∆ Prólogo

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Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança...

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∆ Jungkook

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.

Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los? Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulto demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Pensarei no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Acho que não sou maduro o bastante ainda. Ou nunca serei.

Sou Jeon Jungkook, tenho 28 anos, formado em arquitetura e atualmente mais focado na área de paisagismo. Caseiro, disciplinado e apaixonado por leitura.

Sou casado com Park Jaewon, ele tem 32 anos e também é arquiteto. Casei cedo, né? Eu sei. Mas sabe de uma coisa? Não me arrependo de nada. Ele é o homem mais extraordinário que existe no mundo.

A gente se conheceu em uma parada gay, de frente a uma cafeteria na Times Square. Era o encerramento da festa e eu lembro como se fosse hoje, ele vestido com uma bermuda preta de náilon, tênis branco, óculos escuros e uma camisa rosa, com a frase: I am free (sou livre) com um arco-íris abaixo. Era tão encantador naquela época.

Eu estava na mesma vibe que ele, de bermuda jeans rasgada, camisa colorida sem frases e tênis all star branco. Eu estava passando férias na casa de uma amiga doidinha; a Jun Ji-hyun. Ela mora lá até hoje, sinto saudades dela.

Bem, como ia dizendo, conheci meu amor durante uma parada gay e percebi que ele me fitava com frequência, encostado em uma parede de tijolinhos, com uma long neck na mão e, literalmente, flertando comigo. Ele estava tão bonito que demorei para acreditar que ele realmente estava me olhando. Até que se aproximou, se apresentou e ficou próximo conversando.

Eu queria sair correndo, mas quem saiu correndo mesmo, foi a Ji-hyun. Ficamos sozinhos acompanhando o fim da parada, quando ele me convidou para andar um pouco. Senti todo o meu corpo sumir, estava nervoso e ele não colaborava, toda vez que me lançava um olhar faminto, e sorria a cada vez que ele mesmo falava algo engraçado.

Confesso que quase desmaiei quando ele parou e tocou o meu rosto de leve. Em meio à parada, ele simplesmente me beijou e foi o melhor beijo da minha vida. Não que eu tivesse beijado muita gente por aí, mas, para mim, foi como se fosse o único.

No meio de uma multidão, com confetes caindo o tempo todo e a bandeira do arco-íris voando no ar, nossas bocas se conheciam e as línguas não sentiam vontade de se soltar. Ali, iniciou-se a nossa história, o nosso amor e a nossa cumplicidade.

Os dias em que fiquei em Nova York, passei ao lado de Jaewon. Cada minuto, segundo, eram mágicos. O que abriu a porta para nossa primeira noite de amor. Ao som de "it's you" do Ali Gatie, me entreguei sem medo, sem pudores e sem arrependimentos. Eu era virgem e ele foi de uma doce delicadeza, me envolvendo em seus braços como se eu fosse a pedra mais valiosa do mundo. E eu sentia que era.

2 De mim  JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora