𝟬𝟰

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Suna está ali na minha frente, em seu moletom cinza que escondia a camiseta preta de listras brancas do seu time de vôlei

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Suna está ali na minha frente, em seu moletom cinza que escondia a camiseta preta de listras brancas do seu time de vôlei. Uma mão segurava o guarda-chuva acima de sua cabeça e a outra mão enfiada no bolso da bermuda preta.

Basicamente: Um garoto rico, esportivo e elegante.

Sua expressão estava calma, como se ele não tivesse me assustado tanto ao ponto de quase me fazer desmaiar.
É a primeira vez que o tenho tão próximo de mim, sua altura me intimidava e seu olhar me cruzou, era inexpressivo.

─ Você me assustou. -eu acuso, com as mãos sobre meu peito. ele não fala nada, fica apenas me olhando em silêncio.

Segundos que pareciam anos, se passaram. Até que formou um sorriso sarcástico sem mostrar os dentes.

─ Você merece. -fiquei confusa.

─ Por que?!

─ Você sabe por quê. -ele vira as costas para mim e volta a caminhar em direção aos túmulos presentes.

De jeito nenhum eu iria ficar ali sozinha mais uma vez.

─ Calma ai! -ele ignorou e eu exclamei ao seguí-lo, como um cachorro abandonado.

Suna não demorou a chegar em uma clareira, se sentando em uma sepultura local, deixando seu guarda-chuva de lado e retirando do bolso da bermuda, um maço e um isqueiro. Não fiquei surpresa com seu mal hábito, mas eu não sabia muito bem o que fazer, apenas fiquei ali parada, como uma idiota.

Ele inalou a fumaça e logo a soltou. Seus olhos distantes me fizeram reparar mais em seu rosto - não que eu já não fizesse isso.
Então ele havia ido para fumar, era uma longa caminhada só por um cigarro. Embora faça sentido, como seus pais não aceitariam seu filho estrela e atleta fumando por ai.

─ Vai ficar parada ai por mais quanto tempo? -ele perguntou soltando mais da fumaça em seguida, virando seu olhar para mim agora.

Me sentei em um túmulo em frente ao que ele estava, mantendo minha distância. Seus olhos pousam em mim enquanto ele inalava a fumaça do tabaco.
Engoli seco, não sabia muito bem o que estava fazendo, mas eu também não queria voltar sozinha pela estrada escura e vazia.

─ Só tô esperando você terminar ai, vou te acompanhar! -senti a necessidade de esclarecer, apesar de não ser toda a verdade.

As luzes mal iluminadas dos postes de luz seguindo pela estrada, clarearam pouco o rosto dele, onde ele mostrou um sorriso baixo.

─ O que você faz aqui, [Nome]? -sempre que ouço ele dizer meu nome, me causa uma sensação estranha de balanço no estômago.

─ Vim visitar um parente. -ele arqueou uma das sobrancelhas imediatamente, claro que não acreditou.

─ Ah claro, e quem é?

─ É um parente distante. -tentei responder me mantendo firme na voz.

Ele assentiu ainda sorrindo pouco, parecia estar apenas debochando. Jogou seu cigarro no chão e pisou, apagando-o.

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒⠀─ suna rintarou.Onde histórias criam vida. Descubra agora