porta. Solto um suspiro e vou em direção a porta a abrindo.

Arregalo os olhos quando vejo Dimitri bem na minha frente. Ele usa uma camisa gola Pollo branca e uma calça jeans clara, seu cabelo está bagunçado e molhado como se tivesse acabado de sair do banho, sua barba está feita contornando o seu maxilar perfeito e seu cheiro amadeirado, junto com um frescor de menta estão por toda parte invadindo minhas narinas, solto um suspiro.

- Você quer um balde? - ele fala com a voz rouca e eu arqueio a sobrancelha.

- Balde?

- Para a baba que você deixou escorrer quando me viu. - ele fala dando um sorriso ladino e eu reviro os olhos.

- O que você quer essa hora Dimitri?

- Vim te buscar para ir para a casa de veraneio da minha mãe. Você já esqueceu?

- Eu não vou a lugar nenhum com você. Passar bem. - Falo e tento fechar a porta mas ele a segura a abrindo, logo depois ele entra na minha casa e a fecha. O olho surpresa.

- Que falta de respeito fechar a porta na cara das visitas. - ele fala enquanto balança a cabeça em negação.

- Eu não mandei você entrar! - falo e cruzo os braços.

- Eu faço o que eu quero.

- Ótimo, então saia da minha casa e me deixe em paz. - falo e aponto para a porta.

- Eu só saio daqui com você.

- Eu não vou com você! Qual parte você não entendeu? - Falo colocando o meu dedo no peito dele e ele revira os olhos e segura meus pulsos aproximando nossos corpos.

- Você não tem escolha. Nós assinamos a porra de um contrato! E você disse para a minha mãe que iria. - ele fala sério e eu o olho agora mais de perto. Não consigo raciocinar com esse homem grudado em mim.

- Me solte!

- Eu vou te dar duas opções, a primeira é que você vai ajeitar suas coisas, e trocar de roupa para irmos, ou temos a segunda opção, onde eu te jogo em cima do meu ombro e te levo para a casa da minha mãe você vestida nesse pedaço de pano mesmo. Você quem sabe anjo. - ele fala e da um sorriso ladino enquanto solta meus pulsos.

Olho para o meu pijama do sapinho, que mal cobre minha bunda direito. Sinto minhas bochechas queimarem, tento o abaixar um pouquinho.

- Maldita hora que eu aceitei participar disso. - falo e solto um suspiro de raiva.

𝐷𝑖𝑚𝑖𝑡𝑟𝑖 𝑅𝑜𝑚𝑎𝑛𝑜𝑓𝑓 Onde histórias criam vida. Descubra agora