A quem possa interessar

89 10 2
                                    

Park S/n On

[🌥]

Varias semanas desde minha confissão para Yeonjun se passaram. Não falei mais com Hyunjin, nem sequer o via. E sinceramente? Prefiro assim. Ter ele longe me ajuda minimamente a não pensar nele sempre. Por outro lado, Yeonjun anda cada vez mais perto de mim. Ele sempre me enche de perguntas sobre meu antigo relacionamento de mentira com... Ele..., e quer tudo nos mínimos detalhes. Eram 2 da manhã e ele me fez mandar um áudio de 15 minutos contando como nos conhecemos. Não entendo toda essa curiosidade dele, mas respondo tudo sem questionar.

— Ya, o que faz aqui? — Resmunguei, fechando meus olhos com sono — Pensei ter dito pra ir embora.

— De fato disse, mas você está deitada aí faz um tempão — Põem suas mãos dentro do saquinho com snacks. Pega uma quantia boa de salgadinhos e despeja na boca — Não tem medo de algum bicho pular em você nessa grama, não?

— Não, e para de falar com a boca cheia, é nojento — Ouço sua risada e me permiti jogar algumas folhas soltas das árvores em direção do moreno, que desviou antes de acertar seu rosto — Aish! Foi quase — Rio de sua expressão.

— Chugulle?! Chata! Quase estragou meu cabelo — Passou os dedos em seus fios negros

— Uwa... Você é tão artificial, Choi — Neguei com a cabeça — Anda anda! Vai embooora! Eu quero ficar sozinha.

— Não vou e não vai — Espreme os olhos negando — Você anda muito solitária e depressiva esses dias. Precisa se alegrar um poucooo!! Vamo fazer algo, já vai acabar o intervalo.

— Não tô afim de fazer nada, falou? Só me deixa — Tampo meus olhos com meu antebraço e ajeito minha cabeça nas raízes da árvore presas ao chão da grama, onde eu estava deitada.

— Não quer nem um beijinho meu? — Faz um biquinho se agachando em minha frente. Tiro o braço dos meus olhos e o encaro séria — Era brincadeirinha, poxa!

— Brincadeira ou não, ainda é ridículo, Yeonjunn! — Me sento e tapeio seu braço, ele ri como resposta — Você não vai mesmo me deixar em paz, né? — Ele nega sorrindo — Aaaaah! — Resmunguei tombando pra trás, escorada no tronco da árvore — Você é um pé no saco, sabia?

— Sei! Também sei que você me amaaa e no fundo sabe que faço isso pro seu bem, gatinha — Ele pisca para depois voltar a ficar de pé, indo jogar seu pacote de snacks no lixo ali próximo e depois voltando a ficar na minha frente — Vem, vamo comprar uns doces.

— Por que doces? — Faço bico vendo o garoto estender suas mãos para que eu as pegue.

— Porque você, gatinha, tá precisando de um pouco de doçura no corpo. — Segura minhas mãos e me levanta em um impulso só — Prometo comprar seus doces favoritos.

— E você sabe quais são, é? — Desdenhei, limpando minhas roupas da terra acumulada da grama.

— Gata, as vezes você esquece que eu sou literalmente seu melhor amigo, né? — Ele estende a tela do seu celular e aponta para a mesma — Você me pede pra comprar aqueles malditos doces toda hora.

— Nunca disse que você é meu melhor amigo — Retruco e ele ri me puxando para começar a caminhar.

— Tem coisas que não precisam ser ditas em voz alta, sabia? — Ele disse, parecendo sereno agora — Eu sei que sou.

— Idiota.

— Acabou de confirmar que tenho razão. Agora vem logo! — Meu pulso é puxado para andar mais depressa. Resmunguei algumas vezes, mas segui seu caminho.









Cúmplice de um maldito - Hwang HyunjinOnde histórias criam vida. Descubra agora