Depois de perder a mãe, Hana se encontra sozinha e sua única felicidade até então é ler novels, mais unicamente as de fantasia e que envolvem famílias.
Uma noite, depois de voltar do trabalho Hana adormece após terminar de ler sua novel favorita ma...
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— O Duque quer que esteja presente na hora do jantar. — Maxi diz, acabando com a minha paz.
Achei que ia ficar livre, pelo menos o resto do dia, depois da conversa sobre o quarto, se é que pode chamar aquilo de conversa, já que não falei nada.
Eu gostaria de manda-lo a merda, mas em vez disso acabo tomando um banho relaxante e usando um vestido mais solto e confortável para o bendito jantar.
Ao entrar no salão de jantar, vejo que estavam todos esperando por mim.
Me aproximo das crianças e deixo um beijo na bochecha de cada um.
Me sento ao lado de Liam, e jantamos em silêncio.
Até esse infeliz abrir a boca.
— O imperador nos convidou para um baile no Palácio, toda a família. — Diz dando ênfase na palavra família e fico em dúvida se eu vou ou não.
Parecendo ler meus pensamentos ele me encara e solta a bomba.
— Você principalmente, o Imperador ainda não te conheceu.
Apenas aceno com a cabeça e volto a comer o mais rápido que posso para volta e para o quarto, mas tudo vai por água a baixo quando algumas servas trazem um pudim de chocolate.
Não me importo se pareço uma criança, tenho certeza que meus olhinhos devem estar brilhando de tanta felicidade ao olhar pra essa delícia.
Levanto a cabeça para a mulher de cabelos ruivos que trouxe o pudim e pergunto de uma vez, sem esconder meu entusiasmo.
— Ainda tem mais desse?
Ela me encara como uma maluca mas eu não me importo, esse é simplesmente meu doce preferido, nunca pensei que fosse comer novamente.
— Sim Senhora. — Responde, nervosa.
— Por que tá perguntando isso, se ainda nem comeu esse? — Liam pergunta ao meu lado e lhe dou um sorriso enorme.
— Porque eu sei que vou comer mais, é meu doce preferido.
— Traga mais duas porções disso. — O Duque diz, e eu lhe daria uns tapas mas percebo que pediu para mim e ainda com o sorriso no rosto pego a pequena colher e como um pedaço generoso.
— O melhor de todos. — Digo baixinho e num piscar de olhos o doce acaba.
Olho para a mesa e vejo que as outras porções já chegaram e como as duas.
As crianças me olham e acham graça o tempo todo e acabo rindo junto.
Depois que todos terminam peço a um dos servos que levem algumas porções de carne crua para o meu quarto.
Vamos todos juntos pela mansão até deixar as crianças no andar delas.
Após confirmar que as crianças estão dormindo, deixo um beijo em cada um e subo as escadas até o último andar.
Espero o Duque passar para poder abrir o do meu novo quarto mas ele apenas fica parado do meu lado sem falar nada.
— Quer me dizer alguma coisa Duque? — Pergunto depois do silêncio que dessa vez era insuportável.
Ele abre e fecha a boca várias vezes e eu respiro fundo, buscando ter paciência.
— Me chame de Asher. — Diz, e eu o encaro em total descrença.
— O quê?
— Me chame de pelo nome, algumas pessoas não sabem que nosso casamento é quase um contrato, então devemos ser convincentes, não quero problemas com o Imperador.
Apesar de me deixar enojada, assinto em silêncio porque sei que é verdade.
E também não posso deixar que o Imperador me odeie, caso precise ir embora um dia, infelizmente preciso de permissão.
— Se era só isso... — Seguro a maçaneta da porta. — Tenha um boa noite Asher.
Entro no quarto sem esperar nada mas ainda consigo ouvir sua voz.
— Boa noite Agnes.
Vou em direção a cama, onde nevasca está deitada bem confortável.
Acabo a abraçando e ganhando outra lambida em reposta.
Minutos depois, Maxi entra com o que pedi e peço que ela deixe no chão perto da lareira.
Nevasca levanta a cabeça olhando ao redor do quarto até que vê as carne e vai até a lareira.
— Esse bicho é assustador minha Senhora. — Maxi diz, mas aos poucos ela tá se acostumando, já está menos pálida.
— Ela é um amor Maxi. — Acabo rindo da sua expressão horrorizada.
— O que vai vestir no baile, se vendeu todos os seus vestidos mais chamativos? — Maxi pergunta nervosa, e só agora que me dou conta disso.
No segundo dia aqui, vi que Agnes não tinha muitos vestidos, talvez por não ser de uma família mais nobre.
Agnes tinha apenas cinco vestidos exagerados de tantos enfeites e um deles era o de noiva, que eu quase coloquei fogo ao ver.
Mas eram muito exagerados e achei que não fosse usar então vendi eles e outros mais bufantes porque eram muito desconfortáveis.
Deixei apenas os mais simples, e mais confortáveis.
— Não se preocupe com isso, eu darei um jeito. E foi até bom vendê-los, não quero chamar atenção no baile.
— Sinto muito em contradize-la minha Senhora, mas a Duquesa chamaria atenção até mesmo vestida com roupas de plebeus. — Maxi diz, e mesmo não concordando fico feliz com seu elogio.
— Obrigado Maxi, pode ir descansar. — Digo, ela se despede e sai.
Me levanto e vou até o closet, e após ver um por um, encontro o perfeito.
Espero que ocorra tudo bem no baile.
Mais tarde percebo que eu não poderia estar mais errada sobre isso.
