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Capítulo 25 - Pov’s Jungkook
PRESENTE…
Curvei a cabeça para trás, abaixando a ponta do meu florete enquanto tentava recuperar o fôlego.
Eu odiava treinar esgrima sozinho.
Odiava ficar preso aqui, sozinho.
Já haviam se passado cinco dias desde que voltei a Seul. Jimin e os amigos vieram logo atrás, e se não estivessem na faculdade, estava no meu apartamento.
A mando de Jimin.
Se me desviasse do caminho - para uma livraria ou mercadinho -, ele me ligava ou enviava mensagens querendo saber onde eu estava. Acho que mandou o porteiro avisar caso eu não passasse pela porta de entrada na hora exata, todos os dias. Já estava farto daquilo.
Namjoon havia me convidado para tomar um café com os amigos amanhã, e era isso o que ia fazer.
Agora que sabia que minha mãe estava bem e em segurança, e parecia muito mais esperançosa e cheia de energia, a julgar pelo bom tom de sua voz, eu queria apenas seguir em frente. Minhas contas bancárias estavam regulares agora, e vários empreiteiros estavam a serviço para reconstruir nossa casa em Egseulei, apresentando seus processos de licitação para darem início às obras.
Seja lá o que Jimin e os amigos estivessem planejando fazer com Seokjin e Taehyung, eu não estava nem aí. Não tinha a menor intenção de fazer parte disso.
You’re going down, do Sick Pupies tocava no meu laptop em cima da bancada da cozinha. Fiquei parado ali, tomando uma garrafa de água, sentindo a camada fina de suor resfriar minha pele.
Passei vinte minutos à frente de um espelho de corpo inteiro, conferindo meus passes e ataque com uma bolinha de tênis, antes de finalizar com trinta minutos de sequências.
Eu não era um esgrimista de competição, mas era um esporte que me esforcei em aperfeiçoar. Era o desejo do meu pai que eu estudasse a arte, e mesmo que tenha tido chance de interromper a prática a qualquer momento, me recusei. Não queria encerrar aquele único elo que ainda tinha com ele. No entanto, só queria ter alguém com quem pudesse praticar - em um clube ou academia qualquer. Era maçante praticar por contra própria, e por conta disso, quase nunca me exercitava, desde que vim morar em Seul.
Meu telefone começou a tocar, e ao colocar a garrafa sobre o balcão, vi o nome de Jimin aparecer na tela do celular. Resolvi ignorar a chamada, empurrando o celular para longe de mim. Exigências, ordens… era sempre isso, toda vez que ele me ligava ou enviava mensagens. Ou para checar onde eu estava, o que fazia, e com quem havia conversado naquele dia. Ele nunca perguntava como eu estava ou dizia algo gentil.
Até que aparecia, tarde da noite, depois de seus treinos de basquete, querendo se enfiar na minha cama.
Ele entrava no apartamento, trancava as portas e começava a arrancar minhas roupas, e tudo aquilo que havia dito a mim mesmo, para fortalecer minha decisão, simplesmente saía voando pela janela. Eu o deixava me levar para o quarto e o enlaçava com as pernas. Ele sempre saía ganhando, e aqui estava eu, participando de seu jogo.
