Cap - 04 . Misturar as coisas?

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Dimitri Romanoff

Olho para Dominic que nos observava com uma sobrancelha arquiada. Intrometido! Logo a minha secretária se solta das minhas mãos, vejo suas bochechas antes brancas agora em um tom rosado. Ela olha de mim para Dominic.

- Eu..Eu tenho que ir. Até mais senhores. - ela fala e logo sai da sala contornando Dominic que assim como eu parece um poste. Ele logo entra na minha sala e fecha a porta atrás de si.

- Não ouse! - Falo e aponto o dedo na cara dele, volto para a minha cadeira e me sento.

- Mas eu nem falei nada ainda - Ele fala sorrindo enquanto se senta.

- Eu sei muito bem o que você ia perguntar. Não aconteceu nada! - falo e começo a digitar no notebook.

- Eu sei que não, a Ísis não é para você Dimitri. - Ele fala e eu o olho.

- E posso saber porque? - falo sério e cruzo os braços.

- A Ísis é uma menina doce e que já sofreu muito. E você é amargurado demais para ela, e também você é chefe dela. - Ele fala enquanto bate as pontas dos dedo no braço da cadeira.

- Não que isso seja da sua conta, mas nossa relação é inteiramente profissional. - Falo e tento manter a postura. Ele é meu melhor amigo mas não precisa saber de tudo.

- Sei, cuidado para não misturar as coisas, ela é muito linda. - Ele fala e eu arqueio a sobrancelha o olhando.

- Misturar as coisas? Assim como você e a Charlotte da engenharia? ‐ Falo e ele engole em seco

- Não acontece nada entre eu e a senhorita Charlotte. - Ele fala e ajeita a gravata.

- Você pensa que eu sou burro ou que eu sou cego Dominic? - Falo e ele me olha.

- Melhor pararmos de falar desse assunto - Ele fala e eu reviro os olhos.

- Tchau Dominic - falo voltando a olhar para o notebook.

- Você é insuportável, mas eu amo você Dimizinho - Ele fala e eu o mando dedo. Ele se levanta rindo e sai da sala.

Solto um suspiro e passo as mãos pelo meu cabelo. Que porra eu estava pensando? Essa mulher está me deixando louco.

[...]

Ísis Daphne

Saio correndo daquela maldita sala. Em que eu estava pensando? No meu primeiro dia de trabalho eu já ia me envolver com o meu chefe. Penso enquanto jogo um pouco de água no meu rosto, graças a Deus o banheiro está vazio. Aquele homem é o próprio diabo vestido de terno e gravata. Aquelas mãos me segurando firmemente.

- Ai meu Deus, eu estou pensando nele - Falo e jogo mais água no rosto.

Eu devo estar parecendo um pimentão. O que está acontecendo comigo, eu já conversei com alguns caras mas com nenhum eu me senti assim. Maldito senhor problema!

Solto um suspiro e me seco. Hora de voltar ao trabalho. Saio do banheiro e viro o corredor, vejo o elevador e vou em direção à ele. As portas de ferro se abrem e eu entro, aperto no último andar. As portas se abrem normalmente e eu dou de cara com o meu "querido" chefe. Fico parada o encarando sem saber o que fazer, as portas do elevador começam a se fechar mas ele coloca a mão no meio.

- Se não vai descer, saia do elevador. Não tenho de tempo de esperar as suas crises internas passar. - Ele fala sério e eu o olho. E lá está o ogro de sempre.

- Claro, com licença. - Falo e saio do elevador o contornando.

Ele em nenhum momento parou de me olhar. Sigo caminhando e logo sinto seu olhar nas minhas costas.

𝐷𝑖𝑚𝑖𝑡𝑟𝑖 𝑅𝑜𝑚𝑎𝑛𝑜𝑓𝑓 Onde histórias criam vida. Descubra agora