Olhos de Gelo

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Saio do banho e pego um dos meus vestidos floral branco de alcinha, pego um pente pra alinhar meus fios ondulados,volto ao banheiro vasculhando o armário até achar uma caixa de primeiros socorros,faço um pequeno curativo e me deito na cama.
***
Sou acordada com uma leve batida na porta.

- Já vai
Saio da cama com relutância em direção a porta.

- Lana o Senhor irá vê-la.
David fala com um sorriso doce.

Fecho a porta e sigo ele pelos corredores da casa.

- Aqui senhorita pode entrar.
ele fala parando em frente a uma grande porta que não havia visto antes.

Sinto uma onde de nervosismo e ansiedade pelo meu corpo mais sigo pra dentro do local,um ambiente tranquilo em tons azul petróleo com alguns quadros na parede e grandes janelas,com uma vista para um grande lago, volto minha atenção a grande mesa de madeira no centro da sala.

Sinto a sensação de estar sendo observada,viro lentamente em direção a uma poltrona no canto da sala e vejo um homem de cabelos negros olhos azuis gelo com um terno preto que se agarra a sua grande estrutura perfeitamente,nossos olhos se encontram e sinto uma sensação de euforia com medo.

Olhos perigosos. Penso comigo mesma abaixando a cabeça em seguida .

- Sinto muito pela invasão da sua casa senhor.

- Hum .... sente-se.
ele fala apontando pra uma das cadeiras enquanto se direciona para poltrona atrás da grande mesa.

- Quem é você ? sua voz rouca inunda meus ouvidos carregada de uma energia poderosa que não sei explicar.

- Eu me chamo Lana Clarck senhor.

- Como veio parar aqui?

- Eu....eu meio que estava fugindo de casa de um padrasto abusivo, e no meio disso acabei sendo perseguida por algo na floresta que parecia ser um lobo,me escondi após correr bastante,e fiz oque minha mãe me ensinou pedi ajuda a deusa da lua a qual descobri mais tarde se chamar Selene,depois que finalizei a minha presce meu perseguidor foi embora,no entanto eu caí de um barranco e Selene se apresentou pra mim me guiando até aqui.

Disse sem omitir nada e vi sua atenção totalmente focada em mim.

- Selene.

- Sim ela que falou o nome do senhor que trabalha aqui David e falou pra que eu dissesse que ela me trouxe até aqui.

- Você é filha de quem menina?

- Bruna Clarck mais ela já faleceu.

Não sei porque mais o fato dele me chamar de menina me fez sentir algo estranho.

- Ok eu não sei o motivo de você ter sido trazida para esse mundo de tal forma mais Selene deve ter seus motivos, Me chamo Eros Black da família Lican, você pode ficar aqui até encontrarmos uma forma de levá-la pra casa.

Ao ouvir suas palavras sinto um gelo no estômago.

- Se...Senhor, eu não posso voltar pra casa, Richard provavelmente me mataria.
falo sentindo as lágrimas começarem a me empossar em meus olhos e um nó na garganta.

- Por que ele mataria você ?

- Eu...eu não sei bem o motivo do ódio dele,mas desde que minha mãe morreu vivo assim quando não sou agredida verbalmente é fisicamente,nunca tem um motivo certo,ele apenas fala que mesmo que me odeie precisa comprir a promessa de me manter viva.

- Hum... logo voltarei para casa David virá comigo e você pode vir conosco então, estou aqui apenas a negócios.

- Muito...muito obrigada senhor, qualquer coisa eu posso ajudar David com as tarefas, sei limpar cozinhar, falo alguns idiomas, posso trabalhar em troca de agradecer  sua hospitalidade e ajuda.
Falo eufórica,acho que até de mais.

- Você nunca teve contato com outras pessoas ? sinto meu rosto esquentando,claro que ele iria notar por mais que eu seja educada e saiba conversar,quem fica eufórica em ir pra casa de alguém sem ao menos conhecer ?

- Não..não senhor

- Certo, vamos fazer assim, se você  se  sente melhor trabalhando, você pode me ajudar com algumas coisas, você acha que consegue anotar ligações e marcar compromissos ?

- Consigo sim

- Então ok amanhã voltaremos pra casa e você irá conosco.

- Obrigada senhor.

Terminamos nossa conversa e estou saindo do escritório quando sou chamada novamente.

- Sr. Clarck quando estivermos voltando David dará um comprimido pra você para que durma,no percurso, Selene já deve ter dito que você não está mais no mundo humano, então aqui aonde estamos agora não é um lugar muito seguro depois que sairmos porta a fora então preciso apenas que confie que manteremos você segura .

Olho pra ele meio confusa mais confirmo com a cabeça .

****

Estou sentada na sala lendo alguns dos livros que achei em um dos cômodos que David me apresentou como Biblioteca.

- Vejo que gostou do tema dos lobos.
A voz rouca de Eros invade a sala .

- A sim....é muito interessante saber que de fato existem seres tão únicos .
Olho em seus olhos e posso ver um brilho ao qual não entendo muito, mas me sinto tímida instantaneamente desviando o olhar.

- Venha vamos comer você deve estar com fome.

Sigo ele até um outro cômodo aonde vejo uma bela mesa posta com variedades de comidas as quais nunca vi.

Sento ao lado de Eros e fico meio perdida com oque comer David senta ao lado direito e me observa.

- Fique avontade Lana não precisa ter vergonha. Ele sorri pra mim olho pra Eros que assente com a cabeça .

Pego algumas frutas e yorgut e como se querer acabo fazendo barulho de aprovação e David sorri. Sinto que fiquei vermelho como um pimentão .

- Desculpe.. Susurro

- Qual sua comida favorita?

- Não tenho muitas sabe era poucas coisas que comia,coisas simples de tudo que tem aqui nessa mesa a única coisa que comi foram as frutas como banana maçã laranja.
Falo timidamente .

- A então não seja por isso toma esse aqui prova é uma delícia. David coloca um pote com um pãozinho que lembra um bumerangue pequeno gordinho,com recheio.

- Oque é isso?

- Isso se chama Croissant é de origem austríaca, normalmente as pessoas acham que vem da França mais na verdade não .
David me explica.

Levo o pãozinho até a boca e fico chocada com a explosão de sabores e a Macieis.

- Hum... nossa é uma delícia... dou um sorriso e sinto olhos em cima de mim.

- Quantos anos você tem Sr.Clarck ?

- Eu tenho 17 mais daqui um mês faço 18 .

Vejo uma troca de olhares entre Eros e David  mais decido voltar minha atenção para a comida.

Após terminar meu café subo para o quarto para arrumar algumas coisas.

- Até que não foi nada mal, me sinto bem na presença deles,posso dizer que me sinto segura algo que só senti quando minha mãe estava viva,será que agora finalmente vou poder ter uma vida diferente? isso só o tempo pode dizer.

Deito na cama me enrolando nos lençóis sentindo o sono me envolver.

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