Capítulo 9

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-Um amigo seu?- Bill perguntou confuso.

-Fica tranquilo, ele é legal. E não mora muito longe daqui.- Levantei, sacudindo a sujeira da minha roupa.

-Tudo bem, vamos indo então!- Bill se levanta em um salto, aparentemente muito animado.

-Você tá bem?- Perguntei a ele, que parecia se iluminar do nada.

-Sim, é só que parece legal conhecer alguém que é seu amigo. Sei que já conheci alguns deles, mas sinto que fazer amizade com seus amigos nos deixa mais próximos.- O loiro disse contente, andando em um ritmo animado.

-Espera, por que isso? Você quer ser mais próximo de mim?- Olhei para ele surpreso, e ele picarreou, olhando para o topo das árvores.

-Ahn... É? Garoto, sei que é bem improvável que você sinta o mesmo, mas eu te considero meu amigo, sabe? Querendo ou não, você está cuidando de mim e tentando me ajudar. Fora as coisas divertidas que já aconteceram com a gente depois de eu ter virado um  humano.- Bill explicou, com um leve rubor no rosto.

-Nossa, que evolução. Você tá começando a melhorar nas explicações.- Ri de leve, recebendo um olhar "ameaçador". -Mas eu... concordo com você. Não me faça me arrepender de dizer isso, mas é. Pode se dizer que sim, somos amigos.- Não olhei para ele enquanto eu falava, mas eu sabia que ele estava sorrindo.

-Uau! Eu agradeço, Pinetree.- A felicidade de Bill era nítida, e ele começou a saltitar enquanto caminhava.

Suspirei contente, pensando em como eu estava abaixando a guarda para ele. Sei que falei que não deveria, mas... O que de tão ruim pode acontecer? Ele esta sem seus poderes. Não tem como fazer algo, mesmo se quisesse.

Ainda caminhando, Bill catava algumas flores no chão. Ele passava ao lado de um arbusto com flores, e arrancava uma das belas florzinhas. Até ter o suficiente para fazer vários buques.

-O que você está aprontando, senhor Cipher?- Perguntei com um tom sério de brincadeira, o que fez ele dar uma risada anasalada antes de me explicar.

-Fazendo algo para te agradecer por ser paciente comigo. Sei que não é muito, mas é algo!- Ele fala antes de estender uma super coroa de flores, com um formato familiar.

-É um pinheiro?- Perguntei surpreso. -Como conseguiu fazer as flores ficarem nesse formato?- Peguei a coroa, e, sorrindo, coloquei na cabeça.

-Tenho meus truques, garoto.- Bill falou no meio de uma risada provocativa.

Ele não tirava os olhos de mim, fazendo eu ficar confuso.

-Tem alguma coisa na minha cara?- Olhei meu reflexo na tela do celular, e então me analisei.

Bill riu, se aproximando mais, e abaixou o celular, para eu olhar para ele.

-Você é muito inteligente, mas as vezes bem lerdo, né pirralho?- Ele deu uma piscadinha antes de voltar a andar.

O que ele quis dizer com isso? Isso significava algo? Por que ele se comporta assim? E por que ele fica me chamando de pirralho?

-Nã-Não me chama assim! Eu já cresci bastante, tá? Não é porque você é um velho que isso faz de mim um pirralho, ouviu?- Bufei, virando o rosto para o lado oposto dele.

-Velho? Eu só tenho 3 mil anos! Estou na flor da idade, para sua informação. Tanto que meu corpo humano copia a juventude da minha idade demoníaca, pirralho~.- Bill provocou, dando um leve soquinho no meu ombro, junto de uma risada.

-Ah, qual é, Bill? Só não me chama assim.- Bufei, e ele riu.

-Ta, ta! Como eu deveria te chamar então? Porque Pinetree só vou poder me referir de novo depois que sua família souber quem eu sou mesmo. E Dipper não é um apelido a altura do nosso laço.- Bill ponderou por alguns segundos sozinho, antes se eu revirar os olhos.

Meu maior mistério: VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora