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Eu me considero uma pessoa trabalhadora

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Eu me considero uma pessoa trabalhadora.
Tive que ajudar minha mãe e também consegui comprar coisas que ela não conseguiu me dar, não por que ela não queria, mas simplismente por que seu salário mal sustentava o aluguel, os serviços, etc. Somos uma equipe.
Porém, hoje eu não queria ir trabalhar, pensei em uma centena de desculpas para faltar, mas a verdade é que preciso de dinheiro e as aulas começam na segunda-feira, então esses são meus últimos dias para trabalhar em dupla jornada. Quando as aulas começarem, só poderei trabalhar algumas noites e nos fins de semana, sem exceder as horas permitidas para alguém com horário escolar - como eu.
Já se passou quase duas semanas desde a última vez que vi Suna. Para ser honesta, eu não esperava sentir falta dele, só compartilhei com ele algumas conversas. Como posso sentir falta? Que merda. Acho que também sinto falta de observá-lo pelos cantos, foi aquele meu hobby estranho que me deu emoção e adrenalina, e agora, os dois se foram. Eu suspiro, recolhendo minhas coisas e colocando-as na minha mochila. Dizer que tive um dia ruim é apenas mais um eufemismo.
Tenho estado distraída e bocejando o tempo todo, meu chefe chamou a minha atenção três vezes por que eu confundi o pedido.
Tiro meu boné do McDonald's e o coloco no armário. Penso em trocar de camisa, mas nem tento; Tenho preguiça de ir ao banheiro, vou quando chegar em casa.

⎯ Dia ruim, hein? -a voz do meu colega de trabalho me faz dar um sobressalto e eu acerto meu ombro na porta do meu armário.

⎯ Meu deus! Você me assustou. -joseph ri com o sorriso tímido de sempre.

⎯ Sinto muito. -eu acabei sorrindo minimamente para ele após o susto.

⎯ Tudo bem.

Joseph tira seu boné, deixando escapar os cabelos ruivos, agora consigo ver melhor o seu rosto: Ele tem aquele rosto meio fofo que aparenta mostrar que, se te olhar, acaba caindo nas suas mãos imediatamente.

⎯ Então, estou curioso. Existe uma razão para dar bebidas para alguém que pediu um McFlurry?

⎯ Você viu isso? -ele perguntou anteriormente, se referindo a mim mesma em sua pergunta indiretamente planejada.

⎯ Todo mundo viu, era como se você estivesse em outro planeta. -ele abre o próprio armário e passa a retirar as próprias coisas.

⎯ Agora me sinto inútil.

⎯ Relaxa, já aconteceu coisa pior comigo. -eu olho para ele com tristeza.

⎯ Se refere a Sophia?

⎯ Ah, sim. Claro que você sabe que foi com ela. -ele encara o próprio armário, profundamente em seus pensamentos. ⎯ Ela e eu somos de mundos completamente diferentes. Eu sou apenas o cara do McDonald's pra ela, nada demais.

⎯ Sinto muito.

⎯ Nem se desculpe por ela, eu sabia que essa coisa toda não iria funcionar, mas não esperava que ela chegasse a se importar muito de qualquer maneira.

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒⠀─ suna rintarou.Onde histórias criam vida. Descubra agora