2 De mim Jikook

∆ Capítulo 17

Eu não planejei me apegar tanto à você, aconteceu.

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∆ Jimin

Eu não colocava esperança na gente, principalmente pela forma que começamos. Eu não acreditava no amor, até ele chegar... Mas o medo, ele te prende. Te sufoca. Te mantém refém de algo que nem ao menos aconteceu. Te suga. Te mata.

Jungkook entrou em minha vida feito um furacão, uma bagunça relativamente boa, um tsunami de desejos. Me mostrou em meses, o que nunca tive em anos com a Yu-bi. É, verdadeiramente não é o tempo, e sim, a pessoa.

Mergulhei nele sem medo, sem olhar pra trás. Nesses meses, tivemos momentos maravilhosos juntos, e eu fui me apegando a ele como se fosse o meu ar para respirar. E definitivamente se tornou o inesperado mais esperado da minha vida.

Sua doçura, seu jeito de transar, sua dualidade, tudo nele me encanta, me envolve, me completa. Já teve momentos em que na cama, tive vontade de me declarar, ser sincero. Mesmo que isso pudesse ser inalcançável no momento, eu recuei, tive medo. " É, eu me apaixonei".

Eu tinha planos, até a semana do medo chegar. O desembargador, Sr. Im Sang-hee, que me comunicou sobre a sua insatisfação em saber dos rumores de relacionamento homoafetivo de um dos magistrados, no caso, eu.

Também falei para minha mãe, que me deu apoio em relação a isso, mas, mesmo sendo ela muito influente no meio do poder, preferi que ela ficasse de fora dessa vez. Por sorte, a mídia ainda não sabia quem era o juiz palestrante, evitando assim, notícias que com toda certeza viraria uma bola de neve.

O desembargador foi bem tranquilo, mas rígido em suas palavras, me tirando a palestra do Japão como punição. A fala preconceituosa do desembargador me deixou perplexo, já que eu ainda não havia me deparado com tal situação. Fiquei extremamente constrangido e me senti um inútil, mesmo tendo negado tudo ao mesmo.

É fato que isso poderia acontecer, já que os repórteres estiveram no tribunal depois do ocorrido no shopping. A corte é bem rígida quanto a isso, e embora eles não possam impedir seus magistrados de se relacionarem com pessoas do mesmo sexo, eles exigem o mais alto respeito pelo poder que cada um carrega no país. Ou seja, mantenham suas vidas entrelaçadas ao conservadorismo e bons costumes entre um homem e uma mulher.

Eu fiquei vazio. Como eu poderia contar isso para o homem que estou apaixonado? Eu tinha uma escolha, a minha cabeça estava me deixando louco sem uma saída do que fazer. Eu buscava uma solução, mas a semana foi tensa e eu acabei magoando ele, mesmo que sem intenção de fazê-lo.

Talvez com a indiferença ele pudesse enjoar de mim e me descartar de imediato, mesmo sendo uma loucura da minha cabeça. Mas, eu sinto que ele também me ama, então, como ele faria isso? Como, eu faria isso?

Saio do apartamento dele e entro em meu carro, cheio de raiva de mim mesmo. Eu queria voltar lá, pedir perdão, amá-lo, senti-lo, beijá-lo, tomá-lo pra mim. Mas eu estava com medo, eu me sentia um completo idiota covarde por não conseguir ser sincero com ele, e isso está me matando.

No caminho até o meu apartamento, ligo pro Jin que atende na segunda chamada, pergunto se ele pode ir até o meu apartamento e ele preocupado, diz que sim. Assim que chego em casa coloco a pasta, o notebook e o mac sobre a mesa e subo para tomar um banho. Depois de pronto, desço e preparo uma dose de uísque bem forte, esperando pelo meu amigo que cerca de dez minutos depois, chega.