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Frio

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Frio.

Os calafrios e os tremores me acordam; grunhindo, abro os olhos devagar. A luz golpeia minha vista com força, me obrigando a estreitar os olhos. Por que está tão gelado? Não me lembro de ter ligado o ar-condicionado. A primeira coisa que vejo é uma estante cheia de troféus e medalhas esportivas.

Fico confusa. Não tenho nada disto no meu quarto. Conforme vou analisando melhor o lugar, me dou conta de que este não é meu quarto.

Como assim?

Sento-me de uma vez só e minha cabeça lateja..

⎯ Caralho!

Ponho a mão na testa, e meu estômago ronca, embrulhado. Onde diabos eu estou? Como se o karma quisesse responder, algo ou alguém se move um pouco ao meu lado.

Apavorada, viro meu olhar, e um grunhido abafado escapa da minha boca, enquanto volto para a frente e caio no chão.

Caralho outra vez!

Merda, merda.

Levanto somente o rosto por cima da cama e confirmo o que eu suspeitava.

Suna Iscariote, em toda a sua glória, deitado de barriga para cima, com o antebraço sobre o rosto. Ele está sem camisa, coberto pelos lençóis até a cintura, deixando o belo peito e a barriga de fora.

Instintivamente, dou uma conferida em mim mesma e reparo que estou com a blusa dele.

Coloco as mãos no rosto, desolada.

⎯ Puta merda!

O que aconteceu aqui? Desta vez, eu estava tão decidida a não ceder...

⎯ O que será que houve comigo?

Hmm, pensa bem, [Nome]. Você vai se lembrar. Tenta se lembrar, vai.

Tudo está embaralhado na minha mente como um quebra-cabeça, com as peças apagadas ou perdidas. A última coisa de que me lembro é estar na mesa com Sophia, Atsumu e Oikawa. Depois Oikawa e eu subimos.

⎯ Nós iamos ao banheiro? E depois Suna... Na varanda...

E depois nada, vazio, escuridão.

Que frustrante!

Surpreendentemente, cair em suas garras de novo não é o que mais me incomoda, mas sim essa sensação tão desagradável de não me lembrar de nada. Transamos? Para ser sincera, duvido que Suna tenha feito alguma coisa comigo neste estado deplorável. De qualquer forma, preciso sair daqui.

Levanto-me e me sinto enjoada, então respiro fundo. Suna não move nem um dedo, ainda cobrindo os olhos, os lábios entreabertos e o peito nu.

Meus sapatos...

Minha roupa....

Têm que estar por aqui. Que horas são?

Sophia deve estar muito preocupada! Foi uma decisão sábia dizer à minha mãe que eu dormiria na casa da Soph, senão estaria ferrada. A parte ainda adormecida do meu cérebro procura o celular, mas logo desperta e me dá uma bofetada. Roubaram seu celular há semanas, [Nome], acorda!

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒⠀─ suna rintarou.Onde histórias criam vida. Descubra agora